terça-feira, 25 de setembro de 2007

O Caminho de San Diego

Título original: El Camino de San Diego
País: Argentina
Ano: 2006
Gênero: Comédia
Duração: min
Direção: Carlos Sorin
Elenco: Ignacio Benítez, Carlos Wagner La Bella, Paola Rotela, Silvina Fontelles, Miguel González Colman, José Armónico, Toti Rivas e Marisa Córdoba.

Sinopse: a ação acontece na selva do noroeste argentino. Ali, em uma cabana precária, vive Tati Benítez (Ignacio Benítez) com sua família. Tati perdeu seu trabalho e ajuda Silva (Miguel González Colman), um velho escultor para quem busca troncos, ramas e raízes que podem servir-lhe para fazer suas obras. Em troca recebe uma porcentagem pelas vendas que consegue realizar entre os poucos turistas que chegam ao mercado da cidade vizinha. Como a maioria dos argentinos, Tati tem adoração por Diego Armando Maradona. As paredes de sua casa estão cobertas de fotos de seu ídolo, e guarda, como o tesouro mais precioso, o ingresso do jogo em que o viu em plena ação. Apesar de sua dramática situação econômica, Tati não perde seu espírito jovial. Além disso tem outra razão para seu otimismo: encontrou uma gigantesca raiz de timbó (uma árvore típica da região) com uma silhueta que ele acha parecida a Maradona, a qual tentará entregar pessoalmente a Diego. A notícia do ingresso de Diego na Clínica Suíço, na Argentina de Buenos Aires, por um problema cardíaco, é motivo suficiente para que Tati inicie assim sua grande aventura.

Crítica: o filme é bastante criativo e espirituoso, com um enredo que ganha ritmo com os acontecimentos que afloram, as situações engraçadas durante a trajetória de Tati até Buenos Aires e os diálogos inteligentes.
A fotografia mostra um cenário argentino pouco conhecido. O protagonista está bem à vontade em seu papel, demonstrando perfeitamente uma das marcas registradas do país – o fanatismo pelo futebol.
Com ótimas cenas, embaladas com uma dose de humor, o filme vale a pena ser visto.

Curiosidade: do mesmo diretor de ‘A Janela’ e ‘O Cachorro’.
Avaliação: ***

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sexta-feira, 14 de setembro de 2007

O Vigarista do Ano

Título original: The Hoax
País: EUA
Ano: 2006
Gênero: Drama
Duração: 116 min
Direção: Lasse Hallström
Elenco: Richard Gere, Alfred Molina, Hope Davis, Marcia Gay Harden, Stanley Tucci, Julie Delpy, Eli Wallach, John Carter, Christopher Evan Welch, Zeljko Ivanek, David Aaron Baker, Peter McRobbie, John Bedford Lloyd, Okwui Okpokwasili e Stuart Margolin.

Sinopse: um ambicioso escritor Clifford Irving (Richard Gere) tenta se firmar no mercado. Há muito tempo ele procura sem sucesso uma grande história para contar, até que decide criar uma sobre alguém real. Ele procura uma grande editora e diz que foi procurado por Howard Hughes, o excêntrico milionário que todos querem conhecer, para que escreva sua autobiografia. Mas há um problema, ele jamais esteve perto de conhecer Hughes e tudo o que escreveu é uma mentira. Conta com a propalada reclusão de Hughes, que não é visto ou fala em público há mais de uma década, e seu pouco contato com a realidade para manter a farsa. A editora aceita a proposta e publica seu livro em 1970, que logo se torna um best-seller. No entanto, para manter as mentiras escritas ele precisa inventar outras e, para manter esta situação, precisa contar com a ajuda de seu amigo Dick Susskind (Alfred Molina) e a esposa dele, a artista Edith Irving (Marcia Gay Harden).
Crítica: baseado em fatos reais e adaptado a partir do livro escrito pelo próprio personagem principal, Clifford Irving, ‘O Vigarista do Ano’ é um trabalho decente que nos remete a outras comédias recentes como Os Vigaristas e Prenda-me Se For Capaz. É o cidadão comum tentando conquistar o sonho americano através de atos ilícitos.
O elenco competente é um quesito relevante. Richard Gere, como o escritor Cliffor Irving, tem uma interpretação sólida e convincente. Clifford é quase um esquizofrênico, que tentava entrar na mente de Hughes em busca de material para seu falso livro. Ele mente a tal ponto que passa a acreditar nas suas próprias invenções, algo terrivelmente compulsivo. Os demais atores, principalmente Alfred Molina e Marcia Gay Harden, também garantem riqueza aos textos.
A recriação da década de 1970, com uma fotografia envelhecida (dá um tom mais realista), bem cuidada e um acabamento primoroso, é excelente.
As melhores cenas são as entre Richard Gere e Alfrede Molina, em completa sintonia.
O desenrolar da trama até a descoberta da fraude e o escândalo que deixou o escritor famoso segue um bom ritmo e prende a atenção do espectador.
Uma bela obra!
Avaliação: ****

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