quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

Mais Estranho que a Ficção

Título original: Stranger Than Fiction
País: EUA
Ano: 2006
Gênero: Comédia, drama
Duração: 113 min
Direção: Marc Foster
Elenco: Will Ferrell, Maggie Gyllenhaal, Queen Latifah, Emma Thompson e Dustin Hoffman.

Sinopse: conta a história de Harold Crick, um auditor da Receita Federal com uma vida regrada nos mínimos detalhes. Solitário, Crick segue sempre a mesma rotina, inclusive marcando no relógio o tempo certo para tomar café. Certo dia, começa a ouvir a voz de uma mulher narrando todos os seus atos, como se fosse personagem de uma obra literária. Como se não bastasse, a narradora acaba deixando escapar que Crick está prestes a morrer, o que o coloca em uma corrida para tentar descobrir o mistério, enquanto se apaixona pela primeira vez em muitos anos.
Crítica: não é apenas um filme com um ponto de partida interessante, mas uma obra que consegue pegar este ponto de partida e desenvolvê-lo ao máximo, levantando diversas questões e criando belos momentos.
Um dos pontos mais interessantes de Mais Estranho que a Ficção é, exatamente, fugir das expectativas do público. Quem entra no cinema esperando uma comédia vai se surpreender. Há, claro, momentos de humor, porém o longa é mais um drama profundo e repleto de criatividade do que um longa para arrancar risadas.
Com muita sensibilidade e altas doses de imaginação, a história consegue algo bastante raro nos dias atuais: contar uma mensagem já batida (sobre aprender a viver e buscar a beleza em cada detalhe da vida) de um modo diferente e original. Como resultado, o longa revela-se um filme edificante, mas jamais piegas ou manipulador.
Além das óbvias questões acerca da vida e da morte, o roteiro ainda traz à tona assuntos como a importância da arte e aborda questões filosóficas, como as clássicas perguntas “quem somos?”, “de onde viemos” e “o que estamos fazendo aqui?”. E tudo isso tratado de forma leve e agradável, jamais cansativs ou forçada.
Dustin Hoffiman está deliciosamente sarcástico e é o responsável pela melhores tiradas do filme. Não pode-se deixar de mencionar a grande revelação do filme: Will Ferrell que com seu personagem introspectivo e sem prazer na vida desperta, rapidamente, a compaixão do espectador. EmmaThompson e Maggie Gyllenhaal também demonstram talento em seus papéis. Apenas Queen Latifah é desperdiçada em um papel que, mais do que secundário, é até desnecessário à trama.
Um enredo sensível e muito inteligente, que soube equilibrar com maestria comédia e drama. Uma narrativa calma, mas nunca chata, valorizando os momentos mais singelos da nossa existência.
Se ainda não viu, veja.
Avaliação: ****

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