sexta-feira, 11 de abril de 2003

Simone

Título original: Simone
País: EUA
Ano: 2002
Gênero: Comédia
Duração: 117 min
Direção: Andrew Niccol
Elenco: Al Pacino, Catherine Keener, Pruitt Taylor Vince, Jay Mohr e Rachel Roberts.

Sinopse: Al Pacino é Victor Taransky, um diretor de cinema que há muito tempo não emplaca um grande sucesso. Em processo de produção de seu próximo filme, Victor entra na lista de dimensões do estúdio quando a estrela da produção decide rescindir o contrato e abandonar os sets de filmagem. Deseperado, ele lança mão de um avançado programa simulador e, secretamente, cria a atriz de seus sonhos: Simone. O problema é que Simone faz um sucesso muito maior que o esperado, tornando-se um verdadeiro fenômeno do show business. Os fãs choram por ela, a idolatram. A imprensa segue seus passos no intuito de desvendar o mistério da nova estrela. E tudo isso provoca um tremenda reviravoltana na vida do diretor, causando-lhe uma série de problemas para manter o grande segredo. Agora, o criador quer livrar-se da criatura, mas descobriu que deu vida a uma mulher tão perfeita que não pode simplesmente destruí-la.
Crítica: a princípio, a história de uma mulher perfeita criada por um programa de computador pode não ser muito atraente. Mas isso é apenas o gancho para a crítica do filme que é fervorosa contra as estrelas hollywoodianas e suas excentricidades e megalomanias. Mostra os bastidores dos estúdios e um mundo repleto de pessoas irracionais, a ponto de questionar-se se a ideia da substituição de atores humanos por ‘atores cibernéticos’. A trama é profunda, interessante e desenvolve-se bem, ainda mais com Al Pacino no elenco. Vale a pena ver.
Avaliação: ***

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quarta-feira, 9 de abril de 2003

O Senhor dos Anéis – As Duas Torres

Título original: The Lord of the Rings: The Two Towers
País: EUA
Ano: 2002
Gênero: Aventura
Duração: 179 min
Direção: Peter Jackson
Elenco: Elijah Wood, Ian McKellen, Liv Tyler, Viggo Mortensen, Sean Astin, Cate Blanchett, John Rhys-Davies, Billy Boyd, Dominic Monaghan, Orlando Bloom, Sean Been, Christopher Lee e Hugo Weaving.

Sinopse: após a captura de Merry (Dominic Monaghan) e Pippy (Billy Boyd) pelos orcs, a Sociedade do Anel é dissolvida. Enquanto que Frodo (Elijah Wood) e Sam (Sean Astin) seguem sua jornada rumo à Montanha da Perdição para destruir o Um Anel, Aragorn (Viggo Mortensen), Legolas (Orlando Bloom) e Gimli (John Rhys-Davies) partem para resgatar os hobbits sequestrados.
Crítica: “As Duas Torres” é, primeiramente, bem diferente do original. O clima fantástico é deixado um pouco de lado por um clima mais realista. A ação toma conta do filme, e os personagens-chave são diferentes. Agora, os hobbits aparecem menos tempo na tela, e são os homens os principais protagonistas. Porém, a sensação de grandeza épica não só continua, como é aumentada neste novo filme. É tudo maior, melhor, e mais atraente para o espectador. Temos uma das melhores cenas de ação já criadas para o cinema: a esperada batalha entre humanos e as forças de Saruman combatendo no Abismo de Helm.
Todos os personagens são interpretados magistralmente. Essa segunda parte da trilogia também registra a entrada da poesia de Tolkien (escritor dos 3 volumes da história), praticamente ignorada no primeiro filme. Sam, em seu monólogo final, recitando um belíssimo trecho do livro, comove com sua mensagem de coragem, que dá forças a Frodo para continuar em sua jornada para a destruição do Anel.
Tecnicamente falando, os efeitos especiais continuam acrescentando à história e são ainda mais numerosos do que na parte I. Além disso, o figurino, a maquiagem, as locações, a trilha sonora, tudo é perfeito no longa.
O grande trunfo, de maneira geral, é conseguir transportar para uma época distante, porém de fácil reconhecimento pelo tom de realismo dado à história e, durante quase três horas, poder acompanhar intensamente a vida de todo um mundo passar por várias mudanças, com seus personagens carregando ódio, amor, esperança, desespero, alegria, tristeza, devoção, incredulidade e angústia.
O espectador só ganha com isso: uma obra com grandes momentos, que divertem e emocionam.
E, ainda, falta a versão final da trilogia. É esperar para ver.
Curiosidade: em 2003, conquistou o Oscar nas categorias de: Melhor Edição de Som e Melhor Efeitos Especiais.
Avaliação: ****

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quinta-feira, 3 de abril de 2003

Cidade de Deus

Título original: Cidade de Deus
País: Brasil
Ano: 2002
Gênero: Drama
Duração: 135 min
Direção: Fernando Meirelles
Elenco: Matheus Nachtergaele, Seu Jorge, Alexandre Rodrigues, Leandro Firmino da Hora, Roberta Rodrigues, Phellipe Haagensen, Jonathan Haagensen, Alice Braga, Maurício Marques, Gero Camilo, Graziella Moretto, Micael Borges, Douglas Silva, Jefechander Suplino, Emerson Gomes, Édson Oliveira e Luis Otávio.

Sinopse: o filme começa na década de 1960, quando os protagonistas Zé Pequeno, então apelidado "Dadinho", e Bené são pequenos deliqüentes na recém-fundada comunidade de Cidade de Deus, construída pelo governo do Estado da Guanabara, como parte da política de remoção de favelas.
Na década de 1970, os antigos amigos assumem o comando do tráfico de drogas na comunidade, que agora está ainda mais empobrecida e violenta. Os dois estabelecem prioridades bastante diferentes em suas vidas. O conflito entre o bando de Zé Pequeno contra o único foco de resistência ao seu controle total da Cidade de Deus, a área controlada pelo bando de Sandro "Cenoura", acirra-se quando morre Bené, que protegia "Cenoura" devido à antiga amizade entre os dois, e deixa o caminho livre para que Zé Pequeno desencadeie uma verdadeira guerra pela hegemonia do comando do crime no local.
Todo o drama é contado a partir do ponto de vista de Buscapé, um garoto pobre da comunidade que sonha em ser repórter fotográfico e resiste à tentação de entregar-se ao, aparentemente, mais fácil caminho da criminalidade.
Crítica: adaptado do livro homônimo do escritor Paulo Lins, Cidade de Deus é, sem dúvida, o melhor filme brasileiro, provando que se pode fazer um cinema de qualidade no Brasil.
Por tratar do assunto violência, a história poder até ter sido mais uma entre tantas já retratadas. Porém, a forma como é conduzida surpreende até os mais resistentes. Mostra a violência de dentro para fora. Mesmo sem contextualizar os problemas sociais ou sugerir soluções, expõe como a falta de perspectivas e a ausência do poder público formam verdadeiros exércitos de jovens e crianças que manipulam armamentos pesados e matam com uma frieza desconcertante, sempre em prol do comércio de drogas.
O cenário bem montado, o elenco em harmonia e a fotografia espetacular demonstram a competência do cineasta. Os atores surpreendem, pois muitos são amadores. Grande parte vive mesmo nas favelas e comunidades do Rio de Janeiro. Para um melhor resultado, a produção do filme passou cerca de quatro meses em laboratório com eles. A ideia foi criar uma integração, como se eles realmente se conhecessem há muito tempo, tivessem crescido juntos e criado rivalidades.
Introdução, desenvolvimento e final do longa são impressionantes. Comove, informa e acrescenta. Recomendadíssimo!
Curiosidade: em 2009, o filme foi escolhido como um dos 100 melhores de todos os tempos pela revista ‘Time’.
Avaliação: *****

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