Tungstênio
País: Brasil
Ano: 2018
Gênero:
Drama
Duração: 80
min
Direção: Heitor
Dhalia
Elenco: José
Dumont, Fabrício Boliveira, Samira Carvalho e Wesley Guimarães.
Sinopse: um sargento do exército aposentado, um
policial e sua esposa e um traficante aparentemente não possuem nada em comum,
mas eles vão se unir em prol de um bem maior. Quando pessoas começam a utilizar
explosivos para pescar na orla de Salvador, na Bahia, esse grupo fará de tudo
para acabar com esse crime ambiental. Mas, na busca dos caminhos que lhes
pareçam mais corretos, cada um deles vai passar por mais conflitos pessoais e
morais.
Crítica: adaptação de HQ homônima de Marcello
Quintanilha (premiada na categoria de melhor HQ policial no Festival d’Angoulême
(França), um dos mais importantes do mundo), o longa-metragem faz transposição
bastante fiel do material original (inclusive, alguns diálogos), em uma
narrativa igualmente enérgica e em sintonia com o Brasil contemporâneo.
A história de Tungstênio se
desenrola a partir de quatro personagens: Seu Ney (José Dumond), ex-sargento
saudoso dos tempos de exército, Richard (Fabricio Boliveira), um policial que
extrapola na violência dentro e fora do trabalho, Keira (Samira Carvalho),
esposa de Richard, que é vítima de agressões e traições do marido, além de Caju
(Wesley Guimarães), um jovem atuante no tráfico.
Cada um carregando
diferentes dramas, as figuras centrais acabam inseridas em uma torrente de
acontecimentos que se interligam. A cada momento seguimos determinado
personagem, às vezes com a ajuda de uma excelente narração (voz de Milhem
Cortaz) que sempre complementa algumas situações e destaca particularidades das
personagens.
Tensão social, racismo,
violência policial, machismo e militarismo são alguns dos temas presentes no
filme.
Tudo em uma narrativa
fluida e dinâmica, com uso de flashbacks, enquadramentos criativos,
posicionamentos incomuns das câmeras e boas atuações. E ainda traz boas
surpresas.
Tungstênio é um retrato do
Brasil real: dos excluídos, dos esquecidos, dos desabastados, dos que vivem à
margem.
Avaliação: ****
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