O Fantasma da Sicília (Sicilian Ghost Story)
País: Itália/França/Suíça
Ano:
2017
Gênero: Fantasia
Duração: 122
min
Direção: Fabio
Grassadonia e Antonio Piazza
Elenco: Julia
Jedlikowska, Gaetano Fernandez, Corinne Musallari e Sabine Timoteo.
Sinopse: Giuseppe (Gaetano Fernandez) é um corajoso
garoto de 13 anos de idade, que desapareceu nas mediações de uma misteriosa
floresta localizada na pequena aldeia em que vivia. A única pessoa que parece
não se conformar com o sumiço dele é a pequena Luna (Julia Jedlikowska), que
está disposta a enfrentar todos os perigos para resgatar seu amigo.
Crítica: em “O Fantasma da Sicília” os diretores
(também do elogiado “Salvo”, de 2013) voltam a abordar a máfia (agora na Sicília),
mas de uma maneira artística, poética, fantasiosa, o que alivia um pouco a
tragédia de um período que matou muita gente.
O apelo imaginário funciona
muito bem, pois retrata um amor entre dois adolescentes – Giuseppe (Gaetano
Fernandez) e Luna (Júlia Jedikowska, numa atuação extraordinária) –, que pouco sabem da vida, e no caso de
Giuseppe, ainda pagará pelos erros do pai, um mafioso preso que está delatando
os colegas.
A diferença social é um dos
motivos que faz com que a mãe de Luna (Sabine Timoteo), uma mulher fria e
amargurada, tente afastá-los.
De ambos os lados, os
conflitos familiares são tensos. E tudo piora com o desaparecimento de Giuseppe.
O que mais incomoda Luna é que ninguém parece se importar ou fazer algo para encontrá-lo.
Ela vai até a casa de
Giuseppe e confronta o avô e a mãe (que parece estar de luto e só sabe chorar).
O que ouve de explicação é que ele está doente. Não convencida, volta outro
dia, reclama na escola de sua ausência, faz panfletos com a ajuda de sua melhor
amiga, Loredana (Corinne Musaralli) com a foto de Giuseppe, vai à polícia e
pede a ajuda dos pais.
Contudo, ninguém quer se
envolver com a família rica que tem tudo. Todos sabem o que Luna não sabe.
Nessa busca por Giuseppe, a
direção abusa da ficção, da fantasia, da fábula e emociona o público. Uma escolha acertada para
contar uma história triste e verídica.
Avaliação: ****
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