sábado, 30 de setembro de 2006

As Torres Gêmeas

Título original: World Trade Center
País: EUA
Ano: 2006
Gênero: Drama
Duração: 128 min
Direção: Oliver Stone
Elenco: Nicolas Cage, Michael Pena, Maggie Gyllenhaal, Maria Bello, William Mapother, Frank Whaley e Jon Bernthal.

Sinopse: o drama acompanha os policiais John McLoughlin (Nicolas Cage) e Will Jimeno (Michael Pena). Na manhã dos atentados de 11 de setembro, eles ficaram presos sob os escombros. Ao mesmo tempo em que mostra o drama vivido pela dupla em meio aos escombros, o filme também retrata a expectativa vivida pelos familiares cujos parentes estão desaparecidos, especialmente das esposas dos protagonistas, Donna McLoughlin (Maria Bello) e Allison Jimeno (Maggie Gyllenhaal).
Crítica: comovente, é feito sob medida para agradar aos norte-americanos, já que demonstra sua coragem e atitude sob as piores condições, apoiando-se em uma história verídica que aconteceu em 11 de setembro de 2001.
Há momentos bem dirigidos, mostrando um pouco os acontecimentos de fora e assim dando a sensação ao espectador (e para ele mesmo) de como teria acontecido se estivéssemos no lugar dos policiais e bombeiros que trabalhavam naquela manhã. Não há muito tempo para desenvolver personagens no início do filme, o que acaba por adiantar a cena-clímax, que foi o desabamento da primeira torre. Depois, por meio de flashbacks vamos conhecendo melhor as duas principais vítimas, os policiais John e Will. Esses flashbacks tentam humanizar os personagens e trazer algum apelo sensível ao longa, em meio a tanta destruição e desgraça, porém o excesso deles e a obviedade da situação acabam por prejudicar a película. Bastaria uma cena para demonstrar como era o relacionamento de John e Will com suas famílias, por exemplo.
Resultado: tudo torna-se excessivamente melodramático e piegas. Existem algumas cenas de gosto duvidoso e que interrompem a narrativa em vários momentos, como a aparição de Jesus Cristo para um dos soterrados. Aliás, muitos dos diálogos são simplesmente banais, mas nesse caso isso é bom, pois pessoas de verdade não declarariam odes a seu país sob tais circunstâncias. No máximo, redescobririam o amor pelas coisas simples e com o que realmente se importam na vida.
Como o filme não conseguiria sobreviver ao fato de ter somente cenas escuras sob os escombros, Stone optou por mostrar paralelamente a dor da dúvida sentida pelas esposas de ambos os policiais. Embora o conteúdo dessas situações seja naturalmente emocionante, elas também são (novamente) óbvias e previsíveis. O fato de sabermos desde o início o futuro de ambos os personagens, na realidade, fez tais cenas tornarem-se desnecessárias. Faltou conteúdo ao enredo.
A melhor parte é a técnica. Apesar de contar com alguns efeitos especiais medonhos (a fumaça sobre Manhatan ficou visualmente abominável), de forma geral a fotografia de Nova York ficou extraordinária.
Bom, dá para assistir, desde que sem muitas expectativas.
Avaliação: ***

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Menina Má.Com

Título original: Hardy Cand
País: EUA
Ano: 2005
Gênero: Drama, suspense
Duração: 104 min
Direção: David Slade
Elenco: Patrick Wilson, Ellen Page, Sandra Oh, Jennifer Holmes, Odessa Rae e Gilbert John.

Sinopse: Hayley Stark (Ellen Page) é uma adolescente, que está conversando em um café com Jeff Kohlver (Patrick Wilson), um homem que conheceu pela internet. Jeff é um fotógrafo em torno de 30 anos, o que não a impede de sugerir que ambos fossem à casa dele. Lá Hayley encontra uma garrafa de vodka e começa a preparar alguns drinks, sugerindo em seguida uma sessão de fotos em que ela faria um striptease. Jeff se empolga com a idéia, mas logo sua visão fica embaçada e ele desmaia. Ao acordar ele está amarrado em uma cadeira e descobre que Hayley tinha colocado algo em sua bebida. Hayley começa a vasculhar a casa de Jeff, decidida a encontrar algo que o ligue a Dona Mauer, uma adolescente desaparecida há semanas. Mas caso não encontre alguma prova nem ele queira confessar, Hayley está decidida a usar outros meios para conseguir a informação que deseja.
Crítica: uma estudante de 13 anos e um fotógrafo de 30. Ambos conhecem-se e vão para a casa dele. A princípio, pensa-se em pedofilia. Mas o suspense psicológico e psicótico surpreende e vira o jogo.
O filme prende a atenção do espectador pelo que está por vir e por cenas fortes de tortura, pelas quais Jeff (fotógrafo) passa. A intenção de Hayley é fazê-lo confessar que teve algum envolvimento com o desaparecimento de uma adolescente, ocorrida há algumas semanas.
Hayley tenta passar um ar de adolescente intelectual, através dos diálogos “cabeça”, mas não convence no papel.
O enredo acaba se perdendo, são poucos personagens e as tomadas de tortura são excessivas, o que acaba tornando o longa bastante enfadonho. O espectador esquece o propósito disso tudo que é descobrir a verdade sobre a tal adolescente desaparecida.
Destacáveis na história são as conversas pertubadoras do submundo da internet e os perigos que ela pode causar e, também, os movimentos de câmera utilizados pelo diretor. Mas, em geral, o filme é fraco.
Curiosidade: a inspiração para a trama veio de notícias que um dos produtores, David Higgins, leu sobre estudantes japonesas que estavam preparando ciladas para homens mais velhos que pretendiam encontrar meninas inocentes através da Internet.
A película foi rodada em apenas 18 dias.
Avaliação: **

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sexta-feira, 29 de setembro de 2006

Iluminados pelo Fogo

Título original: Iluminados por El Fuego
País: Argentina/Espanha
Ano: 2005
Gênero: Ação
Duração: 90 min
Direção: Tristan Bauer
Elenco: Gastón Pauls, Jon Lucas, Mario Chaparro, Tony Lestingi, Carlos Garmendia, Lautaro Delgado, Pablo Riva, César Albarracín, Hugo Carrizo, Virginia Innocenti, Juan Leyrado e Arturo Bonín.

Sinopse: iluminados pelo Fogo narra as lembranças de Esteban Leguizamón (Gastón Pauls), um homem de 40 anos que, em 1982, quando tinha apenas 18 anos, foi levado como soldado conscrito a combater nas Ilhas Malvinas. A partir da tentativa de suicídio de um de seus ex-companheiros, Esteban mergulha nas recordações dessa guerra que compartilhou com outros jovens recrutas: Vargas, o suicida, e Juan, morto em combate. Ali aparecem não só horrores próprios da guerra, o procedimento pelo frio, a fome e o duro tratamento dos próprios comandantes militares, como também as histórias de amizade e companheirismo.
Crítica: interessante e com uma mensagem forte. Mostra muitos aspectos vividos e desconhecidos do público em geral, como memória e identidade.
É necessário entender a mensagem que o diretor quer transmitir. Sem uma análise detalhada e um grau de conhecimento não é possível julgar o filme que, por ter uma narrativa mais lenta, pode não agradar a todos.
Avaliação: ***

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sábado, 23 de setembro de 2006

Café da Manhã em Plutão

Título original: Breakfast on Pluto
País: Irlanda/Reino Unido
Ano: 2005
Gênero: Comédia
Duração: 135 min
Direção: Neil Jordan
Elenco: Cillian Murphy, Liam Neeson, Stephen Rea, Brendan Gleeson, Gavin Friday, Laurence Kinlan e Ruth Negga.

Sinopse: Patrick "Pussy" Braden (Cillian Murphy) é travesti numa pequena cidade da Irlanda. Filho de um relacionamento entre uma doméstica e o padre local, depois de abandonado pela mãe Patrick foi criado por Ma Braden (Ruth McCabe), que não suporta seu jeito afeminado. Juntamente com seus amigos Charlie (Ruth Negga), Irwin (Laurence Kinlan) e Laurence (Seamus Reilly), Patrick decide sair de casa e partir em busca de sua mãe verdadeira. Uma adaptação da obra literária de Patrick McCabe.

Crítica: Neil Jordan costuma retratar personagens que precisam lutar a cada dia para provar quem são (basta assistir aos seus trabalhos anteriores: “Traídos pelo Desejo” e “Entrevista com o Vampiro”). Sua preferência é pelos marginalizados. Então, em suas obras, ele tenta quebrar valores arcaicos e construir sua crítica social, sempre pautada por altas doses de humor, mesmo em seqüências que normalmente fariam o espectador sentir um nó na garganta. A violência é combatida com ironia. Em sua narrativa encontramos milagres, imaginação e beleza.
Por mais pesado que o tema possa parecer, o diretor consegue suavizá-lo com elementos de fantasia e o resultado é excelente: uma trama que flui bem e passa a sua mensagem. Claro que isso não seria possível sem a perfeita interpretação de Cillian Murphy, merecedora de indicação ao Oscar.
Um roteiro sensível, inteligente e divertido. E o clima dos anos 70 é embalado pela ótima e deliciosa trilha sonora da década. Uma pequena obra-prima. Recomendo!

Avaliação: ****

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O Diabo Veste Prada

Título original: The Devil Wears Prada
País: EUA
Ano: 2006
Gênero: Comédia
Duração: 109 min
Direção: David Frankel
Elenco: Meryl Streep, Anne Hathaway, Emily Blunt, Stanley Tucci, Adrian Grenier, Tracie Thoms, Rich Sommer, Simon Baker, Daniel Sunjata, Jimena Hoyos, Rebecca Mader, Tibor Feldman, Stephanie Szostak, David Marshall Grant, James Naughton, Gisele Bundchen, Heidi Klum e Valentino Garavani.

Sinopse: Andrea Sachs (Anne Hathaway) é uma jovem jornalista que conseguiu um emprego na Runaway Magazine, a mais importante revista de moda de Nova York. Ela passa a trabalhar como assistente de Miranda Priestly (Meryl Streep), principal executiva da revista. Apesar da chance que muitos sonhariam em conseguir, logo Andrea nota que trabalhar com Miranda não é tão simples assim.
Crítica: a ética e os princípios são esquecidos neste ambiente, devido ao desejo incessante do reconhecimento profissional. O filme revela também do que as pessoas são capazes para se enquadrar no padrão estereotipado de beleza e na competitiva relação de trabalho. Mostra as perspectivas de quem vive dentro e fora desse mundo. Mery Streep está divina como Miranda, uma editora poderosíssima de uma revista de moda. Temida e admirada ao mesmo tempo, altamente exigente, ditadora e centralizadora. Nunca agradece, nunca reconhece, acredita que as pessoas que trabalham com ela devem adivinhar seus próximos passos. Enfim, o filme (muito bem conduzido) é uma ótima sátira às grandes corporações da indústria da moda. Apesar de algumas previsibilidades, vale a pena assistir.
Avaliação: ***

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terça-feira, 19 de setembro de 2006

Nordeste

Título original: Nordeste
País: Argentina/França
Ano: 2005
Gênero: Drama
Duração: ?? min
Direção: Juan Diego Solanas
Elenco: Carole Bouquet, Aymará Rovera, Mercedes Sampietro, Ignacio Jiménez, Emílio Bardi, Juan Pablo Domenech, Jorge Román e Rodrigo Alejandro Hornos.

Sinopse: duas vidas paralelas que se cruzam: uma quarentona francesa solteirona que vai à América do Sul adotar uma criança, e uma humilde argentina do interior que não consegue sustentar a filha.

Crítica: com uma mensagem crítica, ainda que leve, o filme revela os horrores do Terceiro Mundo desvendados pelos olhos de Carole Bouquet, que vive a francesa.
O início da trama é lento, ganhando mais ritmo do meio para o final. A história é envolvente, mas não melodramática. Peca pela previsibilidade.
A fotografia é impecável e os atores são profundos em suas interpretações, como exige o contexto.

Avaliação: **

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sexta-feira, 15 de setembro de 2006

Xeque-Mate

Título original: Lucky Number Slevin
País: EUA
Ano: 2006
Gênero: Policial, suspense
Duração: 109 min
Direção: Paul McGuigan
Elenco: Josh Hartnett, Morgan Freeman, Lucy Liu, Kevin Chamberlin, Janet Lane, John Ghaly, Ben Kingsley, Scott Gibson, Michael Rubenfeld, Peter Outerbridge, Stanley Tucci, Sam Jaeger, Kevin Chamberlin, Dorian Missick, Mykelti Williamson e Danny Aiello.

Sinopse: Slevin Kelevra (Josh Hartnett) está com vários problemas em sua vida. O prédio onde mora foi condenado, sua carteira de identidade foi roubada e ele, recentemente, flagrou sua namorada na cama com outro homem. Para escapar ao menos por algum tempo dos problemas, ele consegue emprestado com seu amigo Nick Fisher (Sam Jaeger) um apartamento em Nova York. Paralelamente, um plano está sendo tramado no submundo do crime de Nova York. Para se vingar da morte de seu filho, o Chefe (Morgan Freeman) planeja um golpe no filho de seu arquiinimigo, o Rabino (Ben Kingsley). O Chefe contrata Goodkat (Bruce Willis) para executar o plano, que consiste em encontrar um apostador que deva muito dinheiro ao Chefe a ponto de aceitar matar o filho do Rabino para se livrar da dívida. O escolhido é Nick Fisher, o que faz com que Goodkat vá até seu apartamento e confunda Slevin com seu alvo.
Crítica: um enredo intrigante e uma história eletrizante. Cenas bem feitas e acontecimentos em perfeita conexão.
O elenco é repleto de astros. E o final da trama é uma grande surpresa.
Um excelente suspense!
Avaliação: ****

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sábado, 9 de setembro de 2006

A Pequena Jerusalém

Título original: La Petite Jérusalem
País: França
Ano: 2005
Gênero: Drama
Duração: 94 min
Direção: Karin Albou
Elenco: Fanny Valette, Elsa Zylberstein, Bruno Todeschini, Hedi Tillette e Aurore Clément.

Sinopse: no subúrbio de Paris habitado por imigrantes judeus do norte da África conhecido como "Pequena Jerusalém”, a jovem judia Laura (Fanny Valette) se apaixona por rapaz muçulmano. Com ela vivem sua irmã mais velha, que estuda as leis hebraicas para satisfazer os desejos do marido religioso, e a avó supersticiosa.
Crítica: drama modesto e sério sobre os conflitos entre a modernidade e a religião no quadro do choque de culturas da França atual.
A jovem Laura é de família judia ortodoxa e estuda filosofia em Paris, mirando-se no exemplo de Immanuel Kant. Mas tem problemas com o fato de morar no bairro judaico da periferia de Paris e sente-se atraída por um árabe de Tunísia, em situação ilegal na França. A obsessão sexual a deixa desorientada. Corre paralelamente a história de sua irmã mais velha, que não consegue ter prazer sexual por seguir rigorosamente as leis da religião, mas que muda ao ouvir os ensinamentos de uma orientadora religiosa para evitar que o marido seja infiel.
A crise da heroína não parece convincente porque, a princípio, o filme a havia marcado como uma estudiosa e informada filósofa – capaz, portanto, de racionalizar e entender o processo pelo qual está passando.
De qualquer forma, o longa dá uma visão interessante, sem forçar polêmicas, de um problema real e mais contemporâneo do que se imagina. Tudo mostrado com simplicidade, boa fotografia e até talento. Fanny Valette, que vive a protagonista, foi indicada aos Césars (o Oscar francês) de longas, como estreante e revelação.

Avaliação: **

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