sábado, 24 de novembro de 2007

O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford

Título original: The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford
País: EUA
Ano: 2007
Gênero: Ação, drama
Duração: 159 min
Direção: Andrew Dominik
Elenco: Brad Pitt, Mary-Louise Parker, Brooklynn Proulx, Dustin Bollinger, Casey Affleck, Sam Rockwell, Jeremy Renner, Sam Shepard, Garret Dillahunt, Paul Schneider, Joel McNichol, James Defelice, J.C. Roberts, Darrell Orydzuk e Jonathan Erich Drachenberg.

Sinopse: Jesse James (Brad Pitt) foi o mais notório fora-da-lei da América. Enquanto planejava mais um de seus grandes assaltos, descobre que seus inimigos, ávidos por glória e fortuna, haviam se lançado numa corrida em sua captura. Quando Jesse declara guerra a todos eles, Robert Ford (Casey Affleck) entra em sua lendária gangue. O que ele não sabe é que o novo membro do grupo também tem um plano para matá-lo.

Crítica: com um clima vitoriano e de pós-guerra Civil, o longa é visualmente grandioso, assim como suas vastas e inabitadas paisagens que retratam um velho-oeste sob uma perspectiva diferente dos velhos filmes de cowboy a que estamos acostumados a ver. O seu ritmo mais lento pode decepcionar quem estiver esperando uma história de faroeste.
Para narrar a lenda do mais famoso fora-da-lei norte-americano Jesse James e de seu admirador e assassino Robert Ford, o cineasta criou um drama psicológico, abordando os limites do comportamento humano frente a sentimentos tão controversos como a adoração, a inveja, o ressentimento, a desconfiança.
Robert Ford, um jovem membro da Gangue de Jesse James tinha 19 anos, na época em que assassinou friamente seu ídolo. Um misto de medo, de idolatria ou um desejo de reconhecimento, de notoriedade? Um pouco de tudo. São as hipóteses levantadas pelo escritor Ron Hansen, em seu livro de mesmo nome.
Com Brad Pitt no papel de Jesse e Casey Affleck como Robert, a história, baseada nos acontecimentos que antecedem ao crime, ganha profundidade e dramaticidade. Pitt encarna o fora-da-lei com sensibilidade, impondo a melancolia e carisma do herói. Jesse era conhecido como um jovem de 34 anos com um estado de espírito imprevisível. Alguém que conseguia impor terror nos homens da lei e em seus próprios comparsas, apenas com sua presença. Nada e ninguém passavam por ele desapercebidos. Atualizado com as notícias que circulavam na época, era um homem que estava sempre interagindo com os moradores de sua localidade e constantemente mudando de casa com sua família.
Quanto a Robert Ford, a história o retrata como um covarde que matou o homem mais procurado do país, dentro de sua própria casa, ao lado de sua família, atirando pelas costas. Um “peso” que carregou por muitos anos. Arrependimento ou satisfação? Casey Affleck, em uma bela e sensível interpretação como Ford, consegue desvendar esta dúvida. Com seu olhar inocente e triste, mesclado a um ar meio pernóstico, ele nos causa a impressão de ser um homem inseguro, um tolo admirador de Jesse James.
Não é uma obra-prima, mas a bela fotografia e trilha sonora, o roteiro cuidadoso e o elenco eficiente já são boas razões para assistir à trama.

Avaliação: ***

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quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Edith Piaf – Um Hino ao Amor

Título original: La Môme
País: França
Ano: 2007
Gênero: Drama
Duração: 140 min
Direção: Olivier Dahan
Elenco: Marion Cotillard, Sylvie Testud, Pascal Greggory, Emmanuelle Seigner, Jean-Paul Rouve, Caroline Sihol, Marc Barbé, Catherine Allégret, Jean-Pierre Martins, Elisabeth Commelin, Clotilde Courau, Pauline Burlet, Manon Chevallier e Gérard Depardieu.

Sinopse: o fime conta a vida da extraordinária cantora francesa, Edith Piaf (Marion Cottilard). Abandonada pela mãe, foi criada pela avó, dona de um bordel na Normandia. Dos 3 aos 7 anos de idade fica cega, recuperando-se milagrosamente. Mais tarde vive com o pai alcoólatra, a quem abandona aos 15 anos para cantar nas ruas de Paris. Em 1935 é descoberta por um dono de boate e neste mesmo ano grava seu primeiro disco. A trajetória sofrida é coroada com o sucesso internacional. Fama, dinheiro, amizades, mas também a constante vigilância da opinião pública.
Crítica: o filme é brilhante, só não merecendo a nota máxima por ter sido enxuto demais em algumas partes, prejudicando o entendimento dos acontecimentos. A vida de Piaf foi curta, mas intensa e forte. A interpretação de Marion Cotillard é louvável.
Avaliação: ****

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terça-feira, 20 de novembro de 2007

Meu Melhor Amigo

Título original: Mon Meilleur Ami
País: França
Ano: 2006
Gênero: Comédia
Duração: 94 min
Direção: Patrice Leconte
Elenco: Daniel Auteuil, Dany Boon, Julie Gayet, Julie Durand, Henri Garcin, Jacques Mathou, Marie Pillet, Élisabeth Bourgine e Audrey Marnay.

Sinopse: François Coste (Daniel Auteuil) é um comerciante de antiguidades, que se dedica intensamente ao trabalho. Na comemoração do seu aniverário sua sócia, Catherine (Julie Gayet), diz que ele não possui amigos, o que os demais presentes concordam. François nega e diz que tem vários amigos, o que gera um desafio proposto por Catherine: ele tem 10 dias para apresentar seu melhor amigo, caso contrário ela ficará com o valioso vaso grego que ele possui. François aceita e passa a buscar, desesperadamente, alguém para ser seu melhor amigo.

Crítica: uma trama simples, mas inteligente. Leve, mas profunda. De forma sensível, o cineasta (mesmo de Lumière e Companhia) retratou a importância da amizade e como, na correria do cotidiano, esquecemos de valorizá-la.
O elenco está afinadíssimo e as situações e diálogos são bastante engraçados.
Vale a pena ver!

Avaliação: ***

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quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Leões e Cordeiros

Título original: Lions for Lambs
País: EUA
Ano: 2007
Gênero: Drama político
Duração: 91 min
Direção: Robert Redford
Elenco: Robert Redford, Meryl Streep, Tom Cruise, Peter Berg, Michael Peña, Derek Luke, Andrew Garfield, Louise Linton e Tracy Dali.

Sinopse: o senador Jasper Irving (Tom Cruise) pretende lançar sua nova "estratégia completa" para a guerra dos Estados Unidos no Afeganistão e, para divulgá-la, precisa convencer a jornalista Janine Roth (Meryl Streep). Simultaneamente o dr. Stephen Malley (Robert Redford), um professor idealista, tenta convencer Todd (Andrew Garfield), um de seus alunos mais promissores, a mudar o curso de sua vida. Ao mesmo tempo Ernest (Michael Peña) e Arian (Derek Luke) são soldados que estão lutando nas montanhas geladas do Afeganistão, buscando se lembrar do porquê de terem se alistado no exército americano.

Crítica: a película não busca apresentar soluções, busca somente discutir idéias e conceitos. Não julga, apenas incentiva a reflexão por parte do espectador.
O debate ocorre em três frentes. O senador Jasper Irving (Tom Cruise) pretende vender sua mais nova estratégia na guerra contra o terror à jornalista Janine Roth (Meryl Streep). O professor idealista Stephen Malley (Robert Redford) tenta convencer um de seus alunos mais promissores (Andrew Garfield) a mudar o curso de sua vida. E dois rapazes (Derek Luke e Michael Peña) combatem nas montanhas cobertas de neve do Afeganistão, desejando dar sentido a suas vidas ao se alistassem no exército americano. Nessas simples tramas, o longa discute questões como idealismo x pragmatismo, comprometimento x utopia e ambição pelo poder x responsabilidade da imprensa.
Não é uma grande obra, mas é bastante incisiva no que propõe: levantar debates sobre o porquê da guerra.
As melhores cenas são, impreterivelmente, entre Cruise e Streep. Sem papas na língua, a dupla cria um "sistema" de manipular e deixar ser manipulado que deixa sempre em dúvida a intenção de cada um. Este enfrentamento gera os questionamentos mais intensos e é onde vai mais longe em sua veia crítica, deixando claro a importância da mídia em "vender" a guerra contra o terror para a população dos Estados Unidos.

Avaliação: ***

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