terça-feira, 25 de novembro de 2014

O Ciúme (La Jalousie)

País: França
Ano: 2014
Gênero: Drama
Duração: 77 min
Direção: Philippe Garrel
Elenco: Louis Garrel, Anna Mouglalis, Rebecca Convenant e Olga Milshtein.

Sinopse: Louis (Louis Garrel) é ator e vive com Claudia (Anna Mouglalis), também atriz, em um pequeno apartamento, onde levam uma vida normal, porém complicada financeiramente. A carreira dela vai de mal a pior e ele faz de tudo para ajudá-la, enquanto tenta encontrar tempo ainda para manter-se próximo à filha Charlotte.

Crítica: o cineasta francês e, também, fotógrafo de cinema, roteirista, editor e produtor Philippe Garrel já foi premiado nos festivais de Cinema de Cannes e de Veneza. Aqui, ele opta pela filmagem em preto-e-branco, o que foi uma escolha acertada.
A história acompanha o ritmo da vida de, basicamente, 4 personagens: Louis e sua ex-esposa Clotilde, em fase de separação, sua filha Charlotte e seu novo amor, Claudia.
A relação aberta que se inicia é a porta para se discutir o que é o casamento, o que é o amor, se há limites para os casos extraconjugais, se é possível ser feliz assim e aceitar um ao outro como cada um é.
As atuações são boas (destaque para a Olga Milshtein que vive a filha, totalmente natural e à vontade no papel), o texto é afinado e as situações apenas induzindo o que vai acontecer ou de onde se pode concluir o que houve são propositais e muito sutis. Assim como devem ser sutis as pessoas que embarcam numa relação sem muitas amarras e pouco convencional. A confiança deve estar acima de tudo; o problema é que as pessoas são diferentes e cada um tolera as falhas do parceiro de maneira distinta.
Em uma das conversas eles se questionam sobre se devem ou não contar a traição ao outro e a resposta de um deles é rápida e segura: “Estamos felizes assim? Então, não. Não quero saber”. Outra afirmação bem interessante é quando um amigo aconselha Louis dizendo: “Ela o ama do jeito dela; ela o ama o quanto é capaz de amar”.
Nesse contexto, o novo casal tenta superar as insatisfações, tão comuns ao ser humano, as dúvidas; a falta de dinheiro e de trabalho e busca a felicidade.

Avaliação: ***

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Camp 14: Zona de Controle Total

País: Alemanha/Coreia do Sul
Ano: 2014
Gênero: Documentário
Duração: 106 min
Direção: Marc Wiese
Elenco: -

Sinopse: documentário sobre a vida de Shin Dong-huyk, que nasceu em 1938 em um campo de concentração na Coreia do Norte e conseguiu escapar quando tinha 23 anos. Fome, tortura e medo eram comuns antes da fuga que o tornou um homem livre.

Crítica: um documentário imperdível sobre a crueldade imposta aos moradores da Coreia do Norte, de onde é quase impossível fugir.
Os relatos são de Shin Dong-huyk que escapou de um campo de concentração para prisioneiros políticos aos 23 anos. Nada é diferente de um campo nazista. A diferença é que pouco sabemos o que se passa ali.
Castigos, interrogatórios, punições, torturas, trabalhos forçados, alimentação parca, assassinatos a bala ou por enforcamento, estupros, tudo isso fez parte da infância de Shin (ele nasceu no campo e foi submetido a trabalho desumano a partir dos 6 anos), que hoje participa de ONGs divulgando sua história na esperança de alertar o mundo de que é preciso uma interferência já.
Mesmo tendo narrado os acontecimentos que presenciou e o que aconteceu com sua família diversas vezes, ainda é difícil para ele entender como pode haver vidas dilaceradas dessa forma. O amigo que fugiu com ele morreu na cerca elétrica. O buraco que se fez com o choque foi por onde ele passou e por cima do corpo dele. Caminhou quilômetros e quilômetros pela Coreia do Norte até chegar à China e, depois, Coreia do Sul, quando foi novamente interrogado para que comprovasse sua história. Como sequelas, além do abalo emocional e psicológico (tendo nascido em num campo, desconhecia completamente o mundo exterior), Shin tem os braços e as pernas lesadas devido às torturas e espancamentos.
A direção de arte caprichou na retratação dos fatos por meio de recursos de animação e computação gráfica, dando vida às memórias de Shin e auxiliando o espectador a compreender a dura realidade existente nesses campos de concentração.

Avaliação: ***

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segunda-feira, 24 de novembro de 2014

O General (The General)

País: EUA
Ano: 1927
Gênero: Ação, comédia
Duração: 89 min
Direção: Buster Keaton
Elenco: Buster Keaton, Marion Mack e Glen Cavender.

Sinopse: quando a Guerra Civil americana teve início, o maquinista Johnny Gray (Buster Keaton) apaixonado pelo seu trem A General não foi aceito para lutar porque seria mais útil como engenheiro da ferrovia. Assim, sua amada Annabelle (Marion Mack) começou a pensar nele como covarde. Até o dia em que ele vai provar que tem coragem e também loucura, ao perseguir sozinho um bando de espiões unionistas, que roubaram o trem A General e dentro dele Annabelle Lee.

Crítica: difícil ver uma obra de Buster Keaton e não se impressionar. Em 1927, com tão poucos recursos financeiros e de produção, ele consegue fazer imagens externas inacreditáveis.
Uma história dinâmica, situações criativas e engraçadas e sua atuação acertada são as principais qualidades desse filme que é um dos seus melhores. Em 1 hora e meia, o espectador não quer tirar o olho da tela para não perder um segundo da gostosa aventura desse maquinista para salvar seu país e sua amada.
Diversão e bom gosto garantidos no sempre comunicativo e expressivo "cinema mudo". 

Avaliação: ***

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