segunda-feira, 11 de maio de 2020

Joy

País: Áustria
Ano: 2019
Gênero: Drama
Duração: 99 min
Direção: Sudabeh Mortezai
Elenco: Joy Anwulika Alphonsus, Precious Mariam Sanusi e Angela Ekeleme Pius.

Sinopse: Joy (Joy Anwulika Alphonsus) é uma jovem nigeriana que, para conseguir sustento financeiro, acaba em um ciclo vicioso no mundo do tráfico sexual. Na intenção de fornecer uma vida melhor a sua família, ela trabalha nas ruas diariamente, até que é instruída por sua chefe a tomar conta de uma novata e percebe como as coisas realmente funcionam no sistema hierárquico de prostituição.

Crítica: a primeira cena de Joy (que é o nome de uma das personagens) já incomoda ao mostrar um “juju” (uma espécie de curandeiro) benzendo uma moça que irá para a Áustria se prostituir. Sim, ela está consciente de que será uma prostituta na Europa.
Infelizmente, o tráfico e a exploração sexuais são realidades em muitos países ainda. A Nigéria é hoje uma República Presidencialista Federal, tendo se tornado independente do Reino Unido em 1960.
A situação por lá não é das mais prósperas. Tendo passado por guerra civil, ditadura e conflitos étnicos internos, o quadro atual é de caos social, corrupção, desemprego e pobreza extrema. Então, por que não tentar ir para a Europa melhorar de vida e, também, a da família? É nisso que as jovens pensam ao aceitarem viver longe de suas famílias e venderem o corpo por dinheiro.
Não bastasse estar num local estrangeiro, vivendo como clandestinas, sem documentos oficiais, ainda são confinadas em um espaço pequeno passando o dinheiro ganho para uma “cafetina” que anda com dois “capangas”. Elas somente podem ir embora após pagarem sua “dívida” (que é de um valor absurdo!)
E o pouco que ganham precisam mandar para as famílias na Nigéria que pedem mais e mais.
A narrativa é dura, não ameniza. Mostra que é uma vida de escravidão, sem esperanças e que a violência está sempre à espreita. Há exploradores por todos os lados, e nenhuma garantia.
As mulheres são fantasmas e não têm direito a nenhuma dignidade. O desfecho é um “soco no estômago”.
Uma direção eficiente e boas atuações. Mais uma realidade que é revelada por meio do cinema.
Foi o filme representante da Áustria para concorre ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2020.  

Avaliação: ***

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