Desobediência (Disobedience)

País: EUA

Ano: 2017

Gênero: Drama

Duração: 114 min

Direção: Sebastián Lelio

Elenco: Rachel Weisz, Rachel McAdams, Alessandro Nivola e Anton Lesser.

Sinopse: Ronit (Rachel Weisz) precisa voltar para sua cidade natal após a morte de seu pai distante - um rabino. Mas ela causa um rebuliço no pacato local ao recordar uma paixão proibida pela melhor amiga de infância, que atualmente é casada com seu primo.

Crítica: o diretor chileno Sebastián Lelio, que ganhou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro 2018 com “Uma Mulher Fantástica”, comprova novamente seu talento com “Desobediência”, onde aborda segredos guardados e desejos assumidos, a forte influência da família e o peso das tradições religiosas.

Aqui, o contexto inclui a religião judaica ortodoxa. Baseado no livro homônimo de Naomi Alderman, a trama se centra em três protagonistas: Ronit (Rachel Weisz), filha do rabino e mentor espiritual que acaba de falecer, Esti (Rachel McAdams) e Dovid (Alessandro Nivola. Amigos e unidos da infância, acabam se afastando depois. Na adolescência, Ronit e Esti tiveram um caso, o que chocou a comunidade judaica. Ronit, então, vai embora para Nova York. Hoje, ao voltar para o enterro do pai, ela se depara com Esti e Dovid casados.

Esti acreditou que assim se “curaria”. Afinal, na comunidade, todos se casam, tem filhos e isso é a felicidade. Nada mais precisa ser desejável.

A chegada de Ronit abala tudo o que parecia estável e controlado.

Os olhares, os diálogos e as contestações (repletos de preconceitos, moralismos e ideias concebidas) dizem bastante sobre os personagens.

Um filme que, sem dúvida, examina os sentimentos reprimidos e o mal que eles podem fazer.

A aproximação entre Ronit e Esti ocorre, mas sem apelações ou excessos. Tudo sutil, sincero e muito emotivo.

Avaliação: ***