terça-feira, 12 de março de 1996

Os Sete Pecados Capitais

Título original: Seven
País: EUA
Ano: 1995
Gênero: Suspense
Duração: 125 min
Direção: David Fincher
Elenco: Brad Pitt, Morgan Freeman, Gwyneth Paltrow, R. Lee Ermay, Richard Roundtree, John C. McGinley, Julie Araskog e Kevin Spacey.

Sinopse: Brad Pitt e Morgan Freeman interpretam dois policiais de estilos opostos: Sommerset (Freeman) é um detetive culto e conservador, que quer se aposentar e já não acredita mais em sua carreira; Mills (Pitt) é jovem, recém-chegado a cidade grande, é a encarnação da ambição e dedicação ao trabalho. Os dois são encarregados de identificar e capturar um serial killer que mata suas vítimas de acordo com os sete pecados capitais (gula, preguiça, vaidade, inveja, luxúria, avareza e ira). Eles precisam prender o maníaco antes que os sete pecados terminem.
Crítica: o suspense mergulha fundo em um dos maiores pesadelos humanos, o extremo sofrimento físico e mental no momento da morte, mas sem cenas explícitas. A sugestão por si só já basta. Durante o longa, não é exibido nenhum assassinato praticado pelo psicopata que age inspirado pelos sete pecados capitais. Na visão do diretor David Fincher, o mais aterrorizante não está na tela, e sim, na mente humana. Gula, cobiça, preguiça, inveja, ira, vaidade e luxúria. “Sete pecados capitais” é um dos melhores e mais perturbadores thrillers já realizados, que ganhou o status de clássico já em seu lançamento.
O roteiro é bastante criativo, mas mantém determinados clichês que se tornaram marca registrada do gênero, sendo assim essenciais. A dupla de personagens principais (com temperamentos opostos), os detetives William Somerset e David Mills (Brad Pitt), divinamente interpretados por Morgan Freeman e Brad Pitt, são designados para investigar um homicídio bizarro. A vítima, um obeso, é encontrada morta em seu apartamento. A causa da morte: ele foi obrigado a comer até... ”explodir”. Gula!
Crimes subseqüentes revelam que todos são obra do mesmo assassino, um fanático religioso que anda pregando os ensinamentos cristãos de uma maneira bem radical, penalizando os infratores com a morte. Um advogado criminal é forçado a se mutilar para sangrar até morrer (cobiça); um delinqüente é amarrado em sua própria cama por um ano (preguiça); uma modelo tem seu rosto desfigurado (vaidade); e uma prostituta é brutalmente empalada (luxúria). Em um certo ponto, o assassino resolve inserir Mills e Somerset em seu jogo macabro, levando-os ao limite, assim como nós espectadores.
E o final? Asseguro que é um dos mais desconcertantes e polêmicos. Impossível se manter indiferente. Em paralelo, outras tramas são incluídas, como o conflito entre os dois protagonistas e o meio em que vivem, uma metrópole caótica e marginalizada.
Um roteiro sinistro com um visual à altura: a fotografia criou uma atmosfera sombria, com destaque para o excepcional uso de sombras, a predominância de cores neutras e os fachos de luz das lanternas dos detetives que contrastam com a escuridão dos ambientes fechados.
Um filme excelente!
Curiosidade: infelizmente, o longa foi taxado como imoral pela indústria de Hollywood, prejudicando seu desempenho nas premiações. Os membros da Academia esnobaram a produção, concedendo-lhe uma única indicação ao Oscar, a de melhor montagem, pelo excelente trabalho de Richard Francis-Bruce. Contudo, o filme arrastou multidões aos cinemas e rapidamente se tornou um dos favoritos do público, arrecadando US$ 350 milhões ao redor do mundo (mais de dez vezes o valor do orçamento). Diante do apelo popular, a MTV premiou-o como o Melhor Filme do Ano.
Avaliação: ****

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