Árvores Vermelhas (Red Trees)
País: Brasil/Reino
Unido/EUA
Ano:
2017
Gênero: Documentário
Duração: 87
min
Direção: Marina
Willer
Elenco:
Tim Pigott-Smith
Sinopse: a família Willer está entre as únicas doze,
judaicas e checas, que conseguiu sobreviver ao holocausto. Alfred Miller e seu
pai emigraram para o Brasil durante a Segunda Guerra Mundial quando sua cidade
natal, Praga, na República Checa, foi invadida e devastada pelos nazistas. No
Brasil, Alfred se casou e formou uma família, além de se consagrar como um
grande arquiteto.
Crítica: o documentário, dirigido por Marina Willer,
parte das memórias de seu pai que presenciou os horrores do Holocausto e da
Segunda Guerra Mundial. À época ele tinha 14 anos.
Memórias narradas e
contadas por meio de alguns depoimentos de Alfred, fotos e imagens de arquivo,
de forma nostálgica, mas nunca melodramática. Ele conta que seu pai Vilem
Willer, por ser um dos inventores da fórmula para a produção do ácido cítrico
em escala industrial e por ter se casado com uma não judia, foram
acontecimentos que contribuíram para a sobrevivência deles. A avó dele, por
exemplo, morreu no campo de concentração de Theresienstadt (de febre tifoide).
Tantos anos se passaram até
que as lembranças desse passado abruptamente interrompido pela guerra pudessem
ser traduzidas em palavras.
Amigos e parentes se foram.
Na década de 1930, o território da atual República Checa contava pouco mais de
300 mil judeus. Ao final da Segunda Guerra Mundial, restavam ali 12 famílias
judias. Entre elas, os Willer.
A família de origem
austríaca, alemã e tcheca, por fim, migra ao Brasil em 1947. Aqui são
imigrantes como tantos são em diversos momentos da vida.
O Brasil – país da grande
mistura de cores, raças, religiões e culturas – parecia para eles perfeito,
depois de terem visto tantos horrores.
Alfred tornou-se arquiteto,
assim como um de seus filhos. Sua outra filha é designer. Ele ensina aos netos
a importância da aceitação e de seguir sempre adiante.
Um filme belo e sensível,
com bom domínio de edição e de conteúdo.
Avaliação: ****
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