País: EUA
Ano: 2016
Gênero: Drama
Duração: 133
min
Direção: John
Madden
Elenco: Jessica
Chastain, Mark Strong, Sam Waterston, Gugu Mbatha-Raw, Alison Pill, John
Lithgow, Jake Lacy e Michael Stuhlbarg.
Sinopse: Elizabeth Sloane (Jessica Chastain) é uma das
lobistas mais poderosas dos Estados Unidos, conhecida por usar uma série de
estratégias ilegais para atingir os seus objetivos. Um dia, é abordada para
apoiar a bancada mais poderosa do congresso americano: os senadores pró-armas.
Contrária à ideia, ela pede demissão e passa a trabalhar para o lado oposto, na
intenção de conseguir leis mais rígidas para o porte de armas. Sloane começa a
sofrer uma série de ameças pessoais e profissionais, e começa a questionar os
seus limites dentro desta profissão.
Crítica: o filme tem como foco retratar a política
norte-americana, destacando escândalos de corrupção, conflitos de interesses e
outros crimes.
A protagonista da trama é
Sloane (Jessica Chastain), uma mulher fria, obcecada por vencer, ambiciosa, sem
família e amigos ou qualquer tipo de relacionamento. Vive para o trabalho e
adora desafios. Nesse contexto, ela larga o emprego que tem como “lobista” e
vai trabalhar com o opositor, numa posição exatamente contrária ao projeto para
o qual seria inicialmente contratada: angariar votos femininos para a liberação
do uso/compra de armas. Assunto este bastante polêmico nos Estados Unidos.
Ela usa todo a sua
expertise, sua influência e determinação para obter exatamente o contrário: o
apoio político e o voto da maioria dos senadores para irem contra o armamento
descontrolado.
Para conseguir o que quer,
ela não poupa nada nem ninguém. Tal posicionamento nos leva a reflexões:
Devemos torcer pela lobista que usa meios questionáveis para atingir fins
nobres? É perdoável adotar técnicas corruptas para um objetivo pacifista como o
maior controle de armas? O que é moral e o que é amoral?
O retrato pessimista
adquire um significado particular na era Donald Trump. Funciona como uma
afirmação da descrença na política, quando as abstenções ao voto atingem
índices recordes e as populações votam cada vez mais em figuras que se vendem
como “apolíticas” ou “diferentes dos políticos” – ainda que não o sejam.
Apesar do conteúdo
promissor, as atuações são fracas e o texto, por diversas vezes, forçado, como
se quisesse dar à narrativa um tom mais intelectual, o que é totalmente
desnecessário. O efeito, aliás, é o inverso: o expectador não se “apega” à
história.
Avaliação: **
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