Corpus Christi
País: Polônia
Ano: 2019
Gênero: Drama
Duração: 118 min
Direção: Jan Komasa
Elenco: Eliza Rycembel, Aleksandra Konieczna e Tomasz Zietek.
Sinopse: Daniel (Bartosz Bielenia) é um rapaz de 20 anos que experimenta uma transformação espiritual enquanto vive em um Centro de Detenção para Jovens. Ele quer se tornar padre, mas isso é impossível por causa de sua ficha criminal. Quando é enviado para trabalhar na oficina de um carpinteiro em uma cidade pequena, na chegada, ele se veste de padre e acidentalmente assume a paróquia local. A chegada do jovem e carismático pregador é uma oportunidade para a comunidade local iniciar o processo de cura após uma tragédia que aconteceu na região.
Crítica: representante da Polônia na corrida pelo Oscar, o terceiro longa-metragem dirigido por Jan Komasa, saiu vencedor do Festival de Veneza 2019 no prêmio chamado Edipo Re Award.
A temática exploratória dos dogmas e mandamentos relacionados aos sacerdotes da Igreja Católica tem similaridade com outro filme, “Fé Corrompida”, de Paul Schrader.
Baseado em fatos reais, a trama nos apresenta Daniel (Bartosz Bielenia), um detento rebelde que tem uma vida marcada por atos nada nobres (envolvendo crimes de violência física e sexual) no internato em que vive e que, por acaso, acaba sendo confundido com um padre novato que a pequena cidade aguardava.
A princípio assustado, logo começa a pensar que “aquela porta aberta” pode ser sua oportunidade de redenção. Sua homilia ousada, seu jeito de falar – fora da convicções “normais” da igreja – atraem as pessoas.
A história é muito bem contada e a atuação de Bartosz Bielenia com seu olhar hipnotizador e sua incrível expressão corporal é triunfante.
A trama guarda um segredo sobre um acidente com jovens que atiçará a curiosidade de Daniel revelando o quanto uma sociedade pode ser hipócrita. É quando ele se dá conta de que sua redenção não vale nada.
O suspense dá mais força ainda ao filme, ainda que o seu final decepcione um pouco.
Avaliação: ***
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