sexta-feira, 14 de maio de 2004

Adeus, Lênin!

Título original: Good Bye, Lenin!
País: Alemanha
Ano: 2003
Gênero: Comédia
Duração: 121 min
Direção: Wolf Gang Becker
Elenco: Daniel Brühl, Katrin Sab, Maria Simon, Chulpan Khamatova, Florian Lukas, Alexander Beyer, Burghart Klaubner e Michael Gwisdek.

Sinopse: em 1989, pouco antes da queda do muro de Berlim, a Sra. Kerner (Katrin Sab) passa mal, entra em coma e fica desacordada durante os dias que marcaram o triunfo do regime capitalista. Quando ela desperta, em meados de 1990, sua cidade, Berlim Oriental, está sensivelmente modificada. Seu filho Alexander (Daniel Brühl), temendo que a excitação causada pelas drásticas mudanças possa lhe prejudicar a saúde, decide esconder-lhe os acontecimentos, transformando o apartamento da família numa ilha do passado, um tipo de museu socialista, onde sua mãe é carinhosamente levada a acreditar que nada mudou. O que começa como uma simples mentirinha, transforma-se numa enorme farsa, enquanto a irmã de Alex e alguns vizinhos são recrutados para manter a pretensa situação e fazem-na acreditar que, no fim, Lênin realmente venceu!
Crítica: uma das mais felizardas produções do cinema alemão, abordando a entrada do capitalismo no antigo Bloco Vermelho e opiniões divergentes quanto a essa nova realidades. E tudo isso de forma bem descontraída. Ao mesmo tempo, diverte e informa sobre as ideologias políticas e as estratégias de tomada do poder. Longe de ser um filme doutrinário, mostra sempre os dois lados da moeda. Daniel Brühl está brilhante no papel. Imperdível!!!
Avaliação: ****

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domingo, 9 de maio de 2004

Diários de Motocicleta

Título original: The Motorcycle Diaries
País: EUA
Ano: 2004
Gênero: Drama
Duração: 128 min
Elenco: Gael García Bernal, Susana Lanteri, Mía Maestro, Mercedes Morán e Jean Pierre Nohen
Direção: Walter Salles

Sinopse: baseado nos livros de Che Guevara e seu companheiro de viagem, Alberto Granado. Che Guevara (Gael García Bernal) é mostrado neste filme como uma figura sensível, humana e confusa com relação ao futuro. Em 1952, era um jovem estudante de medicana e, de repente, decide deixar a faculdade e viajar pela América do Sul com seu amigo bioquímico, Alberto Granado (Rodrigo de la Serna). A viagem é feita em uma moto, que acaba quebrando. Então passam a seguir viagem através de caronas e caminhadas, sempre conhecendo novos lugares e duras realidades. No Chile, por exemplo, vivenciaram a exploração de mineradores por uma multinacional. A revolta ganha maior força na Amazônia peruana, depois de passarem por Machu Picchu, quando entram em contato com uma isolada colônia de leprosos. Ali, passam a avaliar valores, como amizade e solidariedade, e escolhas emocionais e políticas e como estas podem interferir em suas vidas.
Curiosidade: o filme é o primeiro de Walter Salles em ambiente internacional e falado em língua não-portuguesa. A trilha sonora, de Jorge Drexler e Gustavo Santaolalla, é destaque, e a música-tema, gravada por Drexler (uruguaio), ganhou o Oscar. Rodrigo de la Serna, que interpreta Alberto Granado, é primo em segundo grau de Che Guevara na vida real.
Crítica: não trata-se de um filme histórico. Com uma sintonia perfeita entre atuação dos atores, trilha sonora e fotografia, narra a aventura de dois amigos jovens, que acarretou na descoberta do que cada uma faria no futuro. No caso do Che, vieram à tona, após ver a opressão de povos sendo explorados na América Latina, os ideais de justiça que culminaram no surgimento do guerrilheiro e revolucionário. A película emociona e faz-nos refletir sobre o que mudou e o que ainda precisa mudar, sobre o que podemos fazer para fazermos “diferença”.
Avaliação: *****

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sexta-feira, 7 de maio de 2004

Anti-Herói Americano

Título original: American Splendor
País: EUA
Ano: 2003
Gênero: Comédia, drama
Duração: 102 min
Direção: Shari Springer Berman e Robert Pulcini
Elenco: Paul Giamatti, Harvey Pekar, Hope Davis, Madylin Sweeten, Chris Ambrose, Joey Krajcar, Josh Hutcherson e Cameron Carter.

Sinopse: o balconista de hospital Harvey Pekar (Paul Giamatti) deixa cair no chão alguns arquivos de óbito e encontra a ficha de um homem que trabalhou a vida inteira como balconista em Cleveland – um emprego burocrático, exatamente como o dele. Esse episódio, combinado com o fato de ter visto o seu amigo Robert Crumb (James Urbaniak) se tornar uma pequena celebridade em São Francisco como cartunista, o inspiram a criar a sua própria revista em quadrinhos, chamada American Splendor. A revista, publicada em 1976 com grande sucesso, retratava com realismo o cotidiano do próprio Harvey, um amante compulsivo de jazz e livros.
Crítica: o longa, baseado nos livros de quadrinhos autobiográficos do mais famoso arquivista de Cleveland, Harvey Pekar, consegue tanto captar os ritmos e a beleza do cotidiano que a maioria das pessoas vive sem mesmo se dar conta do que faz como retratar o seu ambiente, dominado pelo pessimismo que corrói a alma.
Pautando-se pelo lema de Pekar segundo o qual "a vida comum é uma coisa complexa", os dois documentaristas, em seu primeiro longa, encontram drama, humor, amor, esquisitices, turbilhões psicológicos, problemas comuns, traumas reais e triunfo artístico.
Os admiradores de Harvey Pekar são poucos, mas depois desta obra sobre o quadrinista e sua série impressionante de livros, eles certamente irão aumentar.
O filme traz imagens do Harvey Pekar real, que faz a narração em voz rouca, e as mistura com o Harvey Pekar fictício, sua mulher e sua filha adotiva, representados respectivamente por Paul Giamatti, Hope Davis e Madylin Sweeten.
Também há imagens de arquivo das participações de Harvey no programa de ‘TV Late Night With David Letterman’ e uma versão de Anti-Herói Americano para o palco.
Deslocando-se a todo momento entre o visual neo-realista de American Splendor e os segmentos mais artificiais, quase documentais, os cineastas recriam em tom de brincadeira o ponto de vista dos quadrinhos sobre a trajetória de Harvey e o bairro operário onde vive.
Baseado na ideia de que a vida se observa melhor nos detalhes, a trama analisa de perto coisas pequenas que revelam mentalidades e atitudes inteiras.
O pessimismo de Harvey e suas obsessões e frustrações, que o deixam doente e o ajudaram a quase perder a voz, acabam por enriquecer sua arte narrativa.
Se eu contar mais, estrago a surpresa do filme que é extraordinariamente revelador, criativo e atraente.
Avaliação: ****

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