quarta-feira, 12 de fevereiro de 1997

As Duas Faces de um Crime

Título original: Primal Fear
País: EUA
Ano: 1996
Gênero: Drama
Duração: 126 min
Direção: Gregory Hoblit
Elenco: Richard Gere, Laura Linney, Edward Norton, Frances McDormand, John Mahoney e Alfre Woodward.

Sinopse: Richard Gere é Martin Vail, um brilhante e audacioso advogado que aspira à fama. Quando Aaron Stampler (Edward Norton), um coroinha de Kentucky, é acusado do assassinato de um arcebispo de Chicago, Martin resolve defendê-lo, pois vê neste caso a sua grande chance.

Crítica: um filme muito bom, acima da média, nos gêneros ação, policial e suspense. Sim, a trama reúne tudo isso e envolve o espectador a cada sequência, a cada fato, a cada descoberta.
Uma história inteligente e interessante que parte de um crime que parece comum e pequeno e, com o tempo, vai revelando juntamente com os personagens que o crime esconde muito do que se imagina.
Trata de alta corrupção em Chicago, envolvendo imóveis, bispo, procurador de Justiça – e, de quebra, fala em abuso sexual por parte de religiosos católicos. Edward Norton está brilhante como o suspeito que convence o advogado ambicioso, mas muito competente (Richard Gere) e até a psiquiatra especialista (Frances McDormand) de que é esquizofrênico e, portanto, legalmente inculpável.
Richard Gere está eficiente na pele do advogado. E Frances McDormand, claro, é sempre muito boa.
O final é surpreendente e torna a película melhor ainda.

Curiosidade: Edward Norton ganhou uma indicação para o Oscar de melhor ator coadjuvante.

Avaliação: ****

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segunda-feira, 28 de outubro de 1996

A Família Excêntrica de Antônia

Título original: Antonia
País: Holanda/Bélgica/Inglaterra
Ano: 1995
Gênero: Drama
Duração: 102 min
Direção: Marleen Gorris
Elenco: Willeke van Ammelrooy, Els Dottermans, Dora van der Groen, Veerle van Overloop, Esther Vriesendorp, Carolien Spoor, Thyrza Ravesteijn, Mil Seghers, Jan Decleir, Elsie de Brauw, Reinout Bussemaker, Marina de Graaf, Jan Steen, Catherine ten Bruggencate e Paul Kooij.

Sinopse: conta a história de uma encantadora geração de mulheres. Comandada por Antonia, a saga familiar atravessa três gerações, falando de força, de beleza e de escolhas que desafiam o tempo. Nesse universo conhecemos curiosos personagens, como o filósofo pessimista, a netinha superdotada, a filha lésbica, a avó louca, o padre herege, a amiga que adora procriar, a vizinha que sofre abusos sexuais e os muitos amigos que são acolhidos por sua generosidade.

Crítica: o filme se passa durante quase quarenta anos após a segunda guerra mundial, em uma pequena vila européia, e conta a história da matriarca Antonia que, depois de voltar à vila onde nasceu, estabelece uma comunidade com sua filha.
Dosando momentos de alegrias, tristezas, tragédias e superação de modo eficiente e integrado, o enredo se desenvolve em torno da relação das duas com os moradores da vila. Assumem a fazenda da família e alojam um homem simples da aldeia e uma jovem com problemas psicológicos que foi estuprada pelo irmão, além de manter amizade com Kromme Vinger, um filósofo estudioso de Schopenhauer e Nietzsche.
A trama do filme, bastante peculiar, poderia se passar em qualquer lugar. Sua mensagem é universal e foca a diversidade humana, sem julgar.
Retrata primordialmente mulheres que, em princípio, não precisam de homens. Ou deles necessitam apenas para a procriação, embora a própria Antonia acabe por sucumbir, não na forma tradicional, aos apelos afetivos de um pretendente. A preferência sexual das personagens é exposta com alguma concisão num único trecho do filme, numa seqüência-resumo não apelativa e plasticamente bem feita.
O filme valoriza a vida em comunidade mais que a familiar. Politemático, passa por discussões sobre a vida e a morte, filosofia, matemática, religião, especialmente através de um excêntrico habitante do lugar que se dedica a estudar Schopenhauer e Nietzsche.
Aliás, os personagens, em sua maioria, seriam excluídos sociais em qualquer lugar do planeta: um casal de retardados mentais (ela fora estuprada pelo próprio irmão), uma mulher solitária que uiva para a lua cheia e seu vizinho do andar inferior que camufla sentimentos de amor por ela, outra cujo maior prazer é procriar e que, surpreendentemente, morre no parto... Mas ali, naquele lugar, conseguem viver em relativa harmonia.
Uma crônica com tendência surrealista, às vezes divertida, às vezes trágica, quase sempre paradoxal, de retalhos de vidas que se encontram, confraternizam e se chocam no resumo do mundo que é o vilarejo rural onde moram e necessariamente se cruzam.
O resultado é surpreendente. Não perca!

Curiosidade: vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, em 1996.
Avaliação: ****

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segunda-feira, 9 de setembro de 1996

Rompendo o Silêncio

Título original: Broken Silence
País: EUA / Argentina / República Tcheca / Hungria / Polônia / Rússia
Ano: 1995
Gênero: Documentário
Duração: 282 min
Direção: Luis Puenzo, Janos Szasz, Pavel Chukhraj, Andrzej Wajda e Vojtech Jasny.
Elenco: -

Sinopse: série de cinco documentários sobre o Holocausto dirigidos por cinco grandes cineastas: Luis Puenzo, Pavel Chukhraj, János Szász, Vojtech Jasny e Andrzej Wajda. Produzidos por Steven Spielberg e baseados em documentos pertencentes à instituição "Survivors of the Shoah Visual History Foundation", também de Spielberg, Rompendo o Silêncio é um emocionante painel que retrata os horrores do Holocausto da Segunda Grande Guerra sob o ponto de vista de quem o vivenciou de perto... e sobreviveu para alertar o mundo.
Crítica: os cinco filmes são fortes e muito comoventes. Os relatos de quem sobreviveu são dolorosos e nos fazem perceber que é impossível entendermos o que eles passaram. Algumas imagens de arquivo tentam reproduzir o horror que presenciaram.
São exemplos de vida, essa só obtida após o fim da guerra e dos campos de concentração.
Histórias de traição, mas também de solidariedade. Um material riquíssimo que tem o objetivo de não permitir que as atrocidades cometidas caiam no esquecimento. Ao contrário, devem estar vivas em nossa memória para que não se repitam jamais.
Os títulos são: ‘Alguns que viveram’, ‘Olhos do Holocausto’, ‘Crianças do Abismo’, ‘Eu me Lembro’ e ‘Inferno na Terra’.
Com um realismo impressionante, devem ser vistos por todos, principalmente por quem ainda ouse questionar a ocorrência do Holocausto.

Avaliação: ****

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