sábado, 26 de setembro de 2009

Goodbye Solo

Título original: Goodbye Solo
País: EUA
Ano: 2008
Gênero: Comédia, drama
Duração: 91 min
Direção: Ramin Bahrani
Elenco: Souleymane Sy Savane, Red West, Diana Franco Galindo, Lane "Roc" Williams, Mamadou Lam, Carmen Leyva.

Sinopse: na Carolina do Norte, dois homens iniciam uma improvável amizade que irá transformar suas vidas para sempre. Solo é um taxista senegalês em busca de uma vida melhor para sua jovem família. William, seu passageiro, é um típico homem do sul, já idoso, que carrega alguns arrependimentos. Durante duas semanas, numa viagem de táxi pelo interior, os dois homens percebem que, apesar de suas diferenças, precisam um do outro mais do que conseguem admitir.

Crítica: são duas Américas que se encontram naquele táxi da cena inicial do filme. Uma é a antiga, representada pelo velho William (Red West), tipicamente de origem sulista, branca e conservadora. A outra é a nova América, dos imigrantes, ali representada pelo taxista Solo (Souleymane Sy Savane), natural do Senegal, e também por sua esposa de origem hispânica.
Mas não é este multiculturalismo emergente nos EUA o tema principal do filme, que conquistou no Festival de Veneza de 2008 o prêmio da Crítica Internacional. Ele só está no fundo de um tocante retrato que o diretor faz das relações humanas, exemplificadas na construção da amizade entre os dois protagonistas.
De um roteiro que não cede à tentação de sentimentalismos baratos ou de lições de auto-ajuda surge uma história que mostra de modo sutil como diferentes maneiras de encarar a vida e o próprio mundo influenciam, decisivamente, nos caminhos que tomamos.
Solo é um taxista que veio aos Estados Unidos buscar uma melhor condição de vida para ele e para sua família, visando o tal “sonho americano” no qual os milhões de imigrantes do país acreditam. Vivendo na Carolina do Norte, ele tem o desejo de “subir na vida” e, para isso, quer se tornar comissário de bordo, razão pela qual estuda arduamente para o teste de admissão. Apesar das dificuldades encontradas no caminho, ele sempre olha a vida de forma otimista.
Já William é um senhor da classe média americana que acredita já ter perdido todos os sentidos para seguir vivendo. Quando ele propõe, para alguns dias depois, uma corrida de 1000 dólares, só de ida, para a região montanhosa onde se encontra a conhecida Blowing Rock, o taxista senegalês logo supõe que aquilo se trata de um suicídio pré-agendado e busca, a qualquer custo, persuadi-lo a desistir.
A força da trama está mesmo nas atuações intensas e humanas dos atores principais. Ambos passam em suas expressões a exata proporção de como se sentem por dentro. Mais forte ainda é uma cena no final em que, através somente de olhares, é dito tudo.
Mesmo assim, por ser uma película lenta e com diálogos escassos, pode não agradar a todos.
Avaliação: ***

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quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Vicky Cristina Barcelona

Título original: Vicky Cristina Barcelona
País: Espanha/EUA
Ano: 2008
Gênero: Comédia, romance
Duração: 96 min
Direção: Woody Allen
Elenco: Javier Bardem, Rebecca Hall, Scarlett Johansson, Penelope Cruz, Patricia Clarkson, Chris Messina e Christopher Evan Welch.

Sinopse: duas jovens americanas, Vicky (Rebecca Hall) e Cristina (Scarlett Johansson) viajam para Barcelona para passar as férias de verão. Vicky é sensível e está com casamento marcado, já Cristina é uma aventureira tanto emocionalmente como sexualmente. Durante uma exposição de arte, ambas se encantam pelo pintor Juan Antonio (Javier Bardem), que as convida mais tarde, durante um jantar, para uma viagem. O que elas não sabiam é que o galante sedutor mantém um relacionamento problemático com sua ex-esposa Maria Elena (Penélope Cruz). E as coisas ainda ficam piores porque as duas, cada uma de sua forma, se interessam por ele, dando início a um complicado "quadrado" amoroso.
Crítica: uma comédia cheia de vida, divertida e uma liberal celebração ao amor e a todas as suas configurações. E o visual do Mediterrâneo, garantido pela excelente fotografia, é mais um atrativo para assistir ao longa.
Curiosidade: Penélope Cruz ganhou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, em 2009.
Avaliação: ***

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domingo, 20 de setembro de 2009

O Equilibrista

Título original: Man on Wire
País: EUA/Reino Unido
Ano: 2008
Gênero: Documentário
Duração: 90 min
Direção: James Marsh
Elenco: Philippe Petit, Annie Allix, Jean-Louis Blondeau, David Forman, Barry Greehouse, Ardis Campbell, David Demato, David Roland Frank e Aaron Haskell.

Sinopse: em 07 de agosto de 1974, o jovem francês Philippe Petit andou durante uma hora sobre um cabo de ferro suspenso entre as duas torres do World Trade Center, em Nova York, sem qualquer equipamento ou rede de segurança. Imediatamente depois, foi preso junto com um grupo de cúmplices, com quem planejou o “golpe” em segredo por oito meses. Retomando materiais de arquivo, o filme reencena o engenhoso trabalho do grupo e entrevista todos os envolvidos neste que ficou conhecido como "o crime artístico do século".

Crítica: o documentário revela parte da trajetória artísticas de Petit, desde suas primeiras peripécias – indo de um lado ao outro da catedral de Notre-Dame, em Paris, até sua máxima experiência – nas torres gêmeas norte-americanas. O atentado terrorista de 11 de setembro de 2001, que pôs fim ao famoso complexo nova-iorquino, é propositalmente ignorado no longa. Li muitas críticas a isso, mas, ao meu ver, achei um grande acerto, pois o documentário é sobre um crime artístico, não sobre os fatídicos atentados.
Ele, que ficou conhecido por atravessar os lugares mais improváveis do mundo, é retratado como um aventureiro voraz, daqueles que nunca desistem de seus objetivos. Quando mais jovem, e isso é revelado na fita, ele viu em algum veículo que seriam construídos dois grandes prédios nos Estados Unidos. A partir daí, se deleitar pelo WTC passou a ser uma de suas metas na vida. Nisso o documentário acerta em cheio, já que mostra com propriedade todas as idas e vindas do grupo em busca de sua meta. Também recebem destaque especial as dificuldades na hora de executar o plano: como burlar a segurança? Como fazer o cabo ir de um prédio ao outro? Tudo isso é bem detalhado, sempre com a ajuda de elementos ficcionais para recordar alguns momentos. Tão detalhado que se torna um pouco cansativo.
E na travessia das torres gêmeas, que é o grande clímax da história, há infelizmente pouco material visual. As imagens não são muito boas porque tudo o que faziam era de forma escondida e, portanto, um crime.
O acontecimento atraiu muitos curiosos nas ruas de Nova York. Afinal, não é todo dia que se vê um equilibrista atravessando prédios.

Curiosidade: vencedor do Oscar de Melhor Documentário, em 2009.
Avaliação: ****

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