sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Timor Leste – O Massacre que o Mundo Não Viu

País: Brasil
Ano: 2001
Gênero: Documentário
Duração: 80 min
Direção: Lucélia Santos
Elenco: -

Sinopse: três meses após deixar de ser uma colônia portuguesa em 1975, Timor Leste foi invadido pela vizinha Indonésia e seu povo sofreu durante 25 anos um dos massacres mais cruéis do século XIX. O Povo timorense resistiu bravamente às atrocidades cometidas pelo governo indonésio e ignorados pela opinião pública internacional. Um terço da população foi assassinada durante sua luta de independência. E após o povo timorense ter finalmente confirmado sua soberania num plebiscito supervisionado pela ONU em 1999, as tropas indonésias deixaram sua última marca: queimaram 90% do país. Lucélia Santos chegou ao Timor com sua equipe em 2000, um ano após a destruição e, registrou durante um mês a trágica situação do povo maubere. Timor Leste - O Massacre Que o Mundo Não Viu conta toda essa história, mostra a realidade de Timor Leste e a esperança de seu povo de um futuro melhor.

Crítica: eu sou suspeita para dar nota a documentários, porque simplesmente adoro filmes desse gênero.
Eu já havia lido a biografia de Sérgio Vieira de Melo onde parte do livro é dedicada ao tempo que passou no país, de novembro de 1999 a maio de 2002, como administrador de transição da ONU. O país havia, enfim, se tornado independente após 24 anos de ocupação indonésia.
A violência cometida durante esse período e, ainda após, quando os indonésios não aceitaram a votação do povo pela independência, é retratada no filme. Pessoas que perderam quase tudo, inclusive a dignidade, e que sobreviveram ao horror dão depoimentos valiosos. Testemunhos de autoridades como Xanana Gusmão, que lutou pela independência e foi o primeiro presidente depois da libertação do jugo indonésio; do próprio Sérgio (já falecido em um atentado contra a ONU em 2003); dentre outros.  
As imagens muito fortes foram feitas durante um mês por Lucélia Santos e sua equipe, logo após a declaração da independência. O texto é simples, mas suficiente para mostrar as brutalidades das quais o homem é capaz de fazer com uma arma na mão e sob o domínio de um ditador.
O povo timorense foi valente e muitas vidas foram perdidas nos movimentos de resistência. Mas, hoje, podem de cabeça erguida dizer que venceram. O preço foi alto: duzentas mil vítimas de combates e chacinas; as forças policiais e militares usavam, de forma sistemática e sem qualquer controle, meios brutais de tortura; a população rural, nas áreas de maior disputa com a guerrilha, era cercada em "aldeias de recolonização"; mulheres foram estupradas (inclusive feridas em hospitais) e submetidas à esterilização forçada. Todo tipo de manifestação era impedido e motivo para mais mortes.


Avaliação: ***

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