terça-feira, 11 de julho de 2017

A Mulher que se Foi (Ang Babaeng Humayo)

País: Filipinas
Ano: 2016
Gênero: Drama
Duração: 226 min
Direção: Lav Diaz
Elenco: Charo Santos-Concio, John Lloyd Cruz, Michael De Mesa e Nonie Buencamino.

Sinopse: em 1997, a pena de Horacia Somorostro (Charo Santos-Concio), imputada injustamente, chega ao seu fim. Ao sair, Horacia reencontra sua filha, mas descobre que seu marido não está mais vivo, e ninguém sabe do paradeiro de seu filho. Enquanto isso seu ex-amante rico, que, como ela descobre, foi responsável por sua falsa acusação, está em prisão domiciliar com os amigos, suspeito de haver perpetrado múltiplos sequestros. Ela começa então a planejar sua vingança. O filme é baseado na obra de "God Sees the Truth, But Waits", de Leo Tolstoy. 

Crítica: o cultuado diretor filipino Lav Diaz é conhecido pelo público cinéfilo por filmes com longa duração. São obras de quatro, cinco e até oito horas de duração. Vencedor do Leão de Ouro do Festival de Veneza de 2016, “A Mulher Que se Foi”, apesar de mais curto, ainda tem 3h47 de duração. Mas o longa nos surpreende. Ainda que 226 minutos sejam um pouco demais, a narrativa do filme não é contemplativa ou de longos momentos parados – muito se conta e muito se vê.
Ele retrata sem vergonha alguma as mazelas do seu país: pobreza, preconceito, prostituição, políticos corruptos e igreja conivente e a desconfortante desigualdade social.
A atriz Charo Santos-Concio cresce em seu personagem Horacia, uma mulher presa injustamente por 30 anos.
Na vingança que planeja ela volta a lugares do seu passado, revê a filha (que nunca a visitou na cadeia), descobre que seu filho desapareceu, se disfarça para descobrir o paradeiro do seu ex-namorado (responsável por seu calvário) e conhece novas pessoas. Uma delas fará ela ter uma visão diferente do que ela pensaria do futuro arquitetado para si.
A presença do personagem Holanda (um travesti desiludido com a vida) aparece de forma quase apagada na trama para depois reaparecer e se deixar notar. Ele rouba a cena. Um dos momentos divertidos (que são poucos) ele canta com Horacia a canção "Somewhere", de Amor, Sublime Amor (comédia musical de 1961).
Enfim, o diretor sabe como contar histórias. Que o seu trabalho passe a ser reconhecido por mais cinéfilos que acreditam no cinema como forma de crítica, de denúncia, de alerta, de vigília. 

Avaliação: ***

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