quarta-feira, 6 de maio de 1998

Los Angeles – Cidade Proibida

Título original: L. A. Confidencial
País: EUA
Ano: 1997
Gênero: Policial, suspense
Duração: 138 min
Direção: Curtis Hanson
Elenco: Kevin Spacey, Russell Crowe, Guy Pearce, James Cromwell, Kim Basinger, Danny DeVito, David Strathairn, Ron Rifkin, Paul Guilfoyle, Paolo Seganti e Graham Beckel.

Sinopse: no início dos anos 50 em Los Angeles, três detetives que usam métodos distintos de trabalho se defrontam com uma trama de conspiração e corrupção policial, que atinge até os mais altos escalões, que estão ligados a um esquema de prostitutas de luxo, no qual cada uma delas personifica uma estrela de cinema.
Crítica: a mais inteligente e bem sucedida homenagem ao gênero noir surgida em Hollywood nos anos 1990. O filme é uma pérola perfeita, narrada com elegância, cinismo e sofisticação, que expõe a degradação moral de uma cidade cheia de luxo e perita em varrer o lixo para baixo do tapete.
Sem pressa, o diretor gasta bastante tempo apresentando os personagens e definindo as relações entre eles, mas mantém a história avançando firmemente em uma narrativa limpa, de forma que o espectador fique atento e sem se perder nos meandros complicados da trama. Os protagonistas são três detetives do Departamento de Polícia de Los Angeles, homens bem diferentes entre si, com personalidades desenvolvidas magnificamente pelo filme. Além deles, há uma dúzia de personagens que desempenham papéis relevantes na história intrincada, repleta de detalhes misteriosos e cadáveres inesperados.
A trama é narrada do ponto de vista do jovem e ambicioso detetive Ed Exley, vivido por Guy Pearce, aliás, com excelente interpretação. Enquanto investiga uma chacina cometida num restaurante, o caminho dele cruza com investigações paralelas desenvolvidas por dois outros detetives: o detetive-celebridade Jack Vincennes (Kevin Spacey), consultor de um programa de TV que foi encarregado de desbaratar uma rede de prostituição de luxo; e o brutamontes Bud White (Russell Crowe), que faz trabalhos o trabalho sujo (leia-se torturar suspeitos) na delegacia e anda interessado em descobrir quem matou o ex-parceiro, assassinado na mesma chacina que Exley investiga.
O filme tem cenas marcantes, bom ritmo e uma intriga policial muito hábil, capaz de agradar todo tipo de público.
Curiosidade: em 1998, vencedor de 2 Oscars: Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Atriz Coadjuvante (Kim Basinger).
Filme baseado no livro de James Ellroy.
Avaliação: ****

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sexta-feira, 10 de abril de 1998

Titanic

Título original: Titanic
País: EUA
Ano: 1997
Gênero: Drama, romance
Duração: 194 min
Direção: James Cameron
Elenco: Leonardo Di Caprio, Kate Winslet, Gloria Stuart, Billy Zane, Kathy Bates, Bill Paxton, Frances Fisher, Bernard Hill, Victor Garber, David Warner, Jonathan Hyde, Suzy Amis, Lewis Abernathy, Nicholas Cascone e Anatoly M. Sagalevitch.

Sinopse: jovem aventureiro (Leonardo DiCaprio) ganha passagem, em mesa de jogo, para a primeira viagem do transatlântico Titanic. No navio, apaixona-se por Rose Bukater (Kate Winslet), noiva de um homem rico e arrogante (Caledon Hockley), com quem vive um amor proibido. Mas a viagem ganha contornos trágicos quando o navio se choca com um iceberg.
Crítica: de sucesso mundial, é um filme trágico, um drama onde se mistura o romance, que serve de fio condutor à tragédia e à ação, replet de efeitos visuais.
Baseado em fatos reais, retrata o desastre marítimo, ocorrido no início do século XX, que deixou marcas profundas. O maior transatlântico de todos os tempos, considerado o mais seguro, de nome Titanic, afundou-se nos mares do Atlântico Norte após chocar-se contra um iceberg. Poucas foram as pessoas que se salvaram, tendo morrido centenas de pessoas por afogamento ou por hipotermia, causada pelas águas geladas do oceano.
O diretor recorreu a efeitos especiais bem concebidos para reduzir ao máximo o abismo entre a ficção e a realidade. São exemplos disso as perspectivas do navio a afundar-se, o rompimento do casco e a consequente inundação pelo interior do navio, os efeitos sonoros e, embora não fazendo parte dos efeitos especiais, a representação de Leonardo DiCaprio quando se encontra na água gelada do oceano. Essa tentativa de aproximação ao real fez desta sua obra um dos grandes êxitos da cinematografia americana, para além de ser considerado também um dos filmes mais dispendiosos.
O romance tem como personagens principais Jack Dawson (Leonardo DiCaprio), um rapaz pobre que viaja em terceira classe, e Rose Dewitt Bukater (Kate Winslet), uma moça da alta sociedade mas que não tem grandes possibilidades económicas e que está noiva de um homem rico, contra a sua vontade (pressionada pela mãe). Os antecedentes à tragédia vão sendo apresentados à mistura com esta história de amor e, assim, vai sendo preparado o clímax da obra, que vai ter como fim o desaparecimento do navio nas águas profundas e geladas dos mares do Norte.
A introdução do filme é original: começa nos anos 90, com uma equipe de investigação à procura de vestígios do naufrágio, mais concretamente de um valioso colar do século XVIII. Nas suas buscas encontra um esboço de um nu feminino que é passado na televisão e visto por Rose (Gloria Stuart), já de idade avançada, que, mais tarde, junto à equipe investigativa, começa a relatar o sucedido no transatlântico.
A obra cinematográfica foi alvo de variadas críticas: demasiado longo; dispendioso demais comparando com o produto final; enfraquecido pela história romântica; excelentes efeitos especiais; boas interpretações; entre outras. Mas, de uma maneira geral, é um trabalho de excelente qualidade, aclamado pelo público.
Curiosidade: em 1998, venceu o Oscar em 11 categorias: Melhor Filme, Diretor, Fotografia, Edição, Direção de Arte, Figurino, Som, Edição de Som, Trilha Sonora – Drama, Canção Original e Efeitos Especiais.
Foi o primeiro filme a usar a técnica de controle de movimento, que consiste em uma pessoa ou mais, fazendo movimentos, que depois são transferidos para o computador, e transformados em pessoas quase idênticas às reais.
Avaliação: ****

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quinta-feira, 9 de abril de 1998

O Advogado do Diabo

Título original: Devil's Advocate
País: Alemanha/EUA
Ano: 1997
Gênero: Drama, suspense
Duração: 144 min
Direção: Taylor Hackford
Elenco: Keanu Reeves, Jeffrey Jones, Al Pacino, Charlize Theron, Judith Ivery, Craig T. Nelson e William Hill.

Sinopse: Kevin Lomax (Keanu Reeves) é um promissor advogado de uma cidade americana que está no ponto mais alto de sua carreira. Sempre ganha os casos, sem se importar com a veracidade das provas. É querido pelos amigos e amado pela esposa Mary Ann (a bela sul-africana Charlize Theron). Tem uma vida considerada perfeita pelo famoso American Way of Life. É quando, durante uma festa, ele recebe um convite para trabalhar em Nova York na empresa de Jonh Milton (Al Pacino) um poderoso advogado da metrópole. De mala e cuia, Kevin parte para a big apple junto com a esposa e entra num mundo de riqueza e glamour. Mora em um apartamento espaçoso e confortável, é convidado para festas da sociedade nova iorquina e tem os mais ricos clientes, grandes empresários de Manhattan. É claro que não podia ser tudo perfeito e logo ele descobre que está defendendo a pior escória da humanidade e que seu chefe é mais diabólico do que parece.
Crítica: exemplo de bom filme. É tenso, grandioso, assustador. Mais que isso, muito reflexivo. Evoca discussões antigas do caráter do ser humano como livre arbítrio, vaidade, cobiça e desonestidade. É um filme que choca, faz o espectador parar para pensar no que acabou de ver, ter uma reação, podendo ser positiva ou negativa.
A pressão crescente sobre o protagonista (Kevin) é angustiante e isso é passado para quem assiste à trama, o que se deve, é claro, ao ótimo roteiro e elenco. Keanu Reeves é o mesmo de sempre, com uma atuação correta que não prejudica o andamento do filme. Já Al Pacino está de tirar o chapéu, com um personagem extremamente divertido e canastrão. E Charlize Theron, esposa de Kevin, é um personagem crucial que tem boa parte das melhores cenas. Sua personagem vai perdendo a sanidade ao longo do filme, ela vê o que está acontecendo e nada pode fazer para impedir.
Não é uma obra-prima, mas com certeza um dos mais marcantes do cinema. Uma aula sobre a natureza humana. Com boa direção e roteiro, esbanja qualidade.
Avaliação: ****

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