sexta-feira, 12 de junho de 1998

Melhor é Impossível

Título original: As Good as It Gets
País: EUA
Ano: 1997
Gênero: Comédia
Duração: 139 min
Direção: James L. Brooks
Elenco: Jack Nicholson, Helen Hunt, Cuba Gooding Jr. e Greg Kinnear.

Sinopse: em Nova York, o escritor Melvin Udall (Jack Nicholson), grosseiro e sarcástico, tem como alvos principais o artista plástico Simon (Greg Kinnear), seu vizinho, e a garçonete Carol (Helen Hunt) que enfrenta problemas por ser mãe solteira e ter que se desdobrar para cuidar de seu filho, com asma crônica. Mas o destino vai fazer com que eles fiquem muito mais próximos do que poderiam imaginar.
Crítica: uma comédia muito inteligente. Arranca boas gargalhadas do espectador. Tem como fio condutor os encontros e desencontros de gente simples, de histórias humanas, tratadas aqui com muita delicadeza. Não há ironia em “Melhor É Impossível”. Não se trata de uma sátira ou de um pastelão, mas de um drama humano, cuja comédia vem das dificuldades cotidianas dos personagens. Melvin é um homem solitário que sofre de um distúrbio neurótico, um problema que o isola ainda mais e o transforma em um sujeito mau-humorado, sarcástico e, às vezes, simplesmente grosseiro. Além disso, é machista e preconceituoso. Carol é a única pessoa que o aguenta, garçonete do restaurante onde ele faz suas refeições diariamente, no mesmo horário e na mesma mesa. Simon é o artista plástico gay, seu vizinho, que tem um cachorro. Ao sofrer um acidente, pede para Melvin que cuide do seu bichinho. O pânico e a discriminação de Melvin, completamente politicamente incorreto, são o ponto hilário da trama. As atuações de Jack Nicholson e de Greg Kinnear (que surpreende nesse longa) são sublimes. Com um roteiro imprevisível e um desfecho sutil, merece ser visto.
Curiosidade: vencedor do Oscar (1999) de Melhor Ator e Atriz, para Jack Nicholson e Helen Hunt, respectivamente.
Avaliação: ****

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quarta-feira, 6 de maio de 1998

Los Angeles – Cidade Proibida

Título original: L. A. Confidencial
País: EUA
Ano: 1997
Gênero: Policial, suspense
Duração: 138 min
Direção: Curtis Hanson
Elenco: Kevin Spacey, Russell Crowe, Guy Pearce, James Cromwell, Kim Basinger, Danny DeVito, David Strathairn, Ron Rifkin, Paul Guilfoyle, Paolo Seganti e Graham Beckel.

Sinopse: no início dos anos 50 em Los Angeles, três detetives que usam métodos distintos de trabalho se defrontam com uma trama de conspiração e corrupção policial, que atinge até os mais altos escalões, que estão ligados a um esquema de prostitutas de luxo, no qual cada uma delas personifica uma estrela de cinema.
Crítica: a mais inteligente e bem sucedida homenagem ao gênero noir surgida em Hollywood nos anos 1990. O filme é uma pérola perfeita, narrada com elegância, cinismo e sofisticação, que expõe a degradação moral de uma cidade cheia de luxo e perita em varrer o lixo para baixo do tapete.
Sem pressa, o diretor gasta bastante tempo apresentando os personagens e definindo as relações entre eles, mas mantém a história avançando firmemente em uma narrativa limpa, de forma que o espectador fique atento e sem se perder nos meandros complicados da trama. Os protagonistas são três detetives do Departamento de Polícia de Los Angeles, homens bem diferentes entre si, com personalidades desenvolvidas magnificamente pelo filme. Além deles, há uma dúzia de personagens que desempenham papéis relevantes na história intrincada, repleta de detalhes misteriosos e cadáveres inesperados.
A trama é narrada do ponto de vista do jovem e ambicioso detetive Ed Exley, vivido por Guy Pearce, aliás, com excelente interpretação. Enquanto investiga uma chacina cometida num restaurante, o caminho dele cruza com investigações paralelas desenvolvidas por dois outros detetives: o detetive-celebridade Jack Vincennes (Kevin Spacey), consultor de um programa de TV que foi encarregado de desbaratar uma rede de prostituição de luxo; e o brutamontes Bud White (Russell Crowe), que faz trabalhos o trabalho sujo (leia-se torturar suspeitos) na delegacia e anda interessado em descobrir quem matou o ex-parceiro, assassinado na mesma chacina que Exley investiga.
O filme tem cenas marcantes, bom ritmo e uma intriga policial muito hábil, capaz de agradar todo tipo de público.
Curiosidade: em 1998, vencedor de 2 Oscars: Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Atriz Coadjuvante (Kim Basinger).
Filme baseado no livro de James Ellroy.
Avaliação: ****

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sexta-feira, 10 de abril de 1998

Titanic

Título original: Titanic
País: EUA
Ano: 1997
Gênero: Drama, romance
Duração: 194 min
Direção: James Cameron
Elenco: Leonardo Di Caprio, Kate Winslet, Gloria Stuart, Billy Zane, Kathy Bates, Bill Paxton, Frances Fisher, Bernard Hill, Victor Garber, David Warner, Jonathan Hyde, Suzy Amis, Lewis Abernathy, Nicholas Cascone e Anatoly M. Sagalevitch.

Sinopse: jovem aventureiro (Leonardo DiCaprio) ganha passagem, em mesa de jogo, para a primeira viagem do transatlântico Titanic. No navio, apaixona-se por Rose Bukater (Kate Winslet), noiva de um homem rico e arrogante (Caledon Hockley), com quem vive um amor proibido. Mas a viagem ganha contornos trágicos quando o navio se choca com um iceberg.
Crítica: de sucesso mundial, é um filme trágico, um drama onde se mistura o romance, que serve de fio condutor à tragédia e à ação, replet de efeitos visuais.
Baseado em fatos reais, retrata o desastre marítimo, ocorrido no início do século XX, que deixou marcas profundas. O maior transatlântico de todos os tempos, considerado o mais seguro, de nome Titanic, afundou-se nos mares do Atlântico Norte após chocar-se contra um iceberg. Poucas foram as pessoas que se salvaram, tendo morrido centenas de pessoas por afogamento ou por hipotermia, causada pelas águas geladas do oceano.
O diretor recorreu a efeitos especiais bem concebidos para reduzir ao máximo o abismo entre a ficção e a realidade. São exemplos disso as perspectivas do navio a afundar-se, o rompimento do casco e a consequente inundação pelo interior do navio, os efeitos sonoros e, embora não fazendo parte dos efeitos especiais, a representação de Leonardo DiCaprio quando se encontra na água gelada do oceano. Essa tentativa de aproximação ao real fez desta sua obra um dos grandes êxitos da cinematografia americana, para além de ser considerado também um dos filmes mais dispendiosos.
O romance tem como personagens principais Jack Dawson (Leonardo DiCaprio), um rapaz pobre que viaja em terceira classe, e Rose Dewitt Bukater (Kate Winslet), uma moça da alta sociedade mas que não tem grandes possibilidades económicas e que está noiva de um homem rico, contra a sua vontade (pressionada pela mãe). Os antecedentes à tragédia vão sendo apresentados à mistura com esta história de amor e, assim, vai sendo preparado o clímax da obra, que vai ter como fim o desaparecimento do navio nas águas profundas e geladas dos mares do Norte.
A introdução do filme é original: começa nos anos 90, com uma equipe de investigação à procura de vestígios do naufrágio, mais concretamente de um valioso colar do século XVIII. Nas suas buscas encontra um esboço de um nu feminino que é passado na televisão e visto por Rose (Gloria Stuart), já de idade avançada, que, mais tarde, junto à equipe investigativa, começa a relatar o sucedido no transatlântico.
A obra cinematográfica foi alvo de variadas críticas: demasiado longo; dispendioso demais comparando com o produto final; enfraquecido pela história romântica; excelentes efeitos especiais; boas interpretações; entre outras. Mas, de uma maneira geral, é um trabalho de excelente qualidade, aclamado pelo público.
Curiosidade: em 1998, venceu o Oscar em 11 categorias: Melhor Filme, Diretor, Fotografia, Edição, Direção de Arte, Figurino, Som, Edição de Som, Trilha Sonora – Drama, Canção Original e Efeitos Especiais.
Foi o primeiro filme a usar a técnica de controle de movimento, que consiste em uma pessoa ou mais, fazendo movimentos, que depois são transferidos para o computador, e transformados em pessoas quase idênticas às reais.
Avaliação: ****

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