Marshall
País: EUA
Ano: 2017
Gênero: Biografia,
Drama
Duração: 118
min
Elenco: Chadwick
Boseman, Josh Gad, Sterling K. Brown, Kate Hudson e Dan Stevens.
Sinopse: antes de se tornar o primeiro juiz
afro-descendente da Corte Suprema Americana, Thurgood Marshall (Chadwick
Boseman) deve lutar num caso pode definir sua carreira: defender Josepho Spell
(Sterling K. Brown), um homem negro que está sendo acusado de atacar uma
socialite branca em seu quarto, mas que jura não ser o culpado do crime.
Crítica: Marshall é, inegavelmente, um filme de
tribunal. Apesar de contar uma história inédita, segue uma receita antiga no
cinema para atrair a atenção do espectador: a bela disputa de palavras e
argumentos no tribunal.
Thurgood Marshall (Chadwick
Boseman) foi um advogado ativista da NAACP (Associação Nacional para o Avanço
das Pessoas de Cor) e que se tornaria o primeiro negro ministro da Suprema
Corte dos Estados Unidos, cargo que assumiu em 1967, deixando-o em 1991, em
razão de problemas de saúde.
Ele conseguiu levar 32
casos até a Suprema Corte, tendo obtido 29 vitórias e, portanto, perdido,
somente três causas, sempre relacionadas à igualdade de tratamento em razão de
raça. Foi substancialmente por causa de Marshall que, por exemplo, as
universidades americanas foram obrigadas a integrar negros ao seu corpo
discente, os partidos políticos foram impedidos de criar “primárias brancas” e
as cláusulas segregacionistas em contratos de aquisição de imóveis foram
consideradas ilegais. Podemos afirmar que o movimento dos direitos civis não
teria metade de seu impacto não fossem as sucessivas vitórias de Marshall que
sedimentaram a igualdade jurídica entre negros e brancos.
Mas o longa opta por contar
um caso menor, o de Josepho Spell (Sterling K. Brown), acusado de ter estuprado
sua patroa, Eleanor Strubing (Kate Hudson). Talvez pelo fato de que nesse caso Marshall
foi proibido de falar no tribunal pelo Juiz, o que o obrigou a colocar, como
advogado principal, o judeu Sam Friedman, adicionando um elemento dramático
extra que é explorado pelo roteiro, considerando que o filme se passa em 1940,
na eclosão da Segunda Guerra. O preconceito racial é bem explorado na trama.
Aliás, o personagem de
Friedman (Josh Gad) cresce e tem uma reviravolta na história, assim como a
revelação que trará a verdade sobre o caso envolvendo Spell e a Srª Strubing.
O filme é importante por
trazer para nosso conhecimento a existência e a importância de sua trajetória
no movimento dos direitos civis dos afro-americanos (que, inclusive, recebeu
uma carta de Martin Luther King Jr. parabenizando-o por seu trabalho) e até
poderia ter contado mais ainda desse grande juiz, no entanto deixa um pouco a
desejar com as performances do elenco.
Avaliação: ***
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