domingo, 8 de agosto de 2010

400 Contra 1 – A História do Comando Vermelho

Título original: 400 Contra 1 – A História do Comando Vermelho
País: Brasil
Ano: 2010
Gênero: Ação
Duração: min
Direção: Caco Souza
Elenco: Daniel de Oliveira, Daniela Escobar, Negra Li, Anderson Jader, Branca Messina, Rodrigo Brassoloto, Felipe Kannenberg, Fabrício Bolivera, Jefferson Brasil, Lui Mendes, Ed Canedo, William Jonser e Jonathan Azevedo.

Sinopse: baseado em fatos reais. O surgimento do Comando Vermelho, poderosa organização criminosa do país, criada no Instituto Penal Cândido Mendes, o Presídio da Ilha Grande, no auge da ditadura militar, através dos olhos de William da Silva Lima (Daniel de Oliveira), famoso assaltante de banco. Enquandrado na Lei de Segurança Nacional, o assaltante é encaminhado para o presídio, o que lhe proporciona um elucidativo convívio com os presos políticos, de uma forma ou outra, encarcerados sob o mesmo regime de exceção e segurança que ele.

Crítica: baseado no livro autobiográfico homônimo, de William da Silva Lima, a trama se passa entre 1971 e 1980, respectivamente, os anos em que o futuro Comando Vermelho (CV) começou a se organizar no presídio da Ilha Grande, no Rio de Janeiro, e em que realizou os assaltos a banco que tornaram a facção conhecida no noticiário. Silva Lima, o Professor, interpretado por Daniel de Oliveira (em performance perfeita), é quem articula as bases do que o CV transformaria em lema: Paz (não trazer diferenças da rua para a prisão), Justiça (olho por olho, dente por dente) e Liberdade (a fuga como objetivo principal). Tudo isso é contado por meio de idas e vindas e flashbacks.
O filme aproveita um período fundamental da história criminal do país – os anos em que os futuros CVs dividem espaço com presos políticos na Ilha Grande durante da ditadura – para antepor a "ética" dos presos comuns à falta de escrúpulos da repressão.
O problema maior é que, enquanto outros filmes recorrem a uma reflexão sobre a sociedade brasileira, ‘400 Contra 1’ se contenta em um usá-lo para glamorizar William e seu comando.
Mas, enfim, é bem dirigido e tem um roteiro eficiente. E a atuação de Daniel de Oliveira é responsável pelo sucesso da obra. Pena que nem todos os atores acompanhem o seu talento.
Curiosidade: a última cena a ser filmada exigiu o corte de cabelo de dezenas de atores e figurantes, retratando o momento que registra um protesto de detentos em defesa de um companheiro, humilhado por um corte de cabelo. Tudo foi tão envolvente que até o diretor Caco Souza entrou no clima, virou figurante, e teve seu cabelo raspado também.

Avaliação: ***

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