domingo, 19 de abril de 2020

Sérgio

País: EUA
Ano: 2020
Gênero: Drama
Duração: 118 min
Direção: Greg Barker
Elenco: Wagner Moura, Ana de Armas, Brían F. O'Byrne e Garret Dillahunt.

Sinopse: Baseado no livro "O homem que queria salvar o mundo", de Samantha Power, e produzido pela Netflix, Sergio relata a biografia de Sergio Vieira de Mello (Wagner Moura), diplomata brasileiro das Nações Unidas que morreu em Bagdá, em 2003, durante um bombardeio à sede da ONU local.

Crítica: o aguardado filme sobre o diplomata Sérgio Vieira de Mello não fez juz ao seu legado.
Pouco se mostra sobre o lado político de suas ações. “Sérgio” (como ele gostava de ser chamado) atuou como negociador da ONU atuou em alguns dos principais conflitos mundiais - Bangladesh, Camboja, Líbano, Bósnia e Herzegovina, Kosovo, Ruanda e Timor-Leste.
O secretário-geral da ONU à época, Kofi Annan, afirmava que Vieira de Mello era "a pessoa certa para resolver qualquer problema". Foi o primeiro brasileiro a atingir o alto escalão da ONU. Foi funcionário da Organização das Nações Unidas (ONU) durante 34 anos e Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos a partir de 2002.
Mas o roteiro tacanho foca boa parte da trama no romance com a argentina Carolina Larriera (Ana de Armas), com quem ele planejava iniciar vida nova no Rio de Janeiro após a missão no Iraque, e no atentado que levou à sua morte.
Sérgio Vieira de Mello (doutorando em Filosofia pela Universidade Sorbonne, em Paris) não era apenas uma estrela da diplomacia internacional, como era também o mais próximo que se pode ter de uma unanimidade – bonito, acessível, carismático, admirado e capaz de atrair para o diálogo até os atores políticos mais inacessíveis. Conquistava pelo trato fácil, mas mantinha-se firme em seus princípios que norteavam suas ações em campo, várias das quais se tornaram célebres.
Lamentavelmente, nem de longe o longa mostra sua importância no cenário mundial. O enfoque deveria ter sido seu modelo de atuação, por sua firme defesa dos princípios da independência e da imparcialidade. E a atuação de Wagner Moura também é falha, não convencendo (em nenhum momento) como o diplomata ilustre, admirado, resoluto em suas decisões.
Em maio de 2003, foi enviado como representante oficial do Secretário-geral das Nações Unidas para o Iraque, país que estava mergulhado em um sangrento conflito. Em julho daquele ano, Sérgio fez parte de uma equipe que vistoriou a Prisão de Abu Ghraib antes do local ser reformado.
Foi na capital iraquiana, Bagdá, que acabou sendo morto em 2003 durante o ataque suicida ao Hotel Canal, com a explosão provocada por um caminhão-bomba. O hotel era usado como sede da ONU em Bagdá havia mais de uma década. Além dos 22 mortos, cerca de 150 pessoas ficaram feridas no ataque - o mais violento realizado contra uma missão civil das Nações Unidas até então. Abu Musab al-Zarqawi, chefe da organização terrorista Al Qaeda, assumiu a responsabilidade pelo atentado.
Com flashbacks intermináveis, o filme é melodramático. O resultado é ruim que, ao invés de atrair o público para saber mais sobre quem foi essa figura ilustre, vai se perguntar “por que” fizeram um filme sobre ele? “Qual a importância dele” para o cenário mundial?
Uma boca dica para descobrir quem foi Sérgio e conhecer o seu trabalho de verdade é ler a biografia: “O Homem Que Queria Salvar o Mundo”, de Samantha Power.

Avaliação: **

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