Notas sobre um Escândalo
Título original: Notes on a Scandal
País: Inglaterra
Ano: 2006
Gênero: Drama
Duração: 92 min
Direção: Richard Eyre
Elenco: Alice Bird, Cate Blanchett, Judi Dench, Tameka Empson, Emma Kennedy, Max Lewis e Bill Nighy.
Sinopse: quando Sheba Hart (Cate Blanchett) começa a trabalhar na escola St. George como a nova professora de arte, sua colega de trabalho Barbara (Judi Dench) sente que há algo errado nisso. Sheba inicia um romance com um de seus alunos – o que é terminantemente proibido na instituição – e Barbara se torna a maior guardiã desse segredo.
Crítica: incômodo é um dos sentimentos causados pelo filme por revelar o aspecto espinhoso do desejo, onde todos saem feridos, sem exceção. Transpõe para a tela o drama de duas mulheres perdidas e rendidas em seus próprios desejos. Cegas e incapazes de seguirem na direção “correta”, Barbara (Judi Dench, magnífica em seu papel) e Sheba (Cate Blanchett) são devastadas nesse roteiro.
Sheba é uma típica dona de casa, entediada com sua rotina politicamente correta, que decide voltar a lecionar artes, depois de dedicar seu tempo durante 10 anos ao filho excepcional. Casada com um ex-professor, 20 anos mais velho e mãe de dois filhos, será assediada por um de seus alunos e o impulso de quebrar as regras impostas pela sociedade, de retirar a máscara de “boa moça” toma conta de Sheba, que comete um dos pecados mais temidos: a pedofilia.
Barbara é uma recalcada e amarga homossexual, que vive sozinha com seu gato e suas anotações. Ao ver pela primeira vez o semblante de Sheba, alimenta uma paixão platônica que alimentará seu interior, recheado de solidão e desespero. Barbara expõe de forma cruel o que há na mulher que envelhece, não se realiza profissionalmente e nem encontra o parceiro(a) ideal para os confinados últimos dias. Barbara não tem ninguém e também não é “ninguém” sem o “outro”.
O escancaramento dos sentimentos dessa duas mulheres e o choque da visão do feminino pelas óticas do homossexualismo e do heterossexualismo é o ponto-chave da trama.
Original, impactante e perturbador, leva-nos a refletir sobre os desejos humanos, sobre a nossa vulnerabilidade perante emoções não esperadas. O filme não julga, apenas expõe situações que podem acontecer com qualquer um.
Curiosidade: adaptação do romane ''What Was She Thinking: Notes on a Scandal'', da escritora e jornalista Zoe Heller.
Avaliação: ****
País: Inglaterra
Ano: 2006
Gênero: Drama
Duração: 92 min
Direção: Richard Eyre
Elenco: Alice Bird, Cate Blanchett, Judi Dench, Tameka Empson, Emma Kennedy, Max Lewis e Bill Nighy.
Sinopse: quando Sheba Hart (Cate Blanchett) começa a trabalhar na escola St. George como a nova professora de arte, sua colega de trabalho Barbara (Judi Dench) sente que há algo errado nisso. Sheba inicia um romance com um de seus alunos – o que é terminantemente proibido na instituição – e Barbara se torna a maior guardiã desse segredo.
Crítica: incômodo é um dos sentimentos causados pelo filme por revelar o aspecto espinhoso do desejo, onde todos saem feridos, sem exceção. Transpõe para a tela o drama de duas mulheres perdidas e rendidas em seus próprios desejos. Cegas e incapazes de seguirem na direção “correta”, Barbara (Judi Dench, magnífica em seu papel) e Sheba (Cate Blanchett) são devastadas nesse roteiro.
Sheba é uma típica dona de casa, entediada com sua rotina politicamente correta, que decide voltar a lecionar artes, depois de dedicar seu tempo durante 10 anos ao filho excepcional. Casada com um ex-professor, 20 anos mais velho e mãe de dois filhos, será assediada por um de seus alunos e o impulso de quebrar as regras impostas pela sociedade, de retirar a máscara de “boa moça” toma conta de Sheba, que comete um dos pecados mais temidos: a pedofilia.
Barbara é uma recalcada e amarga homossexual, que vive sozinha com seu gato e suas anotações. Ao ver pela primeira vez o semblante de Sheba, alimenta uma paixão platônica que alimentará seu interior, recheado de solidão e desespero. Barbara expõe de forma cruel o que há na mulher que envelhece, não se realiza profissionalmente e nem encontra o parceiro(a) ideal para os confinados últimos dias. Barbara não tem ninguém e também não é “ninguém” sem o “outro”.
O escancaramento dos sentimentos dessa duas mulheres e o choque da visão do feminino pelas óticas do homossexualismo e do heterossexualismo é o ponto-chave da trama.
Original, impactante e perturbador, leva-nos a refletir sobre os desejos humanos, sobre a nossa vulnerabilidade perante emoções não esperadas. O filme não julga, apenas expõe situações que podem acontecer com qualquer um.
Curiosidade: adaptação do romane ''What Was She Thinking: Notes on a Scandal'', da escritora e jornalista Zoe Heller.
Avaliação: ****
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