Ford vs. Ferrari (Ford v. Ferrari)
País: EUA
Ano: 2019
Gênero: Biografia
Duração: 153
min
Direção: James
Mangold
Elenco: Matt Damon,
Christian Bale e Caitriona Balfe.
Sinopse: durante a década de 1960, a Ford resolve
entrar no ramo das corridas automobilísticas de forma que a empresa ganhe o
prestígio e o glamour da concorrente Ferrari, campeoníssima em várias corridas.
Para tanto, contrata o ex-piloto Carroll Shelby (Matt Damon) para chefiar a
empreitada. Por mais que tenha carta branca para montar sua equipe, incluindo o
piloto e engenheiro Ken Miles (Christian Bale), Shelby enfrenta problemas com a
diretoria da Ford, especialmente pela mentalidade mais voltada para os negócios
e a imagem da empresa do que propriamente em relação ao aspecto esportivo.
Crítica: "Ford vs Ferrari" é um filme competente sobre a
paixão em torno das corridas automobilísticas, que nos apresenta os bastidores
do automobilismo. É aí que nos surpreende.
Ford e Ferrari são empresas
icônicas: a primeira por ser a pioneira na produção de carros em série, a
segunda pelo prestígio decorrente das inúmeras corridas que participou (e
venceu). Ambas são líderes em suas respectivas áreas, mas precisam ir além -
este é sempre o mantra no mundo dos negócios. Tanto a Ferrari necessita de
investimento, quando a Ford ambiciona o glamour e sex appeal da concorrente.
É a partir deste esforço em
ampliar a percepção de sua marca que nasce a empreitada que resulta na criação
de uma nova equipe de corrida, comandada por Carroll Shelby (Matt Damon,
coerente entre a empolgação e dedicação junto à equipe e o lado contido perante
os dirigentes). Mas o roteiro ousado nos revela o contraste existente entre
indústria e esporte, assumindo uma posição muito clara: a de quem trabalha na
equipe.
Ou seja, abusos
corporativos, interesses conflitantes, ações de marketing para venda e falta de
ética e valores humanos são a realidade, infelizmente.
A trama é interessante
nesse aspecto, mas não emociona o suficiente para manter a atenção do
espectador em duas e horas e meia de filme. Um pouco cansativo e até falho em
algumas atuações (sem maiores destaques). Christian Bale, por exemplo, já esteve
melhor. O documentário com o mesmo título é melhor e mais real, sem os floreios
para incremento de audiência.
Avaliação: **