quinta-feira, 27 de maio de 2004

Sobre Meninos e Lobos

Título original: Mystic River
País: EUA
Ano: 2003
Gênero: Drama
Duração: 137
min
Direção: Clint Eastwood
Elenco: Sean Penn, Tim Robbins, Kevin Bacon, Laurence Fishburne e Marcia Gay Harden.

Sinopse: três amigos de infância se reencontram 25 anos depois da juventude para desvendar o mistério da morte da irmã mais velha de um deles. Jimmy (Sean Penn), Sean (Kevin Bacon) e Dave (Tim Robbins) eram grandes amigos, até que o destino os separou. Sean, um policial, fica encarregado do caso juntamente com seu parceiro, Whitey (Laurence Fishburne). Eles têm de estar sempre um passo à frente de Jimmy, que, consumido pelo ódio, é capaz de qualquer coisa para encontrar o assassino da irmã. Dave é obrigado a enfrentar fantasmas do passado, enquanto histórias sinistras são reveladas, transformando a amizade dos três.
Crítica: a trama possui duas linhas de tempo e os três amigos e suas respectivas esposas são o centro da história. A direção, o roteiro e o elenco são impecáveis. Sean Penn vive um personagem repleto de emoções, desde o comum desejo de vingança até a desconfiança com relação a seus amigos. Todas elas vividas intensamente e com maestria pelo ator. Tim Robbins, como Dave, é também um dos grandes destaques no longa. Todos os demais atuam maravilhosamente bem, expressando seus medos, suas dores, suas dúvidas e angústias de maneira muito realista. As cenas são marcantes. Um filme nota 10!
Curiosidade: vencedor de 2 Oscars em 2004: Melhor Ator para Sean Penn e Melhor Ator Coadjuvante para Tim Robbins.
Avaliação: *****

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quarta-feira, 26 de maio de 2004

Passaporte para a Vida

Título original: Laissez-passer
País: França
Ano: 2002
Gênero: Drama, guerra
Duração: 170 min
Elenco: Jacques Gamblin, Denis Podalydès, Charlotte Kady, Marie Desgranges, Ged Marlon, Philippe Morier-Genoud, Laurent Schilling, Maria Pitarresi, Christian Berkel, Richard Sammel, Marie Gillain, Olivier Gourmet, Philippe Saïd, Liliane Rovère e Götz Burger.
Direção: Bertrand Tavernier

Sinopse: Durante a ocupação alemã, em 1942, na Segunda Guerra Mundial, os caminhos de dois homens estão interligados. O primeiro, Jean-Devaivre (Jacques Gamblin), assistente de direção, entra para a Continental – uma empresa alemã de cinema dirigida pelo Dr. Greven, que produz filmes franceses desde 1940 – com o propósito de camuflar sua atividade clandestina na Resistência Francesa. O outro, Jean Aurenche (Denis Podalydès), roteirista e poeta, luta para recusar qualquer oferta de trabalho vinda dos alemães, fazendo da escrita a sua arma contra o cerco nazista. Mais dez personagens são retratados, alguns aderindo aos nazistas e outros se rebelando, mas todos engajados na luta pela sobrevivência.
Crítica: baseados em histórias verídicas, o filme é o retrato claro de uma época brutal e intensa da história francesa, repleta de ambiguidade moral e incertezas profundas. Com esse trabalho, o cineasta homenageia o cinema de seu país realizado durante a ocupação nazista. Alguns diretores continuaram a trabalhar, criando fantasias com as quais os espectadores podiam distanciar-se brevemente da realidade; outros se perguntavam se trabalhar era a coisa certa a fazer.
É importante ressaltar que o diretor não faz julgamentos sobre as decisões das pessoas; o que ele quer é explorar discussões nas mentes humanos.
Apesar de às vezes tornar-se um pouco cansativo, devido a tantos incidentes, o longa deixa uma impressão forte e merece ser assistido.
Avaliação: ***

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domingo, 23 de maio de 2004

Tróia

Título original: Troy
País: EUA
Ano: 2004
Gênero: Aventura
Duração: 163 min
Direção: Wolfgang Petersen
Elenco: Brad Pitt, Eric Bana, Orlando Bloom, Diane Kruger, Sean Bean, Brian Cox, Peter O'Toole, Brendan Gleeson, Saffron Burrows, Rose Byrne, Julie Christie,Garrett Hedlund, Vincent Regan, Adoni Maropis, James Cosmo, Julian Glover, Louis Hilyer, Alex King, Tyler Mane, Trevor Eve e Owain Yeoman.

Sinopse: Menelau, rei de Esparta e irmão de Agamemnon, organiza um banquete amigável e convida o seu inimigo, o príncipe Heitor, de Tóia. Helena, rainha de Esparta e a mulher mais bonita do mundo, apaixona-se por Páris, o impulsivo irmão de Heitor. Páris rouba Helena de seu marido, o rei Menelau, e a leva para Tróia, uma cidade cercada de muralhas. Em defesa da honra da família, Agamemnon convoca todas as tribos da Grécia para trazer Helena de volta. Na verdade, ele também aproveita a situação para garantir a sua supremacia sobre o Império, já que Tróia é uma fortaleza que jamais foi invadida. Aquiles, rebelde e aparentemente invencível, junta-se a Agamemnon para atacar Tróia. Tudo isso acontece em 1193 a.C.
Curiosidade: a produção ergueu, na ilha de Malta (a 93 km ao sul da ilha da Sicília, a sudoeste da Itália), os exteriores da cidade de Tróia numa área de 40.500 m², no interior de um complexo militar do século XVII, o Forte Ricasoli. Malta é um pequeno país, composto por 5 ilhas, rico em ruínas arqueológicas, algumas anteriores aos acontecimentos de Tróia, datando de 2.000 anos. A equipe decidiu que nenhuma das estruturas existentes parecia ter existido em 1.200 a.C. Por isso, a cidade inteira teve de ser construída do zero. Mais de 500 operários malteses foram contratados e cerca de 200 artesãos do Reino Unido foram levados até a ilha para iniciarem a construção.
Tróia trouxe a estréia de dublês virtuais, criados pelas produtoras de efeitos The Moving Picture Company e Framestore CFC. O engenhoso software cria personagens virtuais cujos corpos reagem a qualquer força que lhes seja aplicada, exatamente como humanos.
Crítica: o filme é baseado na Ilíada de Homero, o que significa que o diretor não é obrigado a seguir a obra, podendo mudar versões e adaptá-las. Mas o erro está na falta de veracidade da história, talvez pela língua falada ser o inglês e não o grego e pela distorção de alguns acontecimentos, que acabam por afastar o telespectador mais atento e exigente. A fita acaba privilegiando a aventura e a ação para agradar a maioria do público. “Tróia” merecia mais que um belo figurino.
Avaliação: **

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sexta-feira, 14 de maio de 2004

21 Gramas

Título original: 21 Grams
País: EUA
Ano: 2003
Gênero: Drama
Duração: 125 min
Direção: Alejandro González Iñárritu
Elenco: Sean Penn, Benicio Del Toro, Naomi Watts, Melissa Leo, Charlotte Gainsbourg, Annie Corley e Eddie Marsan.

Sinopse: mescla três histórias diferentes. A de Paul Rivers (Sean Penn), um professor universitário que sofre de uma doença terminal e acaba traindo a esposa. A de Cristina Pecks (Naomi Watts), uma mãe solteira e ex-viciada em drogas que perde toda a família. E Jack Jordan (Benico del Toro), um ex-presidiário que se torna religioso, mas continua sem sorte na vida. Os caminhos dos três se cruzam após um acidente de carro fatal. A partir daí serão testados os limites do amor e da vingança, assim como a promessa da redenção. Vinte e um gramas é o peso que uma pessoa perde no momento da morte. É o peso carregado pelos que sobrevivem; daí o nome do longa.
Crítica: é o melhor filme de Alejandro González Iñárritu e traz atuações brilhantes, como as de Sean Penn e Benicio Del Toro.
São retratadas consequências de uma tragédia (no caso, um atropelamento) para vários personagens. Naomi Watts perde o marido e as filhas, Del Toro é o culpado pela tragédia, enquanto Penn vive um homem doente que recebe o coração da vítima do acidente.
A trajetória dos três é mostrada numa montagem completamente aleatória, mas que dá ênfase extraordinária a principal mensagem do filme: como tantas coisas precisam acontecer para que duas pessoas se conheçam, e até mesmo como as tragédias presentes em nossa vida parecem inevitáveis quando revistas.
A montagem de 21 Gramas pode tropeçar em um momento ou outro (algumas previsibilidades ou com a história mal resolvida da mulher de Penn, vivida por Charlotte Gainsbourg, que fica parecendo uma vilã no final da fita), mas a estrutura como um todo funciona bem.
Fora isso, 21 Gramas é uma obra emocionante, imperdível e inesquecível. Prende a atenção e é contada de uma maneira diferente, onde os fatos vão se encaixando pouco a pouco.
Avaliação: ****

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Adeus, Lênin!

Título original: Good Bye, Lenin!
País: Alemanha
Ano: 2003
Gênero: Comédia
Duração: 121 min
Direção: Wolf Gang Becker
Elenco: Daniel Brühl, Katrin Sab, Maria Simon, Chulpan Khamatova, Florian Lukas, Alexander Beyer, Burghart Klaubner e Michael Gwisdek.

Sinopse: em 1989, pouco antes da queda do muro de Berlim, a Sra. Kerner (Katrin Sab) passa mal, entra em coma e fica desacordada durante os dias que marcaram o triunfo do regime capitalista. Quando ela desperta, em meados de 1990, sua cidade, Berlim Oriental, está sensivelmente modificada. Seu filho Alexander (Daniel Brühl), temendo que a excitação causada pelas drásticas mudanças possa lhe prejudicar a saúde, decide esconder-lhe os acontecimentos, transformando o apartamento da família numa ilha do passado, um tipo de museu socialista, onde sua mãe é carinhosamente levada a acreditar que nada mudou. O que começa como uma simples mentirinha, transforma-se numa enorme farsa, enquanto a irmã de Alex e alguns vizinhos são recrutados para manter a pretensa situação e fazem-na acreditar que, no fim, Lênin realmente venceu!
Crítica: uma das mais felizardas produções do cinema alemão, abordando a entrada do capitalismo no antigo Bloco Vermelho e opiniões divergentes quanto a essa nova realidades. E tudo isso de forma bem descontraída. Ao mesmo tempo, diverte e informa sobre as ideologias políticas e as estratégias de tomada do poder. Longe de ser um filme doutrinário, mostra sempre os dois lados da moeda. Daniel Brühl está brilhante no papel. Imperdível!!!
Avaliação: ****

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domingo, 9 de maio de 2004

Diários de Motocicleta

Título original: The Motorcycle Diaries
País: EUA
Ano: 2004
Gênero: Drama
Duração: 128 min
Elenco: Gael García Bernal, Susana Lanteri, Mía Maestro, Mercedes Morán e Jean Pierre Nohen
Direção: Walter Salles

Sinopse: baseado nos livros de Che Guevara e seu companheiro de viagem, Alberto Granado. Che Guevara (Gael García Bernal) é mostrado neste filme como uma figura sensível, humana e confusa com relação ao futuro. Em 1952, era um jovem estudante de medicana e, de repente, decide deixar a faculdade e viajar pela América do Sul com seu amigo bioquímico, Alberto Granado (Rodrigo de la Serna). A viagem é feita em uma moto, que acaba quebrando. Então passam a seguir viagem através de caronas e caminhadas, sempre conhecendo novos lugares e duras realidades. No Chile, por exemplo, vivenciaram a exploração de mineradores por uma multinacional. A revolta ganha maior força na Amazônia peruana, depois de passarem por Machu Picchu, quando entram em contato com uma isolada colônia de leprosos. Ali, passam a avaliar valores, como amizade e solidariedade, e escolhas emocionais e políticas e como estas podem interferir em suas vidas.
Curiosidade: o filme é o primeiro de Walter Salles em ambiente internacional e falado em língua não-portuguesa. A trilha sonora, de Jorge Drexler e Gustavo Santaolalla, é destaque, e a música-tema, gravada por Drexler (uruguaio), ganhou o Oscar. Rodrigo de la Serna, que interpreta Alberto Granado, é primo em segundo grau de Che Guevara na vida real.
Crítica: não trata-se de um filme histórico. Com uma sintonia perfeita entre atuação dos atores, trilha sonora e fotografia, narra a aventura de dois amigos jovens, que acarretou na descoberta do que cada uma faria no futuro. No caso do Che, vieram à tona, após ver a opressão de povos sendo explorados na América Latina, os ideais de justiça que culminaram no surgimento do guerrilheiro e revolucionário. A película emociona e faz-nos refletir sobre o que mudou e o que ainda precisa mudar, sobre o que podemos fazer para fazermos “diferença”.
Avaliação: *****

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sexta-feira, 7 de maio de 2004

Anti-Herói Americano

Título original: American Splendor
País: EUA
Ano: 2003
Gênero: Comédia, drama
Duração: 102 min
Direção: Shari Springer Berman e Robert Pulcini
Elenco: Paul Giamatti, Harvey Pekar, Hope Davis, Madylin Sweeten, Chris Ambrose, Joey Krajcar, Josh Hutcherson e Cameron Carter.

Sinopse: o balconista de hospital Harvey Pekar (Paul Giamatti) deixa cair no chão alguns arquivos de óbito e encontra a ficha de um homem que trabalhou a vida inteira como balconista em Cleveland – um emprego burocrático, exatamente como o dele. Esse episódio, combinado com o fato de ter visto o seu amigo Robert Crumb (James Urbaniak) se tornar uma pequena celebridade em São Francisco como cartunista, o inspiram a criar a sua própria revista em quadrinhos, chamada American Splendor. A revista, publicada em 1976 com grande sucesso, retratava com realismo o cotidiano do próprio Harvey, um amante compulsivo de jazz e livros.
Crítica: o longa, baseado nos livros de quadrinhos autobiográficos do mais famoso arquivista de Cleveland, Harvey Pekar, consegue tanto captar os ritmos e a beleza do cotidiano que a maioria das pessoas vive sem mesmo se dar conta do que faz como retratar o seu ambiente, dominado pelo pessimismo que corrói a alma.
Pautando-se pelo lema de Pekar segundo o qual "a vida comum é uma coisa complexa", os dois documentaristas, em seu primeiro longa, encontram drama, humor, amor, esquisitices, turbilhões psicológicos, problemas comuns, traumas reais e triunfo artístico.
Os admiradores de Harvey Pekar são poucos, mas depois desta obra sobre o quadrinista e sua série impressionante de livros, eles certamente irão aumentar.
O filme traz imagens do Harvey Pekar real, que faz a narração em voz rouca, e as mistura com o Harvey Pekar fictício, sua mulher e sua filha adotiva, representados respectivamente por Paul Giamatti, Hope Davis e Madylin Sweeten.
Também há imagens de arquivo das participações de Harvey no programa de ‘TV Late Night With David Letterman’ e uma versão de Anti-Herói Americano para o palco.
Deslocando-se a todo momento entre o visual neo-realista de American Splendor e os segmentos mais artificiais, quase documentais, os cineastas recriam em tom de brincadeira o ponto de vista dos quadrinhos sobre a trajetória de Harvey e o bairro operário onde vive.
Baseado na ideia de que a vida se observa melhor nos detalhes, a trama analisa de perto coisas pequenas que revelam mentalidades e atitudes inteiras.
O pessimismo de Harvey e suas obsessões e frustrações, que o deixam doente e o ajudaram a quase perder a voz, acabam por enriquecer sua arte narrativa.
Se eu contar mais, estrago a surpresa do filme que é extraordinariamente revelador, criativo e atraente.
Avaliação: ****

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