Abacus: Pequeno o Bastante para Condenar
País: EUA
Ano:
2017
Gênero: Documentário
Duração: 90
min
Direção: Steve
James
Elenco: -
Sinopse: após a crise financeira das hipotecas que
assolou os Estados Unidos em 2008, apenas uma única empresa foi indiciada pelo
ocorrido, o banco Abacus, uma pequena e familiar instituição financeira
localizada em Manhattan. A empresa é coordenada pela família Sung, composta por
imigrantes chineses que, durante os cinco anos de processo, lutaram pela
integridade do banco com o apoio da comunidade chinesa residente de Chinatown.
Crítica: o documentário aborda o caso verdadeiro do
único banco indiciado criminalmente por fraude hipotecária nos EUA em
decorrência da implosão do sistema financeiro em 2008. O assunto gerou outros
filmes, como “Trabalho Interno”, que levou o Oscar de Melhor Documentário em
2011.
A grande premissa aqui é
mostrar como e porque Abacus, um banco fundado há mais de 30 anos pelo
imigrante chinês Thomas Sung e comandado por ele e suas filhas, especializado
em empréstimos para a comunidade chinesa em Nova York, historicamente informal
e baseada em usos e costumes arraigados e herdados de seu país natal, foi o
único banco indiciado criminalmente por fraude hipotecária nos EUA.
E mais: durante o
julgamento, foram algemados para comparecerem perante um tribunal. Um completo
disparate.
Autoridades negam que tenha
havido preconceito, mas é difícil acreditar.
O documentário segue até a
absolvição da família depois de uma longa e árdua investigação. Uma pena é o
diretor ter sido tão parcial, visivelmente pró-família Sung.
No mundo bancário mundial,
sabemos que os bancos estão longe de serem entidades corretas, honestas e longe
de qualquer suspeita.
No entanto, vale a denúncia
de que é totalmente injusto culpar apenas um único banco, ainda mais sendo
pequeno, familiar e voltado para uma comunidade específica.
A família foi massacrada
pelas entidades jurídicas americanas e, claro, reconhecer que erraram é uma
tarefa mais complicada. Nesse caso, um mero pedido de desculpas não resolve.
Espanta-nos ver a
serenidade do patriarca, calmo e nunca desesperado. Quase certo de que ia
mesmo, ao final, conseguiria a absolvição.
Avaliação: ***
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