domingo, 23 de março de 1997

Shine – Brilhante

Título original: Shine
País: Austrália
Ano: 1996
Gênero: Drama
Duração: 130 min
Direção: Scott Hicks
Elenco: Geoffrey Rush, Noah Taylor, Armin Mueller-Stahl, Lynn Redgrave, Justin Braine, Sonia Todd, John Gielgud, Chris Haywood e Alex Rafalowicz.

Sinopse: baseado na verdadeira história de pianista australiano David Helfgott, este filme mostra a paixão que David (Geoffrey Rush) tem pela música clássica. Porém, a rejeição de seu pai (Mueller-Stahl) e a pressão para que seus concertos sejam perfeitos o levam ao desequilíbrio mental. Agora só o amor de sua mulher poderá ajudá-lo a compartilhar o seu talento musical com o resto do mundo.
Crítica: ótima adaptação da história verídica do pianista australiano David Helfgott. Com uma genialidade absoluta para música, mas sufocado pela intolerância e mesquinhez do pai repressor, Peter Helfgott, um judeu sobrevivente do holocausto e que perdeu a maior parte da família em campos de concentração.
Peter foi morar na Austrália, onde se casou e teve David, que mostrous-e um músico exemplar, chegando a ganhar vários concursos e ingressar na importante escola de música de Londres.
A tirania do pai, muitas vezes confundida com inveja, levou David a ser internado num hospício. Não era louco, mas chegou bem perto da loucura. Quem o salvou foi uma mulher mais velha (Redgrave), por quem se apaixonou.
Todos os sentimentos de angústia, dúvida e medo são passados ao espectador graças à sensível direção do filme e ao elenco formidável.
Destaque para a bela trilha sonora, com músicas interpretadas pelo próprio Helfgott.
O filme só poderia ser um poquinho mais enxuto.
Curiosidade: Geoffrey Rush levou o Globo de Ouro e o Oscar de Melhor Ator (1997).
Avaliação: ****

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quarta-feira, 12 de fevereiro de 1997

As Duas Faces de um Crime

Título original: Primal Fear
País: EUA
Ano: 1996
Gênero: Drama
Duração: 126 min
Direção: Gregory Hoblit
Elenco: Richard Gere, Laura Linney, Edward Norton, Frances McDormand, John Mahoney e Alfre Woodward.

Sinopse: Richard Gere é Martin Vail, um brilhante e audacioso advogado que aspira à fama. Quando Aaron Stampler (Edward Norton), um coroinha de Kentucky, é acusado do assassinato de um arcebispo de Chicago, Martin resolve defendê-lo, pois vê neste caso a sua grande chance.

Crítica: um filme muito bom, acima da média, nos gêneros ação, policial e suspense. Sim, a trama reúne tudo isso e envolve o espectador a cada sequência, a cada fato, a cada descoberta.
Uma história inteligente e interessante que parte de um crime que parece comum e pequeno e, com o tempo, vai revelando juntamente com os personagens que o crime esconde muito do que se imagina.
Trata de alta corrupção em Chicago, envolvendo imóveis, bispo, procurador de Justiça – e, de quebra, fala em abuso sexual por parte de religiosos católicos. Edward Norton está brilhante como o suspeito que convence o advogado ambicioso, mas muito competente (Richard Gere) e até a psiquiatra especialista (Frances McDormand) de que é esquizofrênico e, portanto, legalmente inculpável.
Richard Gere está eficiente na pele do advogado. E Frances McDormand, claro, é sempre muito boa.
O final é surpreendente e torna a película melhor ainda.

Curiosidade: Edward Norton ganhou uma indicação para o Oscar de melhor ator coadjuvante.

Avaliação: ****

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segunda-feira, 28 de outubro de 1996

A Família Excêntrica de Antônia

Título original: Antonia
País: Holanda/Bélgica/Inglaterra
Ano: 1995
Gênero: Drama
Duração: 102 min
Direção: Marleen Gorris
Elenco: Willeke van Ammelrooy, Els Dottermans, Dora van der Groen, Veerle van Overloop, Esther Vriesendorp, Carolien Spoor, Thyrza Ravesteijn, Mil Seghers, Jan Decleir, Elsie de Brauw, Reinout Bussemaker, Marina de Graaf, Jan Steen, Catherine ten Bruggencate e Paul Kooij.

Sinopse: conta a história de uma encantadora geração de mulheres. Comandada por Antonia, a saga familiar atravessa três gerações, falando de força, de beleza e de escolhas que desafiam o tempo. Nesse universo conhecemos curiosos personagens, como o filósofo pessimista, a netinha superdotada, a filha lésbica, a avó louca, o padre herege, a amiga que adora procriar, a vizinha que sofre abusos sexuais e os muitos amigos que são acolhidos por sua generosidade.

Crítica: o filme se passa durante quase quarenta anos após a segunda guerra mundial, em uma pequena vila européia, e conta a história da matriarca Antonia que, depois de voltar à vila onde nasceu, estabelece uma comunidade com sua filha.
Dosando momentos de alegrias, tristezas, tragédias e superação de modo eficiente e integrado, o enredo se desenvolve em torno da relação das duas com os moradores da vila. Assumem a fazenda da família e alojam um homem simples da aldeia e uma jovem com problemas psicológicos que foi estuprada pelo irmão, além de manter amizade com Kromme Vinger, um filósofo estudioso de Schopenhauer e Nietzsche.
A trama do filme, bastante peculiar, poderia se passar em qualquer lugar. Sua mensagem é universal e foca a diversidade humana, sem julgar.
Retrata primordialmente mulheres que, em princípio, não precisam de homens. Ou deles necessitam apenas para a procriação, embora a própria Antonia acabe por sucumbir, não na forma tradicional, aos apelos afetivos de um pretendente. A preferência sexual das personagens é exposta com alguma concisão num único trecho do filme, numa seqüência-resumo não apelativa e plasticamente bem feita.
O filme valoriza a vida em comunidade mais que a familiar. Politemático, passa por discussões sobre a vida e a morte, filosofia, matemática, religião, especialmente através de um excêntrico habitante do lugar que se dedica a estudar Schopenhauer e Nietzsche.
Aliás, os personagens, em sua maioria, seriam excluídos sociais em qualquer lugar do planeta: um casal de retardados mentais (ela fora estuprada pelo próprio irmão), uma mulher solitária que uiva para a lua cheia e seu vizinho do andar inferior que camufla sentimentos de amor por ela, outra cujo maior prazer é procriar e que, surpreendentemente, morre no parto... Mas ali, naquele lugar, conseguem viver em relativa harmonia.
Uma crônica com tendência surrealista, às vezes divertida, às vezes trágica, quase sempre paradoxal, de retalhos de vidas que se encontram, confraternizam e se chocam no resumo do mundo que é o vilarejo rural onde moram e necessariamente se cruzam.
O resultado é surpreendente. Não perca!

Curiosidade: vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, em 1996.
Avaliação: ****

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