terça-feira, 4 de abril de 2017

Mulheres do Século XX (20th Century Women)

País: EUA
Ano: 2016
Gênero: Drama
Duração: 119 min
Direção: Mike Mills
Elenco: Annette Bening, Greta Gerwig, Elle Fanning e Billy Crudup.

Sinopse: na Califórnia dos anos 70, uma mãe tenta cuidar de sua família da melhor forma possível enquanto também procura respostas para as vidas de suas duas jovens amigas – uma fotógrafa aficcionada pela cultura punk, e uma amiga de seu filho. 

Crítica: de estilo despojado e baixo orçamento, mas com uma grande história de amadurecimento, “Mulheres do Século 20” envolve o público.
Por meio da revelação de três mulheres fortes e determinadas, nascidas nas décadas de 20, 50 e 60, traça um panorama da cultura americana.
A trama se passa nos anos 70, na Califórina. Dorothea (Annette Bening) é uma mãe divorciada que, por conta da diferença de idade com seu filho adolescente, acha-se incapaz de criá-lo sozinha para ser um homem formidável, numa época de mudanças tão rápidas, fim dos anos 1970. Ela então pede a ajuda de duas mulheres mais jovens, a melhor amiga do filho (vivida por Elle Fanning) e uma moça que aluga um quarto na casa de Dorothea, Abbie (Greta Gerwig). As boas intenções de todos inevitavelmente gerarão atritos. A única figura masculina é a de William (Billy Crudup), que também aluga um quarto e faz consertos (o “faz tudo” generoso e que, apesar de entender as mulheres, não encontrou um amor ainda).
O elenco muito bem dirigido nos é apresentado em flashbacks e planos acelerados e em cenas que resumem os acontecimentos do passado para apresentar a transformação e a evolução dessas mulheres em momentos decisivos.
Feminista, humano, questionador – o filme contextualiza bem os conflitos, as influências que culminaram em novas formas de pensar, sejam elas ligadas à política (guerras, mudanças de presidentes) ou à economia (consumismo), e tudo de forma bastante divertidas e, ao mesmo tempo, marcante.
O personagem que une essas mulheres é o garoto Jamie (Lucas Jade Zumann), no entanto sua vida é moldada pela presença feminina ao redor. Ele funciona como os olhos do público, observando com atenção cada gesto do trio central.
Tudo funciona de forma bem fraternal, mas sem apelar para soluções fáceis ou finais felizes. É um retrato do crescimento pessoal e da maturidade que traz para a vida coisas difíceis, onde é preciso admitir que nada sai como esperamos. 

Avaliação: ****
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