sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

O Último Rei da Escócia

Título original: The Last King of Scotland
País: Inglaterra
Ano: 2006
Gênero: Drama
Duração: 122 min
Direção: Kevin Macdonald
Elenco: Forest Whitaker, James McAvoy, Kerry Washington, Gilliam Anderson e Simon McBurney.

Sinopse: adaptação de um romance homônimo, escrito por Giles Foden e inspirado em acontecimentos reais. História do ditador ugandense Idi Amin Dada (Forest Whitaker), vista através dos olhos de Nicholas Garrigan (James McAvoy), jovem escocês que foi médico pessoal do instável líder, em parte devido à inesperada paixão de Amin pela cultura escocesa – Amin até se autoproclamou "O Último Rei da Escócia". Seduzido pelo carisma de Amin e cegado pela decadência, a vida dos sonhos de Garrigan torna-se um pesadelo de traição e loucura do qual não haverá fuga.
Crítica: quando se ouve falar em ditador responsável por milhares de mortes, é inevitável não pensar em figuras famosas da história. O ditador ugandense Idi Amin Dada é um deles. Estima-se que 300 mil pessoas tenham sido executadas durante os oito anos (de 1971 a 1979) em que o ditador esteve à frente de Uganda.
Trata-se de uma grande obra, que consegue mostrar diversos pontos históricos da época em que o ditador governou Uganda. É evidente que foi necessário selecionar apenas os principais acontecimentos de todos os que ocorrem nos oito anos em que o ditador ocupou a presidência. O filme mostra, por exemplo, a expulsão dos asiáticos do país e o seqüestro do avião da Air France. Nesse quesito, é um pouco enxuto.
O maior acerto do filme é não cair no clichê de revelar o ditador como sendo apenas uma pessoa má. São retratadas suas feições humanas, seus momentos mais descontraídos e sua forte amizade com o recém-formado médico escocês Nicholas Garrigan (James Macvoy), que parte para Uganda onde pretende exercer sua profissão. Aliás, vale ressaltar a excelente atuação de Macoy.
Um filme para assistir, sem dúvida. Um retrato histórico de Uganda, com roteiro e direção de qualidade.
Curiosidade: Forest Whitaker levou o Oscar de Melhor Ator em 2007.
Avaliação: ***

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sábado, 20 de janeiro de 2007

Babel

Título original: Babel
País: EUA/México
Ano: 2006
Gênero: Drama
Duração: 142 min
Direção: Alejandro González-Iñárritu
Elenco: Brad Pitt, Cate Blanchett, Gael García Bernal, James Melody e Elle Fanning.

Sinopse: um ônibus repleto de turistas atravessa uma região montanhosa do Marrocos. Entre os viajantes estão Richard (Brad Pitt) e Susan (Cate Blanchett), um casal de americanos. Ali perto, os meninos Ahmed e Youssef manejam um rifle que seu pai lhes deu para proteger a pequena criação de cabras da família. Um tiro atinge o ônibus, ferindo Susan. A partir daí, o filme mostra como esse fato afeta a vida de pessoas em vários pontos diferentes do mundo: nos Estados Unidos, onde Richard e Susan deixaram seus filhos aos cuidados da babá mexicana; no Japão, onde um homem (Kôji Yakusho) tenta superar a morte trágica de sua mulher e ajudar a filha surda (Rinko Kinkuchi) a aceitar a perda; no México, para onde a babá (Adriana Barraza) acaba levando as crianças; e ali mesmo, no Marrocos, onde a polícia passa a procurar suspeitos de um ato terrorista.
Crítica: várias histórias se unem para exibir um estudo sobre barreiras linguísticas, culturais e pessoais que abrange três continentes e inclui os temas terrorismo, imigração e suicídio. Surpreende pela complexidade de acontecimentos interligados e pelo trabalho do cineasta que criou um enredo sem protagonistas principais. O destaque são os fatos e suas consequências. Belo trabalho!
Avaliação: ***

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quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

Mais Estranho que a Ficção

Título original: Stranger Than Fiction
País: EUA
Ano: 2006
Gênero: Comédia, drama
Duração: 113 min
Direção: Marc Foster
Elenco: Will Ferrell, Maggie Gyllenhaal, Queen Latifah, Emma Thompson e Dustin Hoffman.

Sinopse: conta a história de Harold Crick, um auditor da Receita Federal com uma vida regrada nos mínimos detalhes. Solitário, Crick segue sempre a mesma rotina, inclusive marcando no relógio o tempo certo para tomar café. Certo dia, começa a ouvir a voz de uma mulher narrando todos os seus atos, como se fosse personagem de uma obra literária. Como se não bastasse, a narradora acaba deixando escapar que Crick está prestes a morrer, o que o coloca em uma corrida para tentar descobrir o mistério, enquanto se apaixona pela primeira vez em muitos anos.
Crítica: não é apenas um filme com um ponto de partida interessante, mas uma obra que consegue pegar este ponto de partida e desenvolvê-lo ao máximo, levantando diversas questões e criando belos momentos.
Um dos pontos mais interessantes de Mais Estranho que a Ficção é, exatamente, fugir das expectativas do público. Quem entra no cinema esperando uma comédia vai se surpreender. Há, claro, momentos de humor, porém o longa é mais um drama profundo e repleto de criatividade do que um longa para arrancar risadas.
Com muita sensibilidade e altas doses de imaginação, a história consegue algo bastante raro nos dias atuais: contar uma mensagem já batida (sobre aprender a viver e buscar a beleza em cada detalhe da vida) de um modo diferente e original. Como resultado, o longa revela-se um filme edificante, mas jamais piegas ou manipulador.
Além das óbvias questões acerca da vida e da morte, o roteiro ainda traz à tona assuntos como a importância da arte e aborda questões filosóficas, como as clássicas perguntas “quem somos?”, “de onde viemos” e “o que estamos fazendo aqui?”. E tudo isso tratado de forma leve e agradável, jamais cansativs ou forçada.
Dustin Hoffiman está deliciosamente sarcástico e é o responsável pela melhores tiradas do filme. Não pode-se deixar de mencionar a grande revelação do filme: Will Ferrell que com seu personagem introspectivo e sem prazer na vida desperta, rapidamente, a compaixão do espectador. EmmaThompson e Maggie Gyllenhaal também demonstram talento em seus papéis. Apenas Queen Latifah é desperdiçada em um papel que, mais do que secundário, é até desnecessário à trama.
Um enredo sensível e muito inteligente, que soube equilibrar com maestria comédia e drama. Uma narrativa calma, mas nunca chata, valorizando os momentos mais singelos da nossa existência.
Se ainda não viu, veja.
Avaliação: ****

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sábado, 6 de janeiro de 2007

Diamante de Sangue

Título original: Blood Diamond
País: EUA
Ano: 2006
Gênero: Aventura, drama, suspense
Duração: 138 min
Direção: Edward Zwick
Elenco: Leonardo DiCaprio, Djimon Hounsou, Jennifer Connelly, Kagiso Kuypers, Arnold Vosloo, Antony Coleman, Benu Mabhena, Anointing Lukola, David Harewood, Basil Wallace, Jimi Mistry, Michael Sheen, Marius Weyers, Stephen Collins e Ntare Mwine.

Sinopse: uma aventura na África, precisamente em Serra Leoa no final da década de 1990, quando a região presenciava uma sangrenta guerra civil. Nesse cenário, Danny Archer (DiCaprio) é um contrabandista especializado na venda de diamantes que são usados para financiar rebeldes e o terrorismo. Ele irá combinar sua habilidade à esperteza da jornalista Maddy Bowen (Jennifer Connelly) e ao bom senso do empresário Solomon Vandy (Djimon Hounsou) para encontrar um raro diamante de valor incalculável.
Crítica: um filme correto sobre um assunto pertinente, e escorado por um roteiro interessante e interpretações grandiosas. Por mais que o roteiro pareça previsível à primeira vista, é muito bem amarrado e tem ótimas cenas, além de conseguir levar muito bem as diferenças dos personagens, já que enquanto Vandy (Hounsou) quer apenas reencontrar sua família, Archer (DiCaprio) está interessado no dinheiro, e esse embate é muito bem explorado, sem cair para os clichês do gênero. E mesmo com a entrada da jornalista vivida por Jennifer Connelly na trama, o clima em nenhum momento cai para o óbvio.
Mas o que marca realmente o filme é a dupla de protagonistas, que dá um show, além de transmitirem uma sinceridade pouco vista no cinema. Eles realmente convencem.
DiCaprio mais uma vez no papel do anti-herói, como em “Infiltrados”, mostra que vem melhorando a cada dia e tem uma marcante presença quando em cena. E a atuação de Houson, tão inocente em seu personagem que surpreende, é exemplar.
O filme possui um excelente ritmo e mostra os horrores de uma guerra que pouca gente conheceu.
Mas mesmo querendo comprar a briga contra a indústria das pedras preciosas, o assunto em alguns momentos fica parecendo meio forçado e hippie demais. Por mais que seja verdade, correlacionar uma guerra civil, milhares de mortes e exploração dos mais fracos e oprimidos com um anel de noivado, que custa quatro meses de salário, parece “terrorismo psicológico” em excesso.
Digamos que, ainda assim, essa escorregada ideológica não comprometa conjunto da trama, que com certeza agrada a maioria.
Avaliação: ****

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