segunda-feira, 26 de abril de 1993

Chaplin

Título original: Chaplin
País: EUA/França/Itália/Reino Unido
Ano: 1992
Gênero: Biografia, drama
Duração: 143 min
Direção: Richard Attenborough
Elenco: Robert Downey Jr., Geraldine Chaplin, Milla Jovovich, Paul Rhys, John Thaw, Moira Kelly, Marisa Tomei, Anthony Hopkins, Penelope Ann Miller, Dan Aykroyd, Kevin Kline, Maria Pitillo, Kevin Dunn, James Woods, Diane Lane, Deborah Moore e Nancy Travis.

Sinopse: a vida de Charles Chaplin (Robert Downey Jr.), um dos maiores gênios do cinema, é retratada desde a sua infância pobre até o recebimento de um Oscar Especial. O filme foca também suas várias ligações amorosas, os problemas de ordem política, que o levaram a ser expulso dos Estados Unidos, e, claro, seus filmes.
Crítica: por ser tratar de Chaplin, o filme foi muito conciso. Sua vida é repleta de acontecimentos, desde sua infância muito pobre (merecia maior destaque, assim como as dificuldades encontradas para fazer seus filmes) até o reconhecimento mundial. Muitos aspectos foram superficialmente abordados ou sequer citados. Claro que seria impossível retratar a incrível trajetória desse mestre do cinema mudo, mas o diretor deveria ter explorado mais suas relações com o irmão (sempre presente) e as transformações pelas quais suas películas passaram ao longo do tempo, por exemplo. Algumas partes ficam soltas no longa (a difícil relação com o pai e a origem dos problemas de saúde da mãe não são mostradas claramente), só compreendidas por quem já leu a biografia de Chaplin. Um bom filme para os admiradores do artista e para os que virão a ser, depois de assisti-lo.
Curiosidade: mesmo diretor de Gandhi, que venceu o Oscar de Melhor Filme em 1983.
Avaliação: ***

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sexta-feira, 16 de abril de 1993

O Óleo de Lorenzo

Título original: Lorenzo's Oil
País: EUA
Ano: 1992
Gênero: Drama
Duração: 129 min
Direção: George Miller
Elenco: Nick Nolte, Susan Sarandon, Laura Linney, Margo Martindale, Ann Hearn, Kathleen Wilhoite, Peter Ustinov, Gerry Bamman, Paul Lazar, James Rebhorn e Maduka Steady
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Sinopse: Augusto Odone (Nick Nolte) e Michaela Odone (Susan Sarandon) são os pais de um garoto que tem uma rara doença cerebral. Frustrados pelos médicos não terem o diagnóstico para uma doença tão grave, eles começam a pesquisar e a estudar sobre a doença, tentando encontrar uma nova esperança para seu filho.

Crítica: um filme forte, que de muitas formas aproxima nossa realidade do terrível drama vivido pela família de Lorenzo.
A narrativa e o roteiro bem conduzidos, assim como a interpretação do elenco, tornam a trama ainda mais emotiva (até demais).
As atuações de Nick Nolte, Susan Sarandon (esta foi indicada ao Oscar) e do então ator mirim Zack O'Malley Greenburg são consistentes e merecem aplausos. O esforço inesgotável dos dois testa a resistência de seus laços de união, a profundidade de suas crenças e os limites da medicina convencional.
Baseada em fatos reais, a história intensa e impactante tem uma mensagem bastante positiva. Preparem seus corações. Recomendo.

Avaliação: *****

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terça-feira, 13 de abril de 1993

Arquitetura da Destruição

Título original: Undergångens Arkitektur
País: Suécia
Ano: 1992
Gênero: Documentário
Duração: 121 min
Direção: Peter Cohen
Elenco: -

Sinopse: trata do uso da arte e da estética pela Alemanha nazista. Foi lançado, originalmente, na Suécia em 1989.

Crítica: é um dos melhores estudos sobre o Nazismo, com um foco interessantíssimo. Hitler, o arquiteto da destruição, tinha grandes pretensões e queria dar uma dimensão absoluta à sua megalomania. O nazismo tinha como princípio fundamental embelezar o mundo, nem que para isso tivesse que destruí-lo.
O documentário traça a trajetória de Hitler e de alguns de seus mais próximos colaboradores, com a arte. Muito antes de chegar ao poder, o líder nazista sonhou em tornar-se artista, tendo produzido várias gravuras, que posteriormente foram utilizadas como modelo em obras arquitetônicas.
Destaca ainda a importância da arte na propaganda, que por sua vez teve papel fundamental no desenvolvimento do nazismo em toda a Alemanha.
Numa época de grave crise, no período entre guerras, a arte moderna foi apresentada como degenerada, relacionada ao bolchevismo e aos judeus. Para os nazistas, as obras modernas distorciam o valor humano e na verdade representavam as deformações genéticas existentes na sociedade; em oposição defende o ideal de beleza como sinônimo de saúde e consequentemente com a eliminação de todas as doenças que pudessem deformar o "corpo" do povo.
Com esse discurso, os nazistas passaram a perseguir diversos grupos da sociedade, principalmente as pessoas com deficiências e os judeus, tratando-os como se fossem bactérias ou vírus, – um verdadeiro câncer a ser contido e removido da sociedade alemã. A medicina alemã deveria trabalhar em prol desse corpo do povo, e não em prol do indivíduo, e nesse sentido diversos médicos acabaram se tornando filiados ao Partido Nacional Socialista Alemão a fim de conseguirem subir na carreira. Nasce assim uma "medicina nazista" que valoriza o corpo, o belo e estará disposta a erradicar os males que possam afetar essa obra.
Do ponto de vista social, o embelezamento é vinculado diretamente à limpeza. A limpeza do local de trabalho e a do próprio trabalhador. Os nazistas consideram que ao garantir ao trabalhador a saúde e a higienização, libertam-no de sua condição proletária e, garantem-lhe dignidade de burguês, eliminando assim a luta de classes.
A Guerra é vista como uma arte. Com cenas de época, oficiais, mostra-nos a visita de Hitler à Paris logo após a ocupação.
O domínio sobre a França, Bélgica, Holanda possibilitaram aos nazistas a pilhagem de obras de arte. Em 1941 a conquista da Grécia; nova viagem de Hitler, que tinha na beleza da antigüidade um de seus modelos.
O filme dedica ainda um bom tempo à perseguição e eliminação dos judeus como parte do processo de purificação, não só da raça, mas de toda a cultura, mostrando o processo de extermínio. É interessante perceber que, durante toda a guerra, mesmo no período final com a proximidade da derrota, os projetos arquitetônicos do III Reich tiveram andamento, pretendendo construir a nova Berlim, capital do mundo.
Imperdível!

Avaliação: ****

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