O Grupo Baader Meinhof
Título original: Der Baader Meinhof Komplex
País: Alemanha /França/República Tcheca
Ano: 2008
Gênero: Biografia, drama
Duração: 150 min
Direção: Uli Edel
Elenco: Martina Gedeck, Moritz Bleibtreu, Johanna Wokalek, Jan Josef Liefers, Bruno Ganz, Nadja Uhl, Jan Josef Liefers, Stipe Erceg e Niels-Bruno Schmidt.
Sinopse: Alemanha, anos 70: atentados a bomba, a ameaça do terrorismo e o medo do inimigo interior abalam as bases da ainda frágil democracia alemã. As crianças radicais da geração nazista, lideradas por Andreas Baader (Moritz Bleibtreu), Ulrike Meinhof (Martina Gedeck) e Gudrun Ensslin (Johanna Wokalek). travam uma guerra violenta contra o que veem como a personalização do facismo. O objetivo é criar uma sociedade mais humana, mas os desdobramentos levam à perda da sua humanidade.
Crítica: o filme, repleto de ação, mortes, explosões e drama psicológico, possui um roteiro que vai fundo nos bastidores do grupo Baader Meinhoff. Na década em que sexo, drogas e rock'n roll eram a base da juventude, um movimento surgiu com alta dose de ideologia e terminou com a execução de diferentes crimes. Atentados a bomba e ações terroristas ameaçaram por anos a democracia européia. Buscar os direitos do homem sem aplicar uma forma humana de protesto foi o maior erro destes jovens que, por uma revolução limpa, acabaram sujando muitas histórias com sangue.
O longa se situa no período pós-nazista, em meados de 1970, e no princípio já nos mostra Ulrike Meinhof, jornalista com ideologias que futuramente viriam a encabeçar o grupo revolucionário. E, assim, somos apresentados, um a um, aos componentes do contigente Baader Meinhof.
O diretor também registra com maestria e ferocidade os motivos que movem sues integrantes, Baader, Ensslin e Meinhof, utilizando discursos completos e passagens jornalísticas que ilustram o cenário de desconfiança mundial vivido.
Depois dessa apresentação, o diretor ainda encontra espaço para dividir com a história cenas de ação do grupo terrorista, fazendo a demonstração de atos que desencadearam nos mais violentos: a cena em que as duas moças deixam um prédio enquanto ele se explode às suas costas, e a do assassinato do juiz em meio ao trânsito, ambas surrealmente expansivas e culposamente empolgantes. Outro elogio é a capacidade de recriar magistralmente o clima de instabilidade vivido na Alemanha Ocidental, algo que só reforça o clima de revolução política e social de Der Baader Meinhof Komplex.
A partir do ponto que a polícia prende os cabeças da organização, Uli Edel dá uma freada no ímpeto com que vinha narrando.
Trata-se de uma produção importantíssima para um país que até hoje se auto-avalia para não cometer novamente erros devastadores.
Der Baader Meinhof Komplex é instigante e revelador. Mais uma obra-prima do cinema alemão que, nos últimos anos, vem nos presenteando com excelentes filmes.
País: Alemanha /França/República Tcheca
Ano: 2008
Gênero: Biografia, drama
Duração: 150 min
Direção: Uli Edel
Elenco: Martina Gedeck, Moritz Bleibtreu, Johanna Wokalek, Jan Josef Liefers, Bruno Ganz, Nadja Uhl, Jan Josef Liefers, Stipe Erceg e Niels-Bruno Schmidt.
Sinopse: Alemanha, anos 70: atentados a bomba, a ameaça do terrorismo e o medo do inimigo interior abalam as bases da ainda frágil democracia alemã. As crianças radicais da geração nazista, lideradas por Andreas Baader (Moritz Bleibtreu), Ulrike Meinhof (Martina Gedeck) e Gudrun Ensslin (Johanna Wokalek). travam uma guerra violenta contra o que veem como a personalização do facismo. O objetivo é criar uma sociedade mais humana, mas os desdobramentos levam à perda da sua humanidade.
Crítica: o filme, repleto de ação, mortes, explosões e drama psicológico, possui um roteiro que vai fundo nos bastidores do grupo Baader Meinhoff. Na década em que sexo, drogas e rock'n roll eram a base da juventude, um movimento surgiu com alta dose de ideologia e terminou com a execução de diferentes crimes. Atentados a bomba e ações terroristas ameaçaram por anos a democracia européia. Buscar os direitos do homem sem aplicar uma forma humana de protesto foi o maior erro destes jovens que, por uma revolução limpa, acabaram sujando muitas histórias com sangue.
O longa se situa no período pós-nazista, em meados de 1970, e no princípio já nos mostra Ulrike Meinhof, jornalista com ideologias que futuramente viriam a encabeçar o grupo revolucionário. E, assim, somos apresentados, um a um, aos componentes do contigente Baader Meinhof.
O diretor também registra com maestria e ferocidade os motivos que movem sues integrantes, Baader, Ensslin e Meinhof, utilizando discursos completos e passagens jornalísticas que ilustram o cenário de desconfiança mundial vivido.
Depois dessa apresentação, o diretor ainda encontra espaço para dividir com a história cenas de ação do grupo terrorista, fazendo a demonstração de atos que desencadearam nos mais violentos: a cena em que as duas moças deixam um prédio enquanto ele se explode às suas costas, e a do assassinato do juiz em meio ao trânsito, ambas surrealmente expansivas e culposamente empolgantes. Outro elogio é a capacidade de recriar magistralmente o clima de instabilidade vivido na Alemanha Ocidental, algo que só reforça o clima de revolução política e social de Der Baader Meinhof Komplex.
A partir do ponto que a polícia prende os cabeças da organização, Uli Edel dá uma freada no ímpeto com que vinha narrando.
Trata-se de uma produção importantíssima para um país que até hoje se auto-avalia para não cometer novamente erros devastadores.
Der Baader Meinhof Komplex é instigante e revelador. Mais uma obra-prima do cinema alemão que, nos últimos anos, vem nos presenteando com excelentes filmes.
Curiosidade: adaptação do livro Der-Baader-Meinhof Komplex, de Stefan Aust.
A produção foi rodada em 74 dias e utilizou mais de 6 mil personagens extras.
Avaliação: ****
Avaliação: ****
0 comentários:
Postar um comentário