Pink
País: Índia
Ano:
2016
Gênero: Drama
Duração: 136
min
Direção: Aniruddha
Roy Chowdhury
Elenco: Tapsee
Pannu e Amitabh Bachchan.
Sinopse: o filme fala sobretudo sobre a questão do
machismo e de como os homens e a sociedade selecionam e rotulam as mulheres com
base em suas roupas ou em origem étnica. Uma mulher foi agredida sexualmente,
mas acaba sendo julgada por tentativa de homicídio do estuprador. Está na hora
de questionar o machismo e a cultura do estupro na Índia.
Crítica: o filme é falado em híndi, uma das 18 línguas regionais
oficialmente reconhecidas na Índia.
A trama traz temáticas sérias: o machismo e o abuso sexual no país. Após a introdução, onde só ouvimos
as vozes e identificamos que há homens e mulheres bebendo, surge na tela, de
forma dinâmica, imagens de três moças em um táxi voltando para casa preocupadas
e de cinco rapazes em outro carro, sendo que um está ferido.
Aos poucos, descobrimos o
que de fato houve. Acusações dos dois lados, envolvimento com a polícia, um
vizinho estranho que sempre observa as meninas e muita injustiça.
A maior parte do longa se
passa no tribunal. A discussão é interessantíssima e o advogado que defende uma
das acusadas faz um discurso louvável às mulheres e ao seu poder de dizer não.
O roteiro aponta vários
sinais da sociedade machista que impera na Índia – deduções, julgamentos
precipitados, ideias preconcebidas, preconceito e, sobretudo, o comportamento
anormal dos rapazes. Uma frase dita pelo advogado durante o julgamento resume
um pouco do que é abordado em “Pink”: “precisamos salvar os homens; se eles
forem salvos, as mulheres também estarão salvas”
As atuações são excelentes
e a direção é precisa em sua mensagem. Um filme urgente para as sociedades que
ainda não reconhecem a mulher como um ser humano merecedor de respeito.
Avaliação: ****
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