A Lula e a Baleia
Título original: The Squid and the Whale
País: EUA
Ano: 2005
Gênero: Comédia, drama
Duração: 81 min
Direção: Noah Baumbach
Elenco: Jeff Daniels, Laura Linney, Jesse Eisenberg, Owen Kline, Halley Feiffer, Anna Paquin, William Baldwin e David Benger.
Sinopse: Brooklyn, 1986. Bernard Berkman (Jeff Daniels) já foi um romancista de grande sucesso, sendo que sua esposa Joan (Laura Linney) começa a despontar na área. Tanto Bernard quanto Joan já desistiram de seu casamento, com ambos deixando seus filhos, Walt (Jesse Eisenberg) e Frank (Owen Kline), à própria sorte. Para Walt esta situação serve como aprendizado e amadurecimento, mas para Frank trata-se de uma transição complicada pela qual será obrigado a passar.
Crítica: filmes que criticam em tom ácido a instituição familiar representam uma sólida tradição no cinema independente nos Estados Unidos. “A Lula e a Baleia” é um representante do gênero, porém com uma relevante diferença: o diretor escolheu, para explorar, não um núcleo familiar conservador e suburbano, como é de praxe, mas um casal de burgueses intelectuais de esquerda.
Um detalhe que faz toda a diferença, porque a maioria dos filmes independentes ataca o americano médio, aquele morador do subúrbio que é favorável à pena de morte, vota no Partido Republicano, apoiou a invasão ao Iraque. Já “A Lula e a Baleia” volta-se contra a parcela da população mais liberal e intelectualizada. É um grupo que freqüenta ou freqüentou uma universidade, critica a política externa de George W. Bush e se preocupa com os efeitos do aquecimento global.
É verdade que o cineasta foi sábio ao personalizar cada um dos quatro integrantes da família, de forma que o filme jamais assume estar atacando um grupo social inteiro. Ou seja, o longa não tem a pretensão de falar sobre todas as famílias; deseja contar a história de uma só, com foco explicitamente voltado para o devastador efeito que o divórcio litigioso de um casal, com insultos e chantagem emocional de parte a parte, tem sobre os filhos. Nesse sentido, a obra acerta em cheio seu propósito. É uma história tocante, especialmente se o espectador vem de um lar que guarde alguma semelhança com os personagens.
O enredo é autobiográfico, e isso é assumido pelo diretor, inclusive na ambientação da história: o começo dos anos 1980, quando Noah Baumbach era um adolescente mais ou menos da idade de Walt (Jesse Eisenberg), o filho mais velho.
“A Lula e a Baleia” é um filme de personagens, cujo maior mérito é revelar um diretor e roteirista com grande talento para trabalhá-los. Jeff Daniels e Laura Linney como os protagonistas estão em perfeita sintonia, assim como os dois garotos que integram a família. Vale a pena conferir.
Curiosidade: foi feito em somente 23 dias e com um orçamento de apenas US$ 1,5 milhão. Mesmo assim atraiu bons atores, como Jeff Daniels, mostrando uma faceta diametralmente oposta de sua verve cômica, mais conhecida por filmes como “Debi e Lóide” (1994).
Avaliação: ***
País: EUA
Ano: 2005
Gênero: Comédia, drama
Duração: 81 min
Direção: Noah Baumbach
Elenco: Jeff Daniels, Laura Linney, Jesse Eisenberg, Owen Kline, Halley Feiffer, Anna Paquin, William Baldwin e David Benger.
Sinopse: Brooklyn, 1986. Bernard Berkman (Jeff Daniels) já foi um romancista de grande sucesso, sendo que sua esposa Joan (Laura Linney) começa a despontar na área. Tanto Bernard quanto Joan já desistiram de seu casamento, com ambos deixando seus filhos, Walt (Jesse Eisenberg) e Frank (Owen Kline), à própria sorte. Para Walt esta situação serve como aprendizado e amadurecimento, mas para Frank trata-se de uma transição complicada pela qual será obrigado a passar.
Crítica: filmes que criticam em tom ácido a instituição familiar representam uma sólida tradição no cinema independente nos Estados Unidos. “A Lula e a Baleia” é um representante do gênero, porém com uma relevante diferença: o diretor escolheu, para explorar, não um núcleo familiar conservador e suburbano, como é de praxe, mas um casal de burgueses intelectuais de esquerda.
Um detalhe que faz toda a diferença, porque a maioria dos filmes independentes ataca o americano médio, aquele morador do subúrbio que é favorável à pena de morte, vota no Partido Republicano, apoiou a invasão ao Iraque. Já “A Lula e a Baleia” volta-se contra a parcela da população mais liberal e intelectualizada. É um grupo que freqüenta ou freqüentou uma universidade, critica a política externa de George W. Bush e se preocupa com os efeitos do aquecimento global.
É verdade que o cineasta foi sábio ao personalizar cada um dos quatro integrantes da família, de forma que o filme jamais assume estar atacando um grupo social inteiro. Ou seja, o longa não tem a pretensão de falar sobre todas as famílias; deseja contar a história de uma só, com foco explicitamente voltado para o devastador efeito que o divórcio litigioso de um casal, com insultos e chantagem emocional de parte a parte, tem sobre os filhos. Nesse sentido, a obra acerta em cheio seu propósito. É uma história tocante, especialmente se o espectador vem de um lar que guarde alguma semelhança com os personagens.
O enredo é autobiográfico, e isso é assumido pelo diretor, inclusive na ambientação da história: o começo dos anos 1980, quando Noah Baumbach era um adolescente mais ou menos da idade de Walt (Jesse Eisenberg), o filho mais velho.
“A Lula e a Baleia” é um filme de personagens, cujo maior mérito é revelar um diretor e roteirista com grande talento para trabalhá-los. Jeff Daniels e Laura Linney como os protagonistas estão em perfeita sintonia, assim como os dois garotos que integram a família. Vale a pena conferir.
Curiosidade: foi feito em somente 23 dias e com um orçamento de apenas US$ 1,5 milhão. Mesmo assim atraiu bons atores, como Jeff Daniels, mostrando uma faceta diametralmente oposta de sua verve cômica, mais conhecida por filmes como “Debi e Lóide” (1994).
Avaliação: ***
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