sexta-feira, 26 de maio de 2006

Caché

Título original: Caché
País: França/Áustria
Ano: 2007
Gênero: Drama
Duração: 117 min
Direção: Michael Haneke
Elenco: Juliette Binoche, Daniel Auteuil, Maurice Bénichou, Annie Girardot, Lester Makedonsky, Walid Afkir, Daniel Duval, Nathalie Richard, Denis Podalydès, Aïssa Maïga, Caroline Baehr e Christian Benedetti.

Sinopse: um dia Georges (Daniel Auteuil) e sua esposa Anne (Juliette Binoche) recebem uma fita de vídeo com imagens de sua casa, que fora filmada por uma câmara instalada na rua. Depois disso começam a receber desenhos sinistros. Assustado, o casal tenta descobrir o autor daquelas misteriosas ameaças que perturbam a paz de sua família. Logo percebem que quem os persegue conhece mais sobre o seu passado do que eles poderiam esperar.
Crítica: Caché começa de maneira indecifrável. Mostra o plano fixo de uma fachada residencial de classe média. Minutos depois, a imagem é rebobinada. A perda de referências é instantânea, pois existe uma câmera misteriosa que recorta uma realidade qualquer sem ser a do filme, e não sabemos a origem desse recorte, muito menos o seu destino. O estranho é que nada, inicialmente, distingue essa imagem solta da outra utilizada para contar a história em si.
Estamos na França. Georges Laurent (Daniel Auteuil em excelente interpretação) é apresentador de um programa de televisão sobre literatura, enquanto sua esposa Anne (Juliette Binoche) trabalha numa editora. O quadro familiar se completa com o filho adolescente, Pierrot (Lester Makedonsky). O casal é culto e possui amigos interessantes que visitam a casa com freqüência. Essa vida normal e tranqüila é abalada justamente pelo recebimento contínuo de fitas de vídeo. No início, elas parecem apenas vigiar a entrada da residência dos Laurent, mas logo chegam acompanhadas de embrulhos desenhados que ressaltam o elemento sangue. Esse detalhe aterroriza Anne e o marido. Novas fitas são entregues. Georges reconhece lugares que dizem respeito à sua infância.
O poder da vigilância é aterrorizante. As imagens estão relacionadas com um passado de egoísmo e discriminação que foi, aparentemente, esquecido. O sentimento de culpa vem à tona. Além disso, as fitas acarretam conflitos familiares, revelando relações pouco transparentes entre o casal.
A partir daí, contar o filme seria estragar o elemento surpresa. Mas a história desenvolve-se muito bem, levantando questionamentos sobre racismo, preconceito e desigualdades sociais. Vale a pena assistir e tirar suas conclusões, sobretudo no final da trama, que é uma incógnita.
Avaliação: ***

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