terça-feira, 17 de setembro de 2013

Jobs

País: EUA
Ano: 2013
Gênero: Biografia
Duração: 127 min
Direção: Joshua Michael Stern
Elenco: Ashton Kutcher, Josh Gad, Annika Bertea, Dermot Mulroney, James Woods, Matthew Modine, J. K. Simmons, Lukas Haas e Elden Henson.

Sinopse: a história da ascensão de Steve Jobs, de rejeitado no colégio até tornar-se um dos mais reverenciados empresários do universo da tecnologia no século 20. A trama passa pela jornada de autodescobrimento da juventude, pelos demônios pessoais que obscureceram sua visão e, finalmente, pelos triunfos que transformaram sua vida adulta.

Crítica: o mundo como hoje conhecemos deve muito a uma figura polêmica, competitiva, inteligente e propensa a constantes reinvenções: Steve Jobs. Em meados dos anos 1970, ele previu que as pessoas no futuro usariam o computador como extensão de seus corpos. Mais ainda: seriam dependentes dessa extensão, aprimorada e diminuída em formatos de celulares, tablets, aplicativos e jogos alienantes. Acertou em cheio.
O fundador da Apple vivido por Ashton Kutcher é um homem autocentrado na ideia de sucesso a qualquer preço e, por vezes, mesquinho. Vive unicamente em função do trabalho e abandona pessoas com quem viveu e trabalhou.
Esse retrato quase unilateral, que não exprime a dimensão do seu personagem, talvez se dê em parte porque o filme não pôde utilizar como fonte a biografia oficial de Jobs, cujos direitos pertencem a outro estúdio.
O espectador não conhece Steve Jobs (salvo em raros momentos) fora do ambiente de trabalho. A trama retrata um acontecimento marcante de sua vida, ou uma consequência imediata. Se o filme tivesse mostrado mais do Steve Jobs humano, no cotidiano, haveria mais envolvimento com quem está na plateia. Mas o que nos é apresentado é apenas o ‘monstro’ ou o ‘visionário’.
Em compensação, o escritor fez a escolha certa ao focar a história entre a fundação da Apple e a apresentação do iPod. A atuação esforçada de Ashton Kutcher merece aplausos, mas esbarra no roteiro incompleto. Surgem lacunas no filme quando, por exemplo, Jobs sendo um filho adotado corta relações com sua namorada grávida e, depois, ainda permanece anos sem vê-la. Além disso, o desligamento de Jobs da Apple e sua triunfal volta à empresa poderia ter sido melhor explorado.
Os atores coadjuvantes estão em sintonia, porém têm pouco espaço para crescer e acrescentar à personalidade do protagonista.
Mas o gênio é de grande dimensão e reconhecemos que é difícil filtrar tudo em duas horas de tela. Outras cinebiografias devem fazer jus à sua obra. Vamos aguardar.


Avaliação: ***

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