sábado, 28 de outubro de 2006

A Massai Branca

Título original: Die Weisse Massai
País: Alemanha
Ano: 2005
Gênero: Drama
Duração: 131 min
Direção: Hermine Huntgeburth
Elenco: Nina Hoss, Jacky Ido, Katja Flint, Antonio Prester, Janek Rieke, Damaris Itenyo Agweyu, Barbara M. Ahren e Robert Dölle.

Sinopse: Carola Lehmann (Nina Hoss) está em férias no Quênia. Quando faltam poucos dias para retornar ela conhece Samburu (Jacky Ido), um guerreiro Lemalian que usa armas e roupas tradicionais. Fascinada, ela logo se apaixona. Carola decide cancelar o vôo de volta e mandar Stefan (Janek Rieke), seu namorado, retornar sozinho, enquanto ela própria percorre o Quênia tentando reencontrar Samburu. Baseado no livro autobiográfico de Corinne Hofmann.

Crítica: narra, de maneira sóbria e cronológica, a real e incrível saga de Carola, uma mulher suíça, de classe média alta, que passava as férias no Quênia em companhia do namorado até que, ao conhecer Lemalian (o estreante Jacky Ido, nascido em Burkina-Faso), um belo guerreiro negro da cultura queniana denominada Massai, ela se apaixona louca e imediatamente. O rapaz passa a ser uma obsessão na vida de Carola a ponto dela abandonar seu parceiro e se embrenhar pelos mais subdesenvolvidos caminhos africanos em busca de Lemalian.
A atração pelos opostos, de forma extrema, é uma das questões básicas levantadas por A Massai Branca: até que ponto são suportáveis os choques culturais vividos por uma européia branca de formação capitalista e um pastor de cabras africano que habita uma comunidade nas montanhas? Até onde pode chegar a determinação de uma pessoa disposta a abandonar todas as suas raízes por amor? Ou seria apenas uma obsessão? Uma vontade desesperada de mudança? O filme não pretende responder a estas questões irrespondíveis.
Talvez a opção da diretora pela narrativa mais simples e linear, sem ousadias cinematográficas, seja justamente a de deixar toda a perturbação apenas para a trama em si, que já é por si só enigmática e inacreditável, mesmo inspirada em fatos verídicos. De certa forma, esta simplicidade funciona: ‘A Massai Branca’ é um longa que mantém o interesse do espectador até a última cena, justamente por ser uma história bem contada.
Além disso, a fotografia não só capta a beleza do lugar como um pouco das tradições quenianas.

Avaliação: ***

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sábado, 21 de outubro de 2006

Pequena Miss Sunshine

Título original: Little Miss Sunshine
País: EUA
Ano: 2006
Gênero: Comédia, drama
Duração: 101 min
Direção: Jonathan Dayton e Valerie Faris
Elenco: Abigail Breslin, Greg Kinnear, Alan Arkin, Toni Collette, Cassandra Ashe, Paul Dano e Steve Carell.

Sinopse: conta a história de um pai da família, Richard (Greg Kinnear), que se considera um guru de auto-ajuda. Ele escreveu um livro com nove passos para alcançar o sucesso, mas não consegue
publicá-lo. A mulher não acredita no talento dele. O pai é drogado. O cunhado é suicida. A filha Olive é uma gorducha de óculos que sonha em ganhar um concurso de beleza. É quando a menina vai participar de um concurso, o ‘Little Miss Sunshine’, que a família toda se reúne numa perua velha a caminho da Califórnia.
Crítica: qualquer história pode ficar interessante, se cair nas mãos certas. É o caso de Pequena Miss Sunshine, onde uma família desajustada se modifica com a viagem. A trama não é original, mas a execução o faz parecer ser. Os diretores sabem contar a trama sem cair na mesmice, no cômico ou sentimental demais. Tudo é bem dosado. Até os personagens exageradametne problemáticos são interpretados com brilho. E, após inúmeros fracassos e tragédias, a viagem deles culmina em um divertidíssimo clímax. Assistam!
Curiosidade: especialmente por motivos financeiros, o filme demorou cinco anos para ficar pronto. Tendo custado US$ 8 milhões, faturou US$ 50 milhões somente nos EUA.
Ganhou 2 Oscars em 2007, nas categorias de Melhor Ator Coadjuvante (Alan Arkin) e Melhor Roteiro Original.
Avaliação: ***

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O Tempo que Resta

Título original: Le Temps qui Reste
País: França
Ano: 2005
Gênero: Drama
Duração: 85 min
Direção: François Ozon
Elenco: Melvil Poupaud, Jeane Moreau, Valeria Bruni Tedeschi, Daniel Duval, Marie Rivière, Christian Sengewald, Henri de Lorne, Louise-Anne Hippeau, Walter Pagano e Ugo Soussan Trabelsi.

Sinopse: Romain (Melvil Poupaud) é um bem sucedido fotógrafo de moda gay que está com câncer em estágio terminal. Com seu tempo de vida esgotando-se, acaba por se tornar cruel com as pessoas ao seu redor.
Crítica: uma das grandes angústias do ser humano é saber de sua finitude. É desse tema bastante espinhoso que trata o filme. Apesar de não ser um assunto original, aqui há um diferencial: o personagem principal não pensa em uma lista de extravagâncias para fazer antes de morrer. Simplesmente, Romain passa a ver a vida de modo mais contemplativo, sem necessariamente se tornar uma pessoa melhor.
O diretor exala desilusão e um pouco de amargura em seu longa, apresentando a pequenez humana diante de uma doença, de um mal que se instala sem aviso prévio.
Uma história longa densa, triste e bela. A primeira reação do protagonista é a negação, recusando-se a admitir sua condição. A esse sentimento segues-e a revolta, que faz com que Romain maltrate todos à sua volta, inclusive seu namorado Sacha (Christian Sengewald).
Tentando se acostumar com a ideia de seu fim próximo, Romain se recusa a fazer tratamento contra a doença. Procura, então, sua avó Laura (Jeanne Moreau). A conversa franca entre os dois é simples e emocionante.
A cena final resume bem o contraste entre a natureza e o homem. A tese de que não somos nada diante de tudo que há no mundo é reforçada.
Avaliação: ***

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