domingo, 17 de abril de 2011

London River

Título original: Destinos Cruzados

País: Reino Unido/França/Argélia

Ano: 2009

Gênero: Drama

Duração: 87 min

Direção: Rachid Bouchareb

Elenco: Brenda Blethyn, Sotigui Kouyaté, Francis Magee, Sami Bouajila, Roschdy Zem, Marc Baylis, Bernard Blancan, Aurélie Eltvedt, Diveen Henry e Gurdepak Chaggar.

 

Sinopse: conta a história de Ousmane e da Sra. Sommers. Ambos são pessoas simples e vivem suas vidas comuns, ele na França, ela em Channel Islands, no Canal da Mancha. Ele tem um filho e ela, uma filha. Ambos são estudantes em Londres. Em 07 de julho de 2005, sem notícias dos filhos, eles resolvem começar, juntos, uma busca pelos dois adolescentes. E embora eles tenham sido criados em meio a duas religiões diferentes – Ousmane é muçulmano e a Sra. Sommers cristã – eles vão compartilhar da mesma esperança de encontrar os filhos com vida. Eles colocam as diferenças culturais de lado e apóiam-se para continuar a busca e manter a fé.


Crítica
: a direção e o roteiro do filme são acertadíssimos, prova do talento do cineata Rachid Bouchareb que teve outro longa-metragem indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, ‘Fora da Lei’, e não esse, infelizmente.

A história envolve a tal ponto que criamos, durante o decorrer da trama, diversas possibilidades para desvendar o desaparecimento de dois jovens, após um atentado terrorista em Londres. O acontecimento vinculará dois pais na mesma busca, vividos por Brenda Blethyn e Sotigui Kouyaté, impecáveis em suas atuações.

O atentado serve apenas de ponto de partida para uma série de discussões no filme, de ordem política, racial e social. Da forma como o roteiro é conduzido, todos deixamos aflorar nossos tabus e preconceitos, mesmo que só em pensamento.

Comovente, na medida certa, extremamente instigante, forte e realista. Um belo exemplo da cinematografia francesa, que provoca e faz pensar.

Imperdível!!!


Avaliação
: ****

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sábado, 16 de abril de 2011

Fora da Lei

Título original: Hors La Loi

País: França/Argélia/Bélgica

Ano: 2010

Gênero: Ação

Duração: 138 min

Direção: Rachid Bouchareb

Elenco: Jamel Debbouze, Roschdy Zem, Sami Bouajila, Bernard Blancan, Sabrina Seyvecou, Bernard Blancan, Thibault de Montalembert e Jean-Pierre Lorit.

 

Sinopse: expulsos de suas terras na Argélia, três irmãos e sua mãe veem-se obrigados a se separar. Messaoud (Roschdy Zem) se alista na Indochina. Em Paris, Abdelkader (Sami Bouajilae) põe à frente do movimento pela independência da Argélia e Said (Jamel Debbouze) faz fortuna nos cassinos e nos clubes de boxe de Pigalle. Seu destino, selado em torno do amor de uma mãe, se mesclará com o de uma nação que luta pela sua liberdade.


Crítica
: um retrato histórico da luta pela independência argelina na França no século XX, passado por meio da saga de uma família de imigrantes argelinos na região parisiense dos anos 50, e uma crítica política à repressão sofrida pelo povo argelino.

O diretor Rachid Bouchareb, que anteriormente dirigiu London River (London River – Destinos Cruzados, 2009) e produziu Hadewijch (O pecado de Hadelwijch, 2009) –costuma retratar conflitos entre muçulmanos e cristãos. Nesse trabalho, porém, ele vai mais além: coloca em primeiro plano as relações coletivas, mostrando de maneira realista a difícil inclusão dos imigrantes argelinos na sociedade francesa dos anos 50.

No chamado “dia de todos os santos vermelho” – importante data que caracteriza o início da Guerra da Argélia (então colônia francesa), que se estenderia até 1962, ano em que o país conseguiu a sua independência – morre o pai dos protagonistas. Após vingar a morte do pai, Saïd imigra para a França, onde um dos seus irmãos, Abdelkader, é preso político, com a mãe. Eles se estabelecem no subúrbio parisiense de Nanterre, um amontoado de barracos que oferecia condições de vida extremamente precárias à enorme quantidade de imigrantes que ali morava na época. Em breve, Messaoud, o terceiro filho, volta da guerra na Indochina - onde lutava com o exército francês - para se juntar à família.

Ao sair da prisão, Abdelkader tem o propósito de dedicar a vida à causa do FLN (Front de Libération Nationale – Frente de Liberação Nacional), partido político criado para lutar pela independência do seu país e que havia deixado de ser reconhecido pelo governo francês, entrando, portanto, na clandestinidade. Messaoud apóia o irmão em sua causa e passa também a trabalhar para o partido. Enquanto a luta política de seus irmãos fica mais violenta a cada dia e a polícia francesa intensifica a repressão ao partido, que, já conhecido por ter a violência como principal modo de ação, passa a utilizar técnicas de guerrilha, Saïd não tem interesse pela causa política e ganha a vida como um próspero cafetão em Paris.

A superprodução argelina impressiona pelo elenco, em que os irmãos são interpretados por alguns dos atores franco-magrebinos de maior projeção na atualidade, e pela busca do realismo na ambientação, cenografia e figurinos – mas não com o objetivo de tornar estes aspectos verossímeis com a realidade da época. O propósito é fazer com que tenhamos a impressão de assistir a um filme produzido nos anos 50, o que torna esteticamente interessante, com seus cenários que não tentam disfarçar o fato de serem montados em galpões e a visível preocupação em utilizar objetos e figurinos como os presentes nas películas da época. O roteiro, porém, é mais interessante pelo seu conteúdo histórico do que pela trama efetivamente contada, o que faz com que as duas horas e quinze do filme terminem por se tornar um pouco cansativas, no entanto sem desmerecer a boa qualidade da obra como um todo.


Avaliação
: ***

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quarta-feira, 13 de abril de 2011

Caminho da Liberdade

Título original: The Way Back

País: EUA

Ano: 2010

Gênero: Drama

Duração: 133 min

Direção: Peter Weir

Elenco: Colin Farrell, Dejan Angelov, Dragos Bucur, Ed Harris e Mark Strong.

 

Sinopse: em 1940, pegos pelo regime stalinista, sete prisioneiros aproveitam-se da nevasca para fugir do Gulag Soviético. A liberdade desses homens tem um preço: eles têm poucas chances de chegarem a um lugar seguro sem serem pegos novamente e correm risco de morte.


Curiosidade
: do mesmo diretor de ‘Mestre dos Mares – O Lado Mais Distance do Mundo’, ‘O show de Truman - O show da vida’, ‘A Sociedade dos Poetas Mortos’ e ‘A Testemunha’.


Crítica
:
como é de se esperar de uma produção cinematográfia americana, os cenários são incríveis e a fotografia, belíssima. Mas apesar de ser baseada em fatos reais, a trama não vai muito além da peregrinação sofrida (fome e frio) dos prisioneiros do Gulag Soviético rumo à China, passando pela Mongólia e Tibete.

De história política, quase não se aborda nada. Bem superficialmente, é citada como se estivesse muito distante de seus personagens. A atuação de Colin Farrell é vergonhosa. Quem se destaca é Ed Harris.

Se quiser passar o tempo, pode assisti-lo.


Avaliação
: ***

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