domingo, 8 de março de 2015

118 Dias (Rosewater)

País: EUA
Ano: 2014
Gênero: Drama
Duração: 103 min
Direção: Jon Stewart
Elenco: Gael García Bernal, Kim Bodnia, Dimitri Leonidas e Haluk Bilginer.

Sinopse: Maziar Bahari (Gael García Bernal) é um jornalista iraniano que trabalha para a revista americana Newsweek e vive em Londres, ao lado da esposa grávida. Ele é enviado para cobrir as eleições presidenciais no Irã em 2009, onde o atual presidente Mahmoud Ahmadinejad corre o risco de não se reeleger. Após uma vitória folgada de Ahmadinejad, rumores de que a eleição teria sido fraudada provocam diversas manifestações populares, algumas repelidas com violência pela polícia local. Bahari consegue filmar um destes ataques e veicula o material para ser divulgado mundo afora, o que o transforma em alvo do governo iraniano. Preso por tempo indeterminado, ele passa a ser torturado para que confesse que estava agindo em nome de uma conspiração ocidental para derrubar o presidente iraniano.

Crítica: o filme de estreia do cineasta Jon Stewart (mais conhecido por apresentar o programa “The Daily Show”, um programa de entrevistas que tem como tema principal a política) aborda o uso dos meios de comunicação como forma de manipulação, para o bem e para o mal.
Na trama, ele conta a história jornalista Maziar Bahari, que foi encarcerado pelo governo iraniano por 118 dias pelo simples fato de ter documentado a reação violenta de policiais locais perante uma manifestação popular contra o presidente Mahmoud Ahmadinejad.
A denúncia é válida para que isso não se repita e que a liberdade de imprensa seja mantida, mas ao não ouvir o outro lado, acaba por tornar-se tendenciosa e panfletária, algo do qual o Irá sempre acusa o mundo ocidental.
Gael Garcia Bernal atua com convicção, ainda que as cenas na cela sejam prolongadas demais e cansem um pouco o telespectador. Teria sido interessante explorar mais o lado cultural do país, as pessoas que lutavam contra o poder de Ahmadinejad ou o regime iraniano, que há anos proíbe, por exemplo, o cineasta Jafar Panahi de rodar novos filmes e defende a tortura como um meio válido para se obter informações.
Falta um conteúdo que desse mais tensão ao filme, que construísse melhor um cenário para as questões políticas.
Um destaque no elenco é o excelente ator dinamarquês Kim Bodnia, que interpreta o carrasco de Maziar Bahari na prisão.
Depois da pressão de sua mãe e de sua esposa junto à política e à imprensa internacional, Bahari é libertado e parte para Londres, onde vive.
Apesar dos deslizes expressos acima e da linguagem cinematográfica um pouco novelesca, o filme tem aspectos interessantes que são suficientes para que o público confira.

Avaliação: ***

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