Roman J. Israel, Esq.
País: EUA
Ano:
2017
Gênero: Drama
Duração: 129
min
Direção: Dan
Gilroy
Elenco: Elenco:
Denzel Washington, Colin Farrell e Carmen Ejogo.
Sinopse: Roman J. Israel (Denzel Washington) é um
advogado determinado e honesto, que sofre psicologicamente por sempre ver os outros
ganharem crédito por seu bom trabalho. Depois que um dos sócios de uma grande
firma morre, ele é convidado a assumir a direção no lugar do executivo. O que
ele não imaginava é que descobriria um esquema dos mais sujos nos bastidores do
poder - e que, caso ele não tome medidas ostensivas, os danos serão
irreversíveis.
Crítica: Denzel Washington interpreta
ROMAN J. ISRAEL, ESQ., um advogado conservador, purista e altamente voltado à
defesa dos direitos civis. Uma figura complexa, fiel aos seus valores, que se
vê abalado com a morte do seu chefe.
A princípio, afastado de
suas funções, por não passar credibilidade, seja pela aparência, pelo modo como
se expressa ou pela maneira como trabalha (ele faz tudo manualmente, sem uso do
computador, por exemplo), acaba chamando a atenção de George Pierce (Colin
Farrell) que o convida para trabalhar em sua grande empresa de advocacia. Roman
nega, resiste, justamente por acreditar nos seus ideais, mas acaba aceitando
por questões financeiras.
O ponto alto do filme está
na abordagem da visão moral e ética da vida. Até mesmo Roman sofre uma ruptura
com sua forma de agir e pensar por se frustrar com um sistema que não concede
justiça a todos, que apresenta falhas e que só privilegia uma pequena parcela.
Seus argumentos como advogado são mito em colocados, mas ninguém parece
ouvi-lo. O único motivador dos advogados em suas causas é o dinheiro e/ou a
fama.
A mudança em seu personagem
é abrupta e muito bem encenada por Denzel Washington. Ele se vê refém da
própria armadilha da sociedade. Cede, erra, se corrompe com o que ele mais
pregava contra.
Os diálogos, nem sempre,
ajudam na narrativa do filme, que poderia ter sido mais direto para se
aproximar mais do espectador.
A melhor performance do
ator protagonista merecia uma direção melhor, mais alinhada, para que fizesse
jus à concorrência ao Oscar.
Ainda assim, louvável o
conjunto da obra, com sua crítica veemente a um sistema jurídico, muitas vezes,
falho, errôneo e defasado.
A pasta pesada que carrega
durante toda o filme, tem um tesouro, só descoberto posteriormente.
Avaliação: ***
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