domingo, 10 de setembro de 2017

Sámi Blood

País: Suécia
Ano: 2016
Gênero: Drama
Duração: 110 min
Direção: Amanda Kernell
Elenco: Lene Cecilia Sparrok, Mia Erika Sparrok, Maj Doris Rimpi, Hanna Alström e Julius Fleischandrl.

Sinopse: Elle Marja (Lene Cecilia Sparrok), de 14 anos, é uma garota da etnia sámi. Exposta ao racismo dos anos 1930 e a exames biológicos em seu colégio interno, ela passa a sonhar com outra vida. Para alcançá-la, a jovem tem que se tornar outra pessoa e cortar todos os laços com sua família e sua cultura.

Crítica: “Sámi Blood”, além de nos apresentar uma crítica à sociedade preconceituosa e todos os seus valores preconcebidos, nos retrata uma comunidade pouco conhecida – a etnia sámi, na Suécia.
Vivendo à parte, a discriminação é tão gritante que se recorre aos mesmos métodos de separação do nazismo, quando o quesito é a inteligência. Com medições absurdas, cultuam que o povo sámi é inferior e incapaz de se tornar culto.
Quem vira essa página é Elle Maja (Lene Cecilia Sparrok), numa performance impressionante. Sua expressão revela todos os sentimentos que surgem com o tratamento injusto que recebe. Nitidamente, ela é a menina mais sábia da turma, a única que fala bem a língua sueca.
Ela passa a questionar suas condições diante da professora, mas o que recebe é um castigo – uma cruel surra de vara. E por ir contra a tradição e os costumes de sua etnia, passa a ser desprezada por todos.
Tornando-se adolescente, é normal que queira participar do círculo de outras meninas, que frequentam uma escola normal, que se vestem melhor (ela usa roupas típicas), que cheiram melhor, que sabem conversar sobre vários assuntos, que dançam e conversam com os rapazes.
Para sua família isso é incompreensível. E ao conhecer um rapaz ela tem a esperança de sair do vilarejo onde vive.
Ela fará de tudo, desesperadamente, para conseguir estudar, mas o valor de uma boa educação é alto. Quem mais sofre com isso é sua irmã menor, que vê que Marja já não se conforma com a maneira que vive.
A direção é sensível ao mostrar o que a difícil escolha de Marja trará para sua trajetória. Abraçar ou afastar sua cultura é um passo doloroso, sobretudo quando o preconceito parece não ter limites.

Avaliação: ****

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