Arquitetura da Destruição
Título original: Undergångens Arkitektur
País: Suécia
Ano: 1992
Gênero: Documentário
Duração: 121 min
Direção: Peter Cohen
Elenco: -
Sinopse: trata do uso da arte e da estética pela Alemanha nazista. Foi lançado, originalmente, na Suécia em 1989.
Crítica: é um dos melhores estudos sobre o Nazismo, com um foco interessantíssimo. Hitler, o arquiteto da destruição, tinha grandes pretensões e queria dar uma dimensão absoluta à sua megalomania. O nazismo tinha como princípio fundamental embelezar o mundo, nem que para isso tivesse que destruí-lo.
O documentário traça a trajetória de Hitler e de alguns de seus mais próximos colaboradores, com a arte. Muito antes de chegar ao poder, o líder nazista sonhou em tornar-se artista, tendo produzido várias gravuras, que posteriormente foram utilizadas como modelo em obras arquitetônicas.
Destaca ainda a importância da arte na propaganda, que por sua vez teve papel fundamental no desenvolvimento do nazismo em toda a Alemanha.
Numa época de grave crise, no período entre guerras, a arte moderna foi apresentada como degenerada, relacionada ao bolchevismo e aos judeus. Para os nazistas, as obras modernas distorciam o valor humano e na verdade representavam as deformações genéticas existentes na sociedade; em oposição defende o ideal de beleza como sinônimo de saúde e consequentemente com a eliminação de todas as doenças que pudessem deformar o "corpo" do povo.
Com esse discurso, os nazistas passaram a perseguir diversos grupos da sociedade, principalmente as pessoas com deficiências e os judeus, tratando-os como se fossem bactérias ou vírus, – um verdadeiro câncer a ser contido e removido da sociedade alemã. A medicina alemã deveria trabalhar em prol desse corpo do povo, e não em prol do indivíduo, e nesse sentido diversos médicos acabaram se tornando filiados ao Partido Nacional Socialista Alemão a fim de conseguirem subir na carreira. Nasce assim uma "medicina nazista" que valoriza o corpo, o belo e estará disposta a erradicar os males que possam afetar essa obra.
Do ponto de vista social, o embelezamento é vinculado diretamente à limpeza. A limpeza do local de trabalho e a do próprio trabalhador. Os nazistas consideram que ao garantir ao trabalhador a saúde e a higienização, libertam-no de sua condição proletária e, garantem-lhe dignidade de burguês, eliminando assim a luta de classes.
A Guerra é vista como uma arte. Com cenas de época, oficiais, mostra-nos a visita de Hitler à Paris logo após a ocupação.
O domínio sobre a França, Bélgica, Holanda possibilitaram aos nazistas a pilhagem de obras de arte. Em 1941 a conquista da Grécia; nova viagem de Hitler, que tinha na beleza da antigüidade um de seus modelos.
O filme dedica ainda um bom tempo à perseguição e eliminação dos judeus como parte do processo de purificação, não só da raça, mas de toda a cultura, mostrando o processo de extermínio. É interessante perceber que, durante toda a guerra, mesmo no período final com a proximidade da derrota, os projetos arquitetônicos do III Reich tiveram andamento, pretendendo construir a nova Berlim, capital do mundo.
Imperdível!
País: Suécia
Ano: 1992
Gênero: Documentário
Duração: 121 min
Direção: Peter Cohen
Elenco: -
Sinopse: trata do uso da arte e da estética pela Alemanha nazista. Foi lançado, originalmente, na Suécia em 1989.
Crítica: é um dos melhores estudos sobre o Nazismo, com um foco interessantíssimo. Hitler, o arquiteto da destruição, tinha grandes pretensões e queria dar uma dimensão absoluta à sua megalomania. O nazismo tinha como princípio fundamental embelezar o mundo, nem que para isso tivesse que destruí-lo.
O documentário traça a trajetória de Hitler e de alguns de seus mais próximos colaboradores, com a arte. Muito antes de chegar ao poder, o líder nazista sonhou em tornar-se artista, tendo produzido várias gravuras, que posteriormente foram utilizadas como modelo em obras arquitetônicas.
Destaca ainda a importância da arte na propaganda, que por sua vez teve papel fundamental no desenvolvimento do nazismo em toda a Alemanha.
Numa época de grave crise, no período entre guerras, a arte moderna foi apresentada como degenerada, relacionada ao bolchevismo e aos judeus. Para os nazistas, as obras modernas distorciam o valor humano e na verdade representavam as deformações genéticas existentes na sociedade; em oposição defende o ideal de beleza como sinônimo de saúde e consequentemente com a eliminação de todas as doenças que pudessem deformar o "corpo" do povo.
Com esse discurso, os nazistas passaram a perseguir diversos grupos da sociedade, principalmente as pessoas com deficiências e os judeus, tratando-os como se fossem bactérias ou vírus, – um verdadeiro câncer a ser contido e removido da sociedade alemã. A medicina alemã deveria trabalhar em prol desse corpo do povo, e não em prol do indivíduo, e nesse sentido diversos médicos acabaram se tornando filiados ao Partido Nacional Socialista Alemão a fim de conseguirem subir na carreira. Nasce assim uma "medicina nazista" que valoriza o corpo, o belo e estará disposta a erradicar os males que possam afetar essa obra.
Do ponto de vista social, o embelezamento é vinculado diretamente à limpeza. A limpeza do local de trabalho e a do próprio trabalhador. Os nazistas consideram que ao garantir ao trabalhador a saúde e a higienização, libertam-no de sua condição proletária e, garantem-lhe dignidade de burguês, eliminando assim a luta de classes.
A Guerra é vista como uma arte. Com cenas de época, oficiais, mostra-nos a visita de Hitler à Paris logo após a ocupação.
O domínio sobre a França, Bélgica, Holanda possibilitaram aos nazistas a pilhagem de obras de arte. Em 1941 a conquista da Grécia; nova viagem de Hitler, que tinha na beleza da antigüidade um de seus modelos.
O filme dedica ainda um bom tempo à perseguição e eliminação dos judeus como parte do processo de purificação, não só da raça, mas de toda a cultura, mostrando o processo de extermínio. É interessante perceber que, durante toda a guerra, mesmo no período final com a proximidade da derrota, os projetos arquitetônicos do III Reich tiveram andamento, pretendendo construir a nova Berlim, capital do mundo.
Imperdível!
Avaliação: ****
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