O Agressor de Túnis (Le Challat de Tunis)
País: Tunísia/França
Ano: 2014
Gênero: Documentário
Duração: 90
min
Direção: Kaouther
Ben Hania
Elenco: Jallel
Dridi, Mohamed Slim Bouchiha e Narimène Saidane.
Sinopse: em Túnis, a capital da Tunísia, um homem
desconhecido vulgo Challat anda de moto e com uma lâmina, fere as mulheres que
ele julga estarem vestidas inadequadamente. O criminoso é uma lenda urbana,
também conhecido como "o retalhador". Não se sabe se ele age sozinho
ou se faz parte de algum grupo fanático religioso ou algo parecido. Uma década
depois dos ataques, na primavera árabe, uma jovem investiga o caso e procura a
identidade de Challat.
Crítica: o documentário busca entender o caso do “Challat”.
Em 2004, onze mulheres tiveram suas nádegas cortadas por alguém que passava de
moto enquanto caminhávamos ruas de Túnis (Tunísia).
O caso, claro, chamou a
atenção das autoridades policiais, da mídia e do público em geral. Ganhou tanta
popularidade que foi criado até um game em que o objetivo era cortar as
mulheres “não castas”.
Para saber mais dos ataques
e conhecer o verdadeiro Challat (o retalhador) a cineasta Kaouther Ben Hania
vai até a cadeia onde ele supostamente esteve preso, mas tem sua entrada
barrada por um policial.
Tenta, então, descobrir a
casa onde ele mora. Pergunta a vizinhos do bairro até que um deles lhe fornece
um endereço. O rapaz chamado Jallel Dridi se identifica como o Challat.
No entanto, o juiz a quem
ela tinha procurado antes, mostra um vídeo em que Jallel confessa não ser o
retalhador. Ele, na verdade, teria sido preso por roubo.
Vítimas são entrevistadas e
elas não o reconhecem mesmo como o agressor. Talvez Jallel tenha servido de
bode expiatório para encerrar o caso.
Suspeita-se até que tenha
havido mais de um Challat, visto que a sociedade machista acredita que a culpa é
da mulher por ter sido agredida. Ataques assim também foram registrados na
Síria e no Egito.
Sem a identificação do
verdadeiro agressor, o mistério continua.
O que choca no documentário
é que a maioria dos homens concorda com os ataques, achando que serviriam de
punição para a mulher se “dar o respeito” e “aprender a ser casta”.
Em um determinado momento
do filme, aparece uma mulher que vende um detector de virgindade (via urina)
para os homens saberem se a mulher com que vão casar é virgem ou não.
Inacreditável!
Avaliação: **
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