sábado, 14 de abril de 2001

O Tigre e o Dragão

Título original: Wo hu zang long
País: Taiwan
Ano: 2000
Gênero: Ação
Duração: 119 min
Direção: Ang Lee
Elenco: Yun-Fat Chow, Michelle Yeoh, Ziyi Zhang, Chen Chang, Sihung Lung e Pei-pei Cheng.

Sinopse: a história de duas mulheres, ambas exímias lutadoras, cujos destinos se encontram em meio à Dinastia Ching. Uma tenta se ver livre do constrangimento imposto pela sociedade local, mesmo que isso a obrigue a deixar uma vida aristocrática por outra de crimes e paixão. A outra, em sua cruzada de honra e justiça, apenas descobre as consequências do amor tarde demais. Os destinos de ambas as conduzirão a uma violenta e surpreendente jornada, que irá forçá-las a fazer uma escolha que poderá mudar suas vidas.
Crítica: depois de sucessos voltados para o mercado ocidental (Razão e Sensibilidade, Comer, Beber e Viver, Banquete de Casamento, Tempestade de Gelo), Ang Lee retorna às origens chinesas com esse filme.
Ambientada na China antiga, a história fala de Li Mu Bai (Chow Yun-Fat, de Ana e o Rei), um guerreiro cansado de matanças, de guerras e de sangue. À beira da aposentadoria, ele sabiamente deixa sua valiosa e centenária espada sob a guarda de um velho amigo. Na mesma noite, porém, a espada é roubada, o que inicia uma sucessão de conflitos e desperta antigas paixões sufocadas.
Este simples parágrafo, que tenta resumir a história, é pouco para explicar o filme. "O Tigre e o Dragão" chega às telas carregado de uma tradição oriental de se fazer cinema que soa ao mesmo tempo estranha e fascinante. Os diálogos de amor melodramáticos e as coreografias mágicas que fazem os guerreiros levantar vôos impossíveis se chocam com nossa percepção americanizada e viciada da arte do cinema. Por isso, para apreciar a beleza do roteiro e da produção é preciso estarmos de mente e olhos bem abertos para compreender as cenas embaladas por poesia e simbolismo.
A película dá margem a uma série de leituras e subleituras. Engrandece a liberdade de viver, valoriza a honra, a lealdade e a dignidade, ao mesmo tempo em que conta duas belas histórias de amor que se cruzam e, ainda, dá um show de artes marciais nunca visto nas telas, pelo menos, nas ocidentais.
Curiosidade: venceu, em 2001, o Oscar nas categorias de Melhor Filme Estrangeiro, Melhor Fotografia, Melhor Direção de Arte e Melhor Trilha Sonora.
O filme é totalmente falado em mandarim; Ang Lee chegou a pensar em filmar os diálogos em inglês, mas desistiu por considerar que a história não ficaria verossímil se fosse falada em outra língua que não a local.
As locações aconteceram na província de Anhui, na China.
Avaliação: ***

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quarta-feira, 4 de abril de 2001

Snatch – Porcos e Diamantes

Título original: Snatch
País: EUA
Ano: 2000
Gênero: Policial
Duração: 102 min
Direção: Guy Ritchie
Elenco: Brad Pitt, Benicio Del Toro, Alan Ford, Dennis Farina, Vinnie Jines, Rade Sherbedgia, Jason Statham e Jason Flemyng.

Sinopse: quando o ladrão de jóias Franky Quatro dedos (Benicio Del Toro) faz uma rápida parada em Londres, antes de entregar um enorme diamante roubado para o seu chefe em Nova York, ele não tinha a menor idéia da avalanche de sinistros e cômicos acontecimentos que abalariam os mundos do boxe, dos ciganos irlandeses, das lojas de penhores, das fazendas de porcos e de um cão vira-latas. Depois do aclamado Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes, o diretor Guy Richie traz, mais uma vez à tona, o submundo dos pequenos gangsteres de Londres. Aqui, Benicio del Toro é um ladrão viciado em jogos; Alan Ford, o chefão do submundo local; Denis Farina, um chefão americano totalmente alucinado; Vinnie Jines, um lendário criminoso; Rade Sherbedgia, um russo psicótico e traidor; e Brad Pitt, em uma hilariante atuação como um boxeador cigano que ninguém entende o que fala.
Crítica: cortes rápidos e secos, velocidade, constantes mudanças no desenvolvimento do enredo e personagens extremamente caricatos são características do consagrado cineasta Ritchie, segundo ele, herança da sua experiência como diretor de videoclipes.
Além disso, cores levemente saturadas e histórias que se entrelaçam são algumas das suas armas para entreter o espectador, em um ritmo alucinante e empolgante. Nesse caso, o cenário são as encrencas do submundo londrino. Brad Pitt está perfeito na pele de Mickey O'Neil, um esperto cigano com o corpo coberto por tatuagens e dono de um soco matador. As cenas em que ele fala, com um sotaque irlândes incompreensível, são hilárias.
Guy Ritchie fez quase um continuação de “Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes”. Usou vários atores desconhecidos e nos mostrou o lado cômico do crime. Mais uma vez a fórmula funcionou. O filme é entretenimento na certa.
Avaliação: ****

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quinta-feira, 29 de março de 2001

Redemoinho

Título original: Maelström
País: Canadá
Ano: 2000
Gênero: Drama, comédia
Duração: 88 min
Direção: Denis Villeneuve
Elenco: Marie-Josée Croze, Jean-Nicolas Verreault, Stephanie Morgenstern, Pierre Lebeau, Klimbo, John Dunn-Hill e Marc Gélinas.

Sinopse: nesta fábula surrealista, o narrador é um peixe (!) que dá às pessoas uma segunda chance na vida, arranjando encontros que abrem diferentes possibilidades de mudança. Como aconteceu com a bela e bem-sucedida Bibiane Champagne (Marie-Josée Croze). Aos 25 anos, ela é uma jovem empresária que passa suas noitadas fora de casa, mantendo relacionamentos fugazes. Em uma dessas noites, a moça provoca um terrível acidente e mata um velho pescador. Tempos depois, por "ironia do destino", ela encontra Evian (Jean-Nicolas Verreault), filho do homem atropelado. Esta é a segunda chance que Bibiane recebe. Juntos, ela e o rapaz, lutarão para superar o trauma da morte, esquecer os erros do passado e renascer para a vida.

Crítica: as primeiras cenas já alertam o espectador para o tom de fábula, quase surreal, que permeará toda a trama, um misto de drama e comédia.
Toda a história é narrada por um peixe mortalmente ameaçado pelo facão de um peixeiro. Logo em seguida, o antigo sucesso “Good Morning Starshine” embala alegremente uma pesada cena de aborto.
A partir daí, ‘Redemoinho’ se equilibra entre o trágico, o mórbido e o cínico, sem poupar sarcasmo. O longa navega por caminhos tortos, mas tenta transmitir uma mensagem otimista. Uma história de erros que pode desaguar num acerto final, sem justificativas ou explicações, apenas deixando tudo fluir.
Vale a pena conferir.

Curiosidade: o filme ganhou cinco prêmios Genie, o Oscar canadense (em 2000), nas categorias Filme, Direção, Roteiro, Fotografia e Atriz (Marie-Joseé Croze). Também levou o Prêmio da Crítica em Berlim.

Avaliação: ***

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