quinta-feira, 3 de abril de 2003

Cidade de Deus

Título original: Cidade de Deus
País: Brasil
Ano: 2002
Gênero: Drama
Duração: 135 min
Direção: Fernando Meirelles
Elenco: Matheus Nachtergaele, Seu Jorge, Alexandre Rodrigues, Leandro Firmino da Hora, Roberta Rodrigues, Phellipe Haagensen, Jonathan Haagensen, Alice Braga, Maurício Marques, Gero Camilo, Graziella Moretto, Micael Borges, Douglas Silva, Jefechander Suplino, Emerson Gomes, Édson Oliveira e Luis Otávio.

Sinopse: o filme começa na década de 1960, quando os protagonistas Zé Pequeno, então apelidado "Dadinho", e Bené são pequenos deliqüentes na recém-fundada comunidade de Cidade de Deus, construída pelo governo do Estado da Guanabara, como parte da política de remoção de favelas.
Na década de 1970, os antigos amigos assumem o comando do tráfico de drogas na comunidade, que agora está ainda mais empobrecida e violenta. Os dois estabelecem prioridades bastante diferentes em suas vidas. O conflito entre o bando de Zé Pequeno contra o único foco de resistência ao seu controle total da Cidade de Deus, a área controlada pelo bando de Sandro "Cenoura", acirra-se quando morre Bené, que protegia "Cenoura" devido à antiga amizade entre os dois, e deixa o caminho livre para que Zé Pequeno desencadeie uma verdadeira guerra pela hegemonia do comando do crime no local.
Todo o drama é contado a partir do ponto de vista de Buscapé, um garoto pobre da comunidade que sonha em ser repórter fotográfico e resiste à tentação de entregar-se ao, aparentemente, mais fácil caminho da criminalidade.
Crítica: adaptado do livro homônimo do escritor Paulo Lins, Cidade de Deus é, sem dúvida, o melhor filme brasileiro, provando que se pode fazer um cinema de qualidade no Brasil.
Por tratar do assunto violência, a história poder até ter sido mais uma entre tantas já retratadas. Porém, a forma como é conduzida surpreende até os mais resistentes. Mostra a violência de dentro para fora. Mesmo sem contextualizar os problemas sociais ou sugerir soluções, expõe como a falta de perspectivas e a ausência do poder público formam verdadeiros exércitos de jovens e crianças que manipulam armamentos pesados e matam com uma frieza desconcertante, sempre em prol do comércio de drogas.
O cenário bem montado, o elenco em harmonia e a fotografia espetacular demonstram a competência do cineasta. Os atores surpreendem, pois muitos são amadores. Grande parte vive mesmo nas favelas e comunidades do Rio de Janeiro. Para um melhor resultado, a produção do filme passou cerca de quatro meses em laboratório com eles. A ideia foi criar uma integração, como se eles realmente se conhecessem há muito tempo, tivessem crescido juntos e criado rivalidades.
Introdução, desenvolvimento e final do longa são impressionantes. Comove, informa e acrescenta. Recomendadíssimo!
Curiosidade: em 2009, o filme foi escolhido como um dos 100 melhores de todos os tempos pela revista ‘Time’.
Avaliação: *****

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segunda-feira, 17 de março de 2003

A Viagem de Chihiro

Título original: Sen to Chihiro no kamikakushi
País: Japão
Ano: 2001
Gênero: Fantasia
Duração: 125 min
Direção: Hayao Miyazaki
Elenco: Rumi Hiiragi, Miyu Irino, Mari Natsuki, Bunta Sugawara e Yumi Tamai.

Sinopse: história de uma garota, Chiriro, que vai com os pais a um estranho lugar. Lá eles são enfeitiçados e transformados em porcos, e Chiriro precisa trabalhar para a bruxa, que comanda o local, enquanto encontra uma maneira de salvar os pais e voltar ao seu próprio mundo. O lugar é uma casa de banhos para deuses (sim, é isso mesmo), e lá Chiriro conhece Haku, um garoto aprendiz da bruxa, e que ajuda a menina a se acostumar com sua estranha nova realidade.
Crítica: leve, capaz de emocionar adultos e crianças. O ritmo do filme é diferente dos ocidentais que estamos acostumados a ver, assim como os personagens que são muito bem detalhados, no melhor estilo japonês.
A história é bela e agradável, com uma narrativa densa, inúmeros personagens cativantes e situações elaboradas, fundadas em mitos e tradições japonesas – ainda que a arte seja, de um modo geral, saída da imaginação do autor.
Outro destaque é a qualidade visual. Os cenários são maravilhosos e as paisagens, realmente lindas.
O longa demonstra que a animação tradicional pode ainda surpreender e que a simplicidade aliada ao talento continua a ser um grande trunfo. Não se abdica do emprego de imagens geradas por computador (CGI), porém sua utilização é bem comedida (até mais do que o esperado) e apropriada aos momentos que seriam muito complicados de animar à mão, como, por exemplo, travellings, como aquele em que Sen atravessa um corredor de flores, ou a água que transborda de um tanque usado por um deus “sem-face” (kaonashi).
Curiosidade: venceu o Oscar de Melhor Animação em 2003.
Hayao é um diretor e animador, além de desenhar mangas (lê-se mangás, quadrinhos japoneses), de muito prestígio no Japão. Lá seu último desenho, “Mononoke-hime”, bateu recordes de bilheteria e recebeu o “Oscar” japonês de melhor filme. Mas pouco da produção japonesa chega às telas brasileiras e foi graças à participação da Walt Disney na produção do filme que este chegou à Academia Americana, e depois ao público sul-americano, que nunca teria tido chance de vê-lo na telona se não fosse por sua premiação no Oscar.
Avaliação: ***

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sexta-feira, 7 de março de 2003

Dirigindo no Escuro

Título original: Hollywood Ending
País: EUA
Ano: 2002
Gênero: Comédia
Duração: 112 min
Direção: Woody Allen
Elenco: Woody Allen, Erica Leerhsen, Téa Leoni, Debra Messing, Mark Rydell, Tiffani-Amber Thiessen, Mark Webber, Treat Williams e Scott Wolf.

Sinopse: Val Waxman (Woody Allen) é um diretor que fez muito sucesso nos anos 70 e 80, mas que agora só é chamado para dirigir comerciais de TV. Isso tudo tende a mudar quando, finalmente, um grande estúdio o convida para filmar um candidato a blockbuster. Porém, como desgraça pouca é bobagem, Waxman é subitamente acometido por uma cegueira misteriosa. Como não pode perder essa chance de voltar a ser famoso, o cineasta passa a tentar esconder de todos que não consegue ver absolutamente nada.

Crítica: uma história simples, direta e divertida, apesar de não ser a obra-prima do cineasta. Ele está ótimo no papel dessa cômica e surrealista trama.
Como de costume nos longas de Woody Allen, não faltam muitos diálogos ágeis, sarcásticos e ferinos e citações cults.
Um filme que diverte e agrada.

Avaliação: ***

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