sexta-feira, 10 de fevereiro de 2006

Syriana - A Indústria do Petróleo

Título original: Syriana
País: EUA
Ano: 2005
Gênero: Drama
Duração: 126 min
Direção: Stephen Gaghan
Elenco: George Clooney, Matt Damon, Amanda Peet, Dagmara Dominczyk, Greta Scacchi, Michelle Monaghan, Nicholas Art, Luke Barnett, John Higgins, David Clennon, Max Minghella, Steven Hinkle, Keveh Sari, William Charles Mitchell, Tim Blake Nelson e Jeffrey Wright.

Sinopse: Robert Baer (George Clooney) trabalha para a CIA investigando terroristas ao redor do planeta, já por 21 anos. À medida que os atos terroristas se tornaram mais constantes, Robert nota que a ação da CIA passa a ser deixada de lado de forma a favorecer a politicagem. Com isso vários sinais de ataque foram ignorados, devido à falta de habilidade dos políticos para lidar com terroristas.
Crítica: Syriana é um dos melhores longas já feitos sobre geopolítica em Hollywood. É perspicaz, inteligente, bem informado, articulado, forte e com personalidade.
Não teme por ser complexo, denso e profundo, dando voz a nada menos que 70 personagens, entre vilões e heróis, durante suas duas horas de cinema. Algumas das frases ditas são extraordinárias, como a do personagem de Chris Cooper, um barão americano da indústria petrolífica mundial que diz, em determinado momento: “A China não cresce mais porque não tem petróleo suficiente para sustentar o crescimento – e eu estou orgulhoso disso”.
Há diálogos longos e intricados, a trama corre sem apelos melodramáticos e vai se tornando mais complicada com o avanço, que piora a compreensão pelo sem número de locações em diversos países. A trilha acompanha o ritmo acelerado das informações. Mas o diretor não consegue segurar o pique até o fim.
Há um excesso de didatismo por vezes, e a história começa a se tornar meio reincidente. Faltou apenas um pouco mais de capricho por parte do diretor.
Aqui, o mundo das corporações é de tal modo corrupto que não há salvação. Pobreza, ambição, dinheiro, poder e tráfico de influência mostram suas faces como o pior dos mundos.
Mesmo com algumas falhas, um ótimo filme.
Curiosidade: George Clooney também assina a produção do filme, ao lado de seu amigo Steven Sodebergh.
George Clooney enfrentou sérios problemas por seu papel em Syriana: além de ter engordado cerca de 38 quilos, o ator, de 44 anos, caiu e se machucou ao filmar uma cena em que apanhava preso a uma cadeira.
O longa teve filmagens no norte da África, Oriente Médio, Europa e Estados Unidos. Syriana é um termo geográfico que se refere a áreas do Oriente Médio que se revelaram um perigo potencial para a segurança norte-americana.
Avaliação: ****

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terça-feira, 7 de fevereiro de 2006

O Segredo de BrokeBack Mountain

Título original: BrokeBack Mountain
Ano: 2005
País: EUA
Gênero: Drama
Duração: 134 min
Direção: Ang Lee
Elenco: Jake Gyllenhaal, Heath Ledger, Michelle Williams, Anne Hathaway, Randy Quaid, Linda Cardellini e Anna Faris.

Sinopse: estado americano de Wyoming, verão de 1963. Dois jovens rapazes, um rancheiro e um peão de rodeio, têm suas vidas cruzadas ao trabalharem juntos pastoreando ovelhas no alto da montanha Brokeback. Ennis Del Mar (Heath Ledger) é um jovem órfão, reservado e com um passado traumático que o impede de descobrir sua própria identidade. Jack Twist (Jake Gyllenhaal) é o seu oposto: brincalhão e expansivo, sabe exatamente quem é e o que deseja.
Ennis busca neste emprego temporário dinheiro para poder se casar e ter uma vida estável. Jack não sabe exatamente qual é o destino que vai seguir. Em comum, o anseio a uma vida melhor no meio de um estado que parece ainda perdido no tempo. Os rapazes jamais poderiam imaginar que um simples trabalho de verão pudesse marcar suas vidas para sempre.
Crítica: filme marcante, que causa comoção e reflexão. Mesmo tratando de homossexualismo, a história é tão bem construída que não faz diferença ser hetero ou homo. O amor relatado na trama não discrimina e quebra preconceitos. Aborda o verdadeiro sentido sobre a intolerância, sobre a falta de amor ao próximo, sobre como somos cruéis uns com os outros, num mundo em que esquecemos que há diferentes raças, diferentes credos, diferentes opções sexuais, mas que somos todos seres humanos.
Os dois caubóis não se consideram gays, não agem como tais e não pretendem levar aquilo adiante depois da noite na montanha. É aí que entra o tom dramático, pois surge o conflito entre a identidade sexual e a repressão social, pois eles simplesmente não sabem o que fazer com este amor. Somente quatro anos depois é que se voltam a se encontrar, já casados e com famílias constituídas, mas ainda com a chama da paixão. Continuam incapazes de assumir os sentimentos e passam a vida pagando os próprios pecados. Aqui, reside a força do filme.
Grande parte do mérito cabe a Heath Ledger, que vive o personagem Ennis, mais complexo e rico de toda a história, de passado sofrido e que enfrenta o grande dilema entre seguir a vida considerada normal pela sociedade ou se entregar a grande paixão que nutre por Jack. O trabalho de composição de Ledger para esse trabalho é incrível: o tom de voz, o sotaque, a postura em cena. Sua performance é tão soberba que ele acaba se sobressaindo sobre Jake Gyllenhaal, que tem um personagem de maior empatia, mas que acaba sendo diluído a partir do meio do filme em situações desnecessárias. Essas cenas supérfluas, se desprezadas na edição final, trariam bem-vindos quinze minutos a menos na projeção.
Curiosidade: Brokeback Mountain foi o décimo longa-metragem de ficção de Ang Lee, agraciado com o Oscar, em 2006, nas categorias de Melhor Direção e Melhor Roteiro Adaptado.
Avaliação: *****

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domingo, 5 de fevereiro de 2006

Memórias de Uma Gueixa

Título original: Memoirs of a Geisha
País: EUA
Ano: 2005
Gênero: Romance
Duração: 145 min
Direção: Rob Marshall
Elenco: Ziyi Zhang, Ken Watanabe, Michelle Yeoh, Gong Li, Ted Levine, Koji Yakusho e Karl Yune.

Sinopse: em 1929, Chiyo (Ohgo Suzuka) é uma menina pobre vendida a uma casa de gueixas na cidade japonesa de Kyoto. Logo ela começa a ser maltratada pelos donos e, também, pela principal gueixa, Hatsumomo (Gong Li), invejosa de sua beleza natural. Até que Chiyo é acolhida pela maior rival de Hatsumomo, Mameha (Michelle Yeoh). Sob sua tutela, Chiyo torna-se a gueixa Sayuri (Ziyi Zhang). Como uma gueixa reconhecida, ela passa a fazer parte de uma sociedade cheia de riquezas, privilégios e intrigas, até que a Segunda Guerra Mundial abala o Japão. Uma adaptação do best-seller de Arthur Golden.
Crítica: com acabamento magnífico, tanto visual quanto sonoro, cenários reconstituídos com esmero, figurinos de encher os olhos e fotografia inspiradíssima. Mas a adaptação do livro para o filme não foi muito satisfatória, repleta de clichês e melodramas, que poderiam ter sido melhor dosados.
Além disso, a escolha das três atrizes mais conhecidas do cinema chinês atual no papel de japonesas em vez de utilizar a mão-de-obra local gerou polêmica. Os japoneses criticaram a expressão facial das atrizes e até as roupas, dizendo não retratar a realidade, o que prejudicaria ainda mais a já difícil compreensão dos ocidentais sobre a profissão gueixa.
Debates à parte, o filme é um belo romance, com boa atuação da menina Ohgo Suzuka como Chiyo e de Ken Watanabe como Presidente, o interesse romântico de Sayuri.
Curiosidade: em 2006, conquistou 3 estatuetas no Oscar: Direção de Arte, Fotografia e Figurino.
Avaliação: ***

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