domingo, 20 de junho de 2004

Minha Vida Sem Mim

Título original: My Life Without Me
País: Espanha/Canadá
Ano: 2003
Gênero: Drama
Duração: 111 min
Direção: Isabel Coixet
Elenco: Sarah Polley, Amanda Plummer, Scott Speedman, Leonor Watling, Deborah Harry, Maria de Medeiros, Mark Ruffalo, Julian Richings e Jessica Amlee.

Sinopse: Ann é uma jovem mãe. Tem um marido que passa mais tempo procurando emprego do que trabalhando, uma mãe amargurada e um pai criminoso e preso. Enquanto qualquer garota de sua idade está se divertido, Ann está trabalhando. Ela limpa uma universidade à noite, um lugar onde nunca terá condições de estudar. Depois de passar mal, ela descobre uma grave doença e que tem apenas 3 meses de vida. Sem contar nada a ninguém, prepara uma lista de tudo que sempre quis fazer, começando uma trajetória em busca de todos os seus sonhos, desejos e fantasias. É então que sente que está vivendo e intensamente, mas sempre imaginando como será a vida sem ela.
Crítica: o drama bem dirigido comove, mas sem sentimentalismo barato. A composição das imagens, que não segue o padrão hollywoodiano, passa a sensação de estarmos acompanhando, lado a lado, em tempo real, a vida de Ann. A história sem grandes sobressaltos, mas muito forte e impactante, faz-nos pensar. Ann não se pode dar ao luxo de perder tempo com futilidades. Ela dedica toda a energia que lhe resta para resolver as questões de sua vida e para deixar preparada a própria ausência. Os atores são ótimos, assim como os diálogos.
Avaliação: ****

Read more...

Monster- Desejo Assassino

Título original: Monster
País: EUA
Ano: 2003
Gênero: Drama, biografia
Duração: 109 min
Direção: Patty Jenkins
Elenco: Charlize Theron, Christina Ricci, Bruce Dern, Scott Wilson, Lee Tergesen, Annie Corley, Pruitt Taylor Vince, Marco St. John, Marc Macaulay, Rus Blackwell, Tim Ware, Brett Rice, Kaitlin Riley e Cree Ivey.

Sinopse: baseado na história real de Aileen Wuornos, uma prostituta lésbica e serial killer. Em Michigan, a infância de Wournos foi marcada pelo abuso sexual e uso de drogas. Mais tarde, aos 13 anos, iniciou-se na prostituição e logo ficou grávida. Em seguida, mudou-se para a Flórida, onde seguiu na prostituição, trabalhando nas estradas. Entre 1989 e 1990, no mesmo período em que cometeu os assassinatos, conhece Selby Wall (Christina Ricci), com quem vive um tórrido romance. A assassina é presa e executada em outubro de 2002.
Crítica: um excelente filme, e isso se deve às performances de Theron e Ricci que tiveram que engordar 14 e 4 quilos respectivamente para os papéis de Aileen e Selby. A diretora humanizou um pouco a psicopata, o que não diminui o brilho do trabalho. É um longa de cenas fortes. Prepare-se!
Curiosidade: Charlize Theron recebeu o Globo de Ouro e o Oscar de Melhor Atriz, em 2004.
Avaliação: ****

Read more...

O Último Samurai

Título original: The Last Samurai
País: EUA
Ano: 2003
Gênero: Aventura
Duração: 154 min

Direção
: Edward Zwick
Elenco: Tom Cruise, Billy Connolly, Tony Goldwyn, Timothy Spall , Ken Watanabe e Hiroyuki Sanada.

Sinopse: em 1870 é enviado ao Japão o capitão Nathan Algren (Tom Cruise), um conceituado militar norte-americano. A missão de Algren é treinar as tropas do imperador Meiji (Shichinosuke Nakamura) para que elas possam eliminar os últimos samurais que ainda vivem na região. Porém, após ser capturado pelo inimigo, Algren aprende com Katsumoto (Ken Watanabe) o código de honra dos samurais e passa a ficar em dúvida sobre que lado apoiar.
Crítica: um longa-metragem esplendoroso em nível artístico e visual, mas superficial em conteúdo, história e valores.
Com diversos momentos pretensiosos, o diretor tentou criar um épico de larga escala, cheio de lições de moral e significado. O problema é que tudo que ele conseguiu, e isso pode ser facilmente sentido já lá pela metade da história, foi criar um filme que encante um público menos exigente, que se satisfaz somente com grandes momentos visuais e filosofia rasa.
Nathan é contratado pelos japoneses para derrotar um grupo de samurais rebeldes no país, e terá que lidar e ensinar um exército despreparado enfrentando experientes guerreiros, cheios de virtudes e coragem. Essa parte é mostrada muito rapidamente, pois logo Nathan é capturado pelos samurais e é onde a parte filosófica do filme começa (e mesmo ela sendo piegas, ainda assim é a parte mais interessante do filme).
Nathan aprende sobre os verdadeiros valores dos guerreiros, choca-se com uma cultura milenar muito diferente da norte-americana e ainda tem que resolver diversos conflitos internos. Aí o filme começa a falar de honra, coragem, vergonha, entre outros tópicos que poderiam enriquecer muito qualquer filme. Mas todos são tratados bem superficialmente, e mesmo a boa interpretação de Tom Cruise não motiva a nos encantar com as idéias que são passadas.
Novamente, a produção hollywoodiana preocupa-se mais em mostrar o romance do personagem com a esposa do homem que ele matou (que sempre soa muito forçada) e também uma tentativa de redenção do personagem, bêbado e humilhado, que tenta aprender os preciosos valores samurais, do que realmente encarar tais valores com amor e ousadia.
Creio que o melhor elemento não-técnico de todo o filme seja a interpretação de Ken Watanabe, mesmo que perto do final seu personagem seja ridicularizado com situações risíveis de roteiro, deixando-se submeter a falas e a atos que realmente não condizem com o que se espera de um samurai tão sábio quanto foi dado a aparentar que ele era. Ainda assim, o ator nos oferece uma dose de lições muito boas, e é o que mais se aproxima de realmente nos dizer algo que tenha significado e conteúdo.
As recriações de época são fantásticas (inclusive de cidades japonesas, com composições que mostram toda uma cidade em uma só tomada – belíssimo!). A fotografia, principalmente na parte em que Nathan está com os samurais, é também muito graciosa, com muito verde, casas rústicas, flores e horizontes coloridos que parecem uma obra-prima da pintura.
A batalha, filmada em campo aberto na Nova Zelândia, final tem tamanho quase épico, com centenas de figurantes. Fora uma tomada de muito longe dos combatentes, o filme não utiliza computação gráfica nas cenas de batalha para aumentar os exércitos, o que torna tudo mais real e crível. Não há excesso de sangue no longa, embora ele seja razoavelmente violento.
Sem muitos valores sólidos ou com mensagens profundas, é um filme para entreter.
Avaliação: ***

Read more...

sexta-feira, 18 de junho de 2004

Nicotina

Título original: Nicotina
País: México/Argentina/Espanha
Ano: 2003
Gênero: Comédia
Duração: 93 min
Direção: Hugo Rodríguez
Elenco: Diego Luna, Marta Belaustegui, Lucas Crespi, Jesús Ochoa, Rafael Inclán, Daniel Giménez Cacho, Norman Sotolongo, Carmen Madrid, Rosa Maria Bianchi, Eugenio Montessoro, José Maria Yazpik, Jorge Zárate e Enoc Leaño.

Sinopse: Lolo (Diego Luna) é um hacker que tem um caso com sua vizinha e inquilina, a violoncelista Andrea (Marta Belaustegui). Lolo é especialista em tecnologia de ponta e, usando seu talento, grava todas as ligações telefônicas de Andrea e a espiona através de câmeras escondidas. Paralelamente ele consegue acessar dados de contas suíças através do computador, os quais usa, juntamente com dois criminosos, como trunfo para negociar com um mafioso russo por 20 diamantes. Quando Andrea descobre que está sendo espionada e que Lolo é o culpado, ela invade o apartamento dele e quebra tudo o que vê, arremessando o CD com os dados das contas suíças pela janela. Sem saber, Lolo pega o CD e o entrega aos mafiosos. Com o fracasso da troca, todos partem pelas ruas da Cidade do México para encontrar o CD perdido.
Crítica: criativo e com um humor sarcástico, o enredo é brilhante. Foge da narrativa comum e prende a atenção do espectador do começo ao fim.
Com sequências e cenas rápidas, seu ritmo é intenso e empolgante. Já nos primeiros quinze minutos de filme, muita coisa acontece.
O próprio título da película já atrai a curiosidade. Deve-se ao fato de todos os personagens estarem envolvidos com o cigarro. Não que influencie alguém a fumar; ao contrário, a nicotina aqui parece ser a precursora de acontecimentos trágicos e de atitudes brutais.
Técnica com desenvoltura, boas atuações e diálogos divertidíssimos. É uma produção de sucesso, cumpre o que promete e tem um diferencial que é tudo no cinema: roteiro. Um filme para não se perder!!!
Curiosidade: a trama de Nicotina acontece em tempo real, iniciando às 21h17 e terminando, exatamente, às 22h50 – a mesma duração da fita.
Avaliação: ****

Read more...

quarta-feira, 16 de junho de 2004

Cazuza – O tempo não para

Título original: Cazuza – O tempo não para
Ano: 2004
País: Brasil
Gênero: Drama
Duração: 98 min
Direção: Walter Carvalho e Sandra Werneck
Elenco: Daniel de Oliveira, Marieta Severo, Reginaldo Faria, Andréa Beltrão, Leandra Leal, André Gonçalves, Arlindo Lopes Dudu Azevedo, André Pfefer, Eduardo Pires, Pierre Santos, Victor Hugo, Maria Mariana, Débora Falabella, Maria Flor e Fernanda Boechat.

Sinopse: retrata a trajetória do Cazuza e os principais momentos de sua vida. Desde o início do seu percurso profissional e criação artística em 1981 até a morte em 1990, aos 32 anos. As relações afetivas, as novas experiências, o temperamento instável e desafiador, sempre em busca de mais, o sucesso com a banda Barão Vermelho, a carreira solo, as músicas que falavam dos anseios de uma geração e a coragem de continuar a carreira, criando e se apresentando, mesmo debilitado pela Aids.
Curiosidade: para a escolha do ator para o papel de Cazuza, Sandra Werneck, desde o início, queria um desconhecido. Foram mais de 60 testes. Daniel de Oliveira usou lente de contato e teve que emagrecer 11 quilos.
Crítica: o filme aborda bem a vida de Cazuza, sem ocultar fatos, e, por isso mesmo, emociona. À admirável interpretação de Daniel de Oliveira, que vive Cazuza na fita, somam-se um roteiro de ótima qualidade e uma trilha sonora selecionadíssima.
Avaliação: ****

Read more...

segunda-feira, 14 de junho de 2004

Sob a Névoa da Guerra

Título original: The Fog of War
País: EUA
Ano: 2003
Gênero: Documentário
Duração: 95 min
Direção: Errol Morris
Elenco: -

Sinopse: documentário sobre Robert McNamara, secretário de Defesa dos Estados Unidos durante os governos Kennedy e Lyndon Johnson. Algum tempo depois, passou à presidência do Banco Mundial. McNamara testemunhou muitos dos acontecimentos cruciais do século XX: a arrasadora Depressão dos anos 30; a industrialização dos anos de guerra; a construção do B-29, a mais complexa máquina de guerra da história; seu envolvimento com a nova idéia de gerenciamento corporativo; e uma nova meritocracia americana. Ele foi também um idealista que viu seus sonhos e ideais terrivelmente arruinados pelo papel que desempenhou na história.

Crítica: McNamara, apesar das suas origens modestas, ocupou um dos mais altos cargos do poder público estadunidense e esteve no centro das mais profundas crises bélicas dos últimos anos, da Segunda Guerra Mundial à Guerra do Vietnã, passando pelas crises da Guerra Fria. No filme, além das revelações dos bastidores do poder, o que se vê é um perfil mais humilde e humano de McNamara, bem diferente da imagem de metódico e durão difundida pela imprensa ao longo dos anos.
Com uma montagem tradicional, intercalando imagens com depoimentos, o que chama a atenção no documentário é o seu conteúdo histórico de extrema importância e a constatação a que o espectador chega, perplexo, de quão perto o mundo esteve de uma guerra nuclear. O próprio McNamara revela que o que evitou a 3ª Guerra Mundial foi a sorte simplesmente: "A racionalidade não nos salva", diz.
Entre as imagens de arquivo, há trechos de gravações de reuniões secretas que aconteciam no Salão Oval da Casa Branca. Nelas, é possível ter uma idéia do clima de tensão em torno do mais dramático momento da Guerra Fria, a crise dos mísseis de Cuba, em 1962. Mas, no filme, o episódio ganha uma nova interpretação. Sai a versão em que John Kennedy e seu irmão Bob salvam o planeta de uma guerra nuclear com perícia política e entra em cena uma nova história envolvendo despreparo e falta de bom senso. Para embasar as declarações de McNamara, o filme traz inéditos fragmentos de conversas telefônicas gravadas entre o ex-secretário de Defesa e seus superiores na Casa Branca. Algumas das gravações utilizadas foram liberadas meses antes do longa entrar em fase de montagem.
McNamara fala também dos cinco meses que antecederam o lançamento das bombas atômicas que impuseram o fim à Segunda Guerra. Levanta profundos questionamentos sobre a participação moral dos Aliados na Segunda Guerra. ''O objetivo de ganhar uma guerra justifica uma nação ter ordenado o massacre de 100 mil civis em apenas uma noite?''
‘Sob a Névoa da Guerra’ é um importante e inquietante relato que nos leva à reflexão sobre a fragilidade das estruturas do poder e as incongruências da guerra.

Curiosidade: vencedor do Oscar de Melhor Documentário, em 2003.
Avaliação: ****

Read more...

quarta-feira, 9 de junho de 2004

Como se fosse a primeira vez

Título original: 50 First Dates
País: EUA
Ano: 2004
Gênero: Comédia, romance
Duração: 99 min
Elenco: Adam Sandler, Drew Barrymore, Rob Schneider, Sean Astin, Lusia Strus, Dan Aykroyd e Maya Rudolph.
Direção: Peter Segal

Sinopse: o simpático Henry Roth é um veterinário que mora do Havaí e que adora a companhia de mulheres solteiras em passeio à ilha. Entretanto, ele deixa sua vida de playboy de lado quando se apaixona por Lucy, que sofre de uma estranha doença: sofre de falta de memória de curto prazo, o que faz com que rapidamente se esqueça dele e de tudo o que ele faz com ela e por ela. Com isso Henry é obrigado a conquistá-la, dia após dia, para ficar ao seu lado.
Crítica: o filme é engraçadinho, com piadas boas, e serve como diversão num final de tarde. A melhor atuação é a Drew Barrymore. Só não se pode chamá-lo de criativo, já que é impossível não compará-lo ao longa “Feitiço do Tempo” (Groundhog Day, de Harold Ramis, 1993), estrelado por Bill Murray, em que a trama é praticamente a mesma.
Avaliação: **

Read more...

quarta-feira, 2 de junho de 2004

De Corpo e Alma

Título original: The Company
País: EUA
Ano: 2003
Gênero: Drama
Duração: 102 min
Elenco: Neve Campbell, Malcolm McDowell, James Franco, Barbara E. Robertson e William Dick.
Direção: Robert Altman

Sinopse: a história mostra as dúvidas e os problemas na vida de uma talentosa bailarina (Neve Campbell), após se tornar a estrela de uma companhia de balé, como também dos demais membros da companhia, cujas vidas profissional e pessoal estão muito ligadas. Um relato de como enfrentam as necessidades criadas pela entrega quase exclusiva ao balé.
Crítica: o filme, por ser voltado ao mundo da dança, pode agradar a um público menor, mais específico. No entanto, pode ser visto por todos. Não há uma grande trama. O longa transcorre naturalmente, mostrando o lado duro da vida profissional de bailarinos, a dedicação extrema levando o corpo ao limite, a negação de alguns prazeres em prol do trabalho e que o sucesso de cada um não depende tão somente do talento, mas do momento e do lugar que ocupam e de um “empurrãozinho” do diretor da companhia em que estão.
Curiosidade: Neve Campbell estudou com o Balé Nacional do Canadá, antes de embarcar na carreira de atriz. É a única intérprete a participar, no filme, ao lado da companhia Joffrey Ballet, de Chicago.
Avaliação: **

Read more...

Bilheterias Brasil - TOP 10

Seguidores

  © Blogger templates Newspaper III by Ourblogtemplates.com 2008

Back to TOP