Severina
País: Brasil/Uruguai
Ano:
2016
Gênero: Drama
Duração: 103
min
Direção: Felipe
Hirsch
Elenco:
Javier Drolas, Carla Quevedo e Alfredo Castro.
Sinopse: dono de livraria (Javier Drolas) se encanta
com uma mulher (Carla Quevedo) que visita sua loja e volta dia após dia para
cometer furtos. Inicialmente ele não reage, mas numa das vezes, mais
interessado em puxar conversa do que recuperar o prejuízo, ele a encurrala. Ela
passa então a pegar livros em outros estabelecimentos, porém ele não está
disposto a se libertar da misteriosa obsessão.
Crítica: a princípio, o enredo da
história parece-nos que será previsível, mas com o passar das cenas, a trama
mostra suas várias facetas, seus personagens tomam rumos inimagináveis e temos,
então, uma narrativa original.
Não há como prever o
caminho a seguir de cada personagem. Todos movidos por alguma grande paixão e,
por isso, mesmo imprevisíveis em seus atos.
Javier, um livreiro,
melancólico e aspirante a escritor, tem sua vida completamente virada para o ar
com a aparição de uma enigmática mulher que rouba livros em sua livraria e em
muitas outras também. Ele mergulha numa relação em que é o único a se doar e
perdoar. Severina, cujo nome só é revelado ao final do filme, é instável,
infiel, folgada e, por vezes, desrespeitosa com Javier.
Ela vira sua obsessão. O
humor é um grande aliado que traz, além do romance, cultura literária e
discussões sobre a tecnologia que consome os livros “em papel”.
No entanto, a falha maior
do filme está na escolha da atriz. Ela retrata Severina como uma pessoa
infantil que não condiz com a trama e destoa do propósito.
Ainda assim, a
originalidade com que se conduz o enredo (com lirismo, poesia, romance e
suspense) é o grande atrativo da película.
Avaliação: ***
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