Timor Leste – O Massacre que o Mundo Não Viu
País: Brasil
Ano:
2001
Gênero: Documentário
Duração: 80
min
Direção: Lucélia
Santos
Elenco: -
Sinopse: três meses após deixar de ser uma colônia
portuguesa em 1975, Timor Leste foi invadido pela vizinha Indonésia e seu povo
sofreu durante 25 anos um dos massacres mais cruéis do século XIX. O Povo
timorense resistiu bravamente às atrocidades cometidas pelo governo indonésio e
ignorados pela opinião pública internacional. Um terço da população foi assassinada
durante sua luta de independência. E após o povo timorense ter finalmente
confirmado sua soberania num plebiscito supervisionado pela ONU em 1999, as
tropas indonésias deixaram sua última marca: queimaram 90% do país. Lucélia
Santos chegou ao Timor com sua equipe em 2000, um ano após a destruição e,
registrou durante um mês a trágica situação do povo maubere. Timor Leste - O
Massacre Que o Mundo Não Viu conta toda essa história, mostra a realidade de
Timor Leste e a esperança de seu povo de um futuro melhor.
Crítica: eu sou suspeita para dar nota a documentários,
porque simplesmente adoro filmes desse gênero.
Eu já havia lido a
biografia de Sérgio Vieira de Melo onde parte do livro é dedicada ao tempo que
passou no país, de novembro de 1999 a maio de 2002, como administrador de
transição da ONU. O país havia, enfim, se tornado independente após 24 anos de ocupação
indonésia.
A violência cometida
durante esse período e, ainda após, quando os indonésios não aceitaram a votação
do povo pela independência, é retratada no filme. Pessoas que perderam quase
tudo, inclusive a dignidade, e que sobreviveram ao horror dão depoimentos valiosos.
Testemunhos de autoridades como Xanana Gusmão, que lutou pela independência e
foi o primeiro presidente depois da libertação do jugo indonésio; do próprio Sérgio
(já falecido em um atentado contra a ONU em 2003); dentre outros.
As imagens muito fortes
foram feitas durante um mês por Lucélia Santos e sua equipe, logo após a declaração
da independência. O texto é simples, mas suficiente para mostrar as brutalidades
das quais o homem é capaz de fazer com uma arma na mão e sob o domínio de um
ditador.
O povo timorense foi
valente e muitas vidas foram perdidas nos movimentos de resistência. Mas, hoje,
podem de cabeça erguida dizer que venceram. O preço foi alto: duzentas mil vítimas
de combates e chacinas; as forças policiais e militares usavam, de forma
sistemática e sem qualquer controle, meios brutais de tortura; a população
rural, nas áreas de maior disputa com a guerrilha, era cercada em "aldeias
de recolonização"; mulheres foram estupradas (inclusive feridas em hospitais)
e submetidas à esterilização forçada. Todo tipo de manifestação era impedido e
motivo para mais mortes.
Avaliação:
***
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