Escobar – A Traição
País: Espanha
Ano: 2017
Gênero: Drama
Duração: 123
min
Direção: Fernando
León de Aranoa
Elenco: Javier
Bardem, Penélope Cruz e Peter Sarsgaard.
Sinopse: no começo dos anos 1980, a jornalista
colombiana Virginia Vallejo (Penélope Cruz) começa um tumultuado caso de amor
com o mais poderoso e temido traficante de drogas do mundo – Pablo Escobar
(Javier Bardem).
Crítica: o trabalho de um diretor é quase 100% do
filme. Somado à sua importância, só mesmo a competência do elenco por ele
dirigido.
Em “Escobar – A Traição”,
direção e atuação não funcionam. A direção é novelesca, com péssimos cortes de
edição e já dá sinais de fracasso desde o início, com personagens jogados na
tela sem qualquer apresentação, e informações desconexas. A interpretação dos atores é de mediana a
fraca. Javier Bardem convence em algumas cenas, mas não o suficiente para
pensarmos estarmos diante do narcotraficante colombiano, Pablo Escobar.
Penélope Cruz parece ter perdido o jeito ou ela só se sai bem nas mãos de
Almodóvar, diretor espanhol com o qual já trabalhou várias vezes.
Talvez o problema do filme
já esteja no que usou como base para a sua execução: o livro da jornalista
Virginia Vallejo.
Difícil saber a veracidade
do que consta na obra, visto que se trata de alguém que foi “descartado” pelo vilão
Escobar. Exageros, mentiras, conclusões tiradas a esmo podem, sim, fazer parte
de uma obra literária, mas parecem pouco críveis no cinema para contar quem
realmente foi Escobar e o que ele fez.
E, depois da série Narcos
(da Netflix), que fez uma obra fenomenal sobre a história real de violência e
poder dos cartéis colombianos, fica difícil emplacar outro trabalho do mesmo
porte.
Avaliação: **